Coleção pessoal de KatianaSantiago
A passarela da vida segue,vai descolorindo no compasso da existência e o que podemos fazer nessa decadência?
Tentar talvez,embora a luz da despedida nos ofusque de vez, colorir o que nos resta,sair do quarto escuro, para as lindas descobertas, pois ainda estamos na passarela e não sabemos por quanto tempo ainda andaremos por ela…
No final sempre temos algo para contar,pois o que há no mundo? Senão o sentimento de amar.
Há luz entrando pela beirada da porta
Uma letra com uma melodia acompanhada que se importa, em ti quer repousar...
Som que se chama Amor divino, puro e genuíno.
Ele cura, liberta, transforma, traz, vida paz e alegria, em nossa aurora real.
Ele é uma possibilidade,um recomeço
Ele é um adereço em meio ao teu avesso, um retiro canal
E em meio a tua falta, não custa tentar, diga-me o que há de graça se não o Amar?
Na tristeza já não há para vida, sonhos, perspectivas, nem sorte, nem destino.
Tudo se perde no quarto escuro do labirinto mundo da solidão.
Mas sabe aquela porta fechada? Aquela trancada?
Um som tenta entrar
Uma melodia que quer pousar
Esse som se chama “AMOR”
Em meio a tanta dor e solidão,
nessa breve jornada que se faz, te inquieta uma vez mais na passarela da vida, antes mesmo do descolorir
Tenta provar desse saboroso e curador elixir…
Infeliz é a tristeza, que chega ao coração e se instala sem permissão
Forte o bastante para inquietar alma e razão
Livrar-se como? Tolera-se, de um pessimismo que já se fez, habitando em tão grande dimensão
Gerando no mais íntimo o susto, o segredo e o medo de continuar pela a vida talvez.
Te faz pressão, te esconde no oculto, no escuro absoluto de um quarto sem luz, as lágrimas te conduz, mas não te traduz, pois não sabes o porque de tamanha prisão e escuridão.
Nas águas tão claras quentes ou frias,vislumbro as “sombras” das alegrias que formam a tal canção, não há noite nem dia, nem dor, tristeza, angústia ou agonia…
Apenas o DO, RE, MI da alegria…
E o FÁ, SOL, LÁ, SI, que encheu o meu coração…
Vigia sempre a fantasia de uma nova canção, vem inverno logo depois verão…
O “DÓ” da mi
nha vida compõe as notas da emoção e quem não ama vive sempre na marcha
“RÉ “ da solidão…
“MI” queira, se queira…também o mundo e o segundo…e ame se ame, e na escala musical da existência cante e dance…
FÁ” é parte da fantasia a alegria dos sonhos que nascem a cada dia…
O” SOL” bate sempre outra vez na poesia, na canção do luar, do inverno ou do verão, ou de uma pequena ação contida do dia…
“LÁ ” no fundo da alma são as notas que tocam a emoção, com toda força da criação, do ser, do existir…
E no toque do “SI” sussurra o coração no fundo a própria razão, no mais profundo a harmonia vibrando por ver o clarão do dia fonte divina de inspiração, inverno-verão cruzeiro norte-sul, sudeste-nordeste-sertão, de música é meu coração…
No Dó,Ré, Mi da vida muitas voltas dá o coração,
Fá, Sol, Lá, Si, Dó toca em paz essa canção,
Musica, letra, poesia, uma vogal de “anunciação”…
Minha melodia toca com clareza, vendo a lua tão brilhante, é intocável os átomos indecifráveis que brilham mais que mil diamantes…
É uma renovação sem fim minha lua ofuscante…
E a passos lentos prossigo, na luz que me ilumina
Há uma atmosfera de encanto, sentido, com “brisa”
redescobertas de sonhos
renascimento de vida …
Doce novembro chegando, mais um ano indo sim…
Areia branca da praia, lua ardente marfim.
Ouço ondas e risos, lua prateada de cor.
Há clausuras interiores, mas também ainda há versos para flor...
Para quem crer no amor de Deus, morrer é mudar de ninho, pois em vida somos pássaros em um mundo. Na morte pássaro dos mundos, das cortes mais altas,celestes, com voos maiores...
A paixão tira o sono, nos faz dobrar a rua com um sorrisão, identica em uma ilusão o amado na multidão. Neurose?
O amor faz a canção descer do vento
faz tremer a alma tanto quanto o coração,
faz viajar nas emoções, no corrosel dos sentimentos.
O céu é sempre blue.
O caos de fato organiza a vida, nos faz acordar, começar. Nos torna humildes, menores, submissos as próprias experiências,nos lembra onde paramos nas pequenas coisas.
Quando olhamos para o céu, ele está igual, o mesmo brilho, a mesma luz, a mesma dimensão pura celeste. quanta vida há, não há sombras, os temporais passaram, os grandes ventos com seus turbilhões, que deixaram a vida mais forte, mais firme.
E descobrimos nos escombros um tesouro que estava soterrado.
Quão doce é o meu Senhor, que permite a vida ter todas as dores, mas ao mesmo tempo seus sabores e licores.
Vou ali... Cultivar o romantismo pela vida, sem rigidez, nem muito menos respostas fechadas, há sempre uma oportunidade criativa, até na própria dor, no sofrimento. Estou me recriando sempre.
Nossa “bagagem” particular ajuda a tantas outras bagagens a continuar e aí entendemos que nenhuma “dor é sozinha”
A vida é bem igual,o novo se torna velho em fração de segundos,a única celebração genuína é o velho e tão renovado amor, só ele cra, recria, se recria.
Nunca ficaremos longe dos fracassos,eles necessitam para o existir das tentativas,que possamos adentrar nessa dimensão interior para a vida que se apresenta com tantas cores e tanta luz...
O entusiasmo pela vida, esse elã, não podemos esquecer que se aprimora nas angústias sofridas.
Que possamos ter esse “elã”, não permitindo a morte de nosso desejo pela paz, pelo amor, pela celebração da vida e por essa busca de nossa identidade, singularidade no mundo.
E são tantos os divinos detalhes de nossa caminhada,por isso a vida que se tem nunca deverá caber na vida que se leva,isso é paixão pela vida, não permitindo a morte do desejo.
As emoções movem o mundo, e nem tudo tem explicação ou causa conhecida.Somos carruagens de emoções que geram tanta vida,Deus para mim é criador de todo amor e de toda essa energia, criador da paz, dos desejos e das alegrias.De fato, somos ímpares,singulares.