Coleção pessoal de KatianaSantiago
Os pecados guardados no absoluto de tudo, afogados no mundo que foge da imaginação…
Nos sonhos a alma está encantada, suspira é inspirada, pela inquietação… Os sonhos podem trazer os vulcões e erupções
Em sua simplicidade ocultam desejos e vontades, medos e muita insensatez
calor frigidez, santidade ou profanação de vez…
No sonho aparece: o desconhecido, o estrangeiro, e os cheiros … Como aquele anjo mal de Descartes…
Se vai onde nunca se foi capaz… As dimensões escondidas do sujeito aparecem e o carregam para longe nas esferas pessoais, que nem ele mesmo conhece…
Somos um avião ou meros passageiros… e os pensamentos prisioneiros decolam na pulsão…
Nos sonhos há versos sem trilha, sem rima, nem nexo, mas é o ouro, o próprio tesouro da constelação… os rabiscos da linguagem dão forma, daquilo que a gente não conhece…, dos traumas aprisionados, escravizados que enlouquecem no inconsciente da razão… o que floresceu no jardim regado das paixões.. do desejo solitário, escondido e bem guardado no linear das emoções
E é nesse inconsciente que se trabalha, onde abriga e esconde grandes afetos adoecidos, memórias de uma aurora que brilhou, nunca brilhou ou não brilha mais… onde mora as fantasias… a escassez, a loucura e um sentimento que não cura!
Há um estado alterado necessitando de uma ponte, uma locução, uma intervenção…
A tirania da vida priva e censura a emoção apenas os pensamentos guardam a ocasião…
Dentro do sonho da liberdade o sujeito se prende no cárcere do amor que ousou o aprisionar…
A alma essa é uma faminta e quanta escassez…
Ao terapeuta cabe de vez promover o encontro dessas emoções…
Pode-se sonhar e dormir de novo… pode-se ver a ilusão de um rosto iludindo um coração
Aparecem os desejos inadequados, inapropriados, as demandas de amor ou as “vontades” de amar…
Nos sonhos são liberadas as fantasias como livres “cantorias” que se desamarram das prisões.
Tudo é tão livre, sem os aperreios e receios que punem a vida que deveria vagar.
Pode-se sonhar e dormir de novo...
Não há sonhos mais bonitos, se avista labirintos que se perde o coração…
Há amores que maltratam, ferindo o corpo e ate os “pelos” da pobre alma sem direção…
A poesia pode ser de dor e agonia…mas também pode ser canção de verão…
Não há privações de palavras, a própria linguagem são fugas da alma, do “fraquejoso” coração…Um dia achou uma morada, parecia até que era metade da alma, repartida, recalcada vivida em outro coração…
Há de se encontrar quem se perde…
As entrelinhas do amor não vivido adoece, estremece, enfraquece, enlouquece…
Meu canto traduz versos quando vê o “jasmim-estrela”, faz da aurora um recomeço, a alma se revela, o céu que encanta a noite, é o mesmo que a “manhã” reveste… ah Jasmim-estrela, todo céu começa no coração, todo coração é um céu de ilusão…
Um olhar por trás do quadrado, a madeira pode ser velha, mas os vitrais sempre serão novos pela “lente” que os espelha.
Quem precisa de portas, quando se tem um olhar que atravessa as janelas?
Entende o começo, sente o meio e espera o fim.
Pois ele só não existe para querubins e serafins.
Uma boa vida consiste em perceber as janelas, não há portas mais sedutoras e nem tão belas…
Se a porta esta fechada, ainda há janelas…
Vitrais do horizonte, paisagens tão belas!
Caminhos são trilhas que aos pés envelhecem.
Aceitar a despedida conduz a verdadeira vida.
Temos repertórios únicos e isso é suficiente para compreender a palavra como “agente” transformador, caindo em terrenos individuais e com respostas também exclusivas, sem perder a essência para a qual ela se propõe.
Deus amou a diversidade, portanto respeitemos o solo de cada um, o terreno de cada um e a forma como a “planta” cresce.
Por isso a “transformação” será sempre um desconhecido que vai chegando…a metamorfose ou “produto” que não tem final, inacabado. A transformação esta em constante “transformação” não se pausa para avaliar.
Há um mistério na palavra, a luz para o caminho, para esse revestido de graça, e eis o consolador, iluminando cada transformação, cada recomeço…
O mesmo conhecimento, o mesmo conteúdo, detalhe: caindo em subjetividades diferentes, em tempos diferentes, em culturas distintas…
Com a palavra de Deus é assim, recebemos em nosso coração – o “terreno” que irar frutificar e toda forma de desenvolvimente dependerá de como regamos a semente.
Eis o mistério, o tesouro. A mesma palavra toca pobres e ricos, letrados e indoutos, culturas e povos.
O mistério é a palavra, a luz para o caminho, para esse revestido de graça, e eis o consolador, iluminando cada transformação, cada recomeço…
O conhecimento promoverá sempre a transformação; e esse desconhecido que nos é chegado atua e é “atuado”, modifica e é modificado em nossas bases mais profundas. Por isso estamos sempre em construção.