Coleção pessoal de KatianaSantiago
Nossas verdades são alicerçadas pelos muros que nos seduzem.É preciso, derrubar e construir muros todos os dias.Não há muralhas eternas, ao não ser aquelas que nós insistimos em deixar existir e apenas pintamos os velhos muros!
Como se maravilhar com a chegada da graça ou percebê-la na sua mais profunda solidez, se não passarmos primeiro pelo deserto desolante?
O deserto é necessário, como diferenciar o que nos é pleno dado pela graça, se não provarmos antes da desolação?
Dize-me estrelas, me conta a tua magia? essa que ilude e encanta a todo aquele que ergue os olhos na noite tão fria.
Nos devora com tanto brilho e hipnotiza de beleza!
Paixão é um sentimento de BUSCA, é toda uma loucura que se cria por criar.É esperar, é desejar, mas nunca estará no REALIZAR!
Interrogações? a velhice traz suas negações. Mas afinal envelhecer é presente para muitos…
Estamos vivos ainda na “contemplação”
Portanto viver e envelhecer é privilégio.
É importante compreender isso ou a esfinge nos devora, ou nós nos devoramos!
A mocidade pode ser até uma estação ampla de atividades, de alegrias plenas, onde o corpo a rigor se situa em toda sua total performance, mas com a velhice vem a intelectualidade e a sabedoria,que dá um suporte na sustentação desse palácio em penumbra.
Com a velhice muitas vezes vem a solidão e desse pacto ninguém escapa, daí a importância de se trabalhar o espírito para amar a própria companhia, reconstruindo sentidos do que vai ficando ao longo da nossa história. Ainda estamos vivos e se pensarmos bem, qualquer passado já é morte. A vida é sempre o que vai ficando no sopro do momento.
Hoje pela manhã uma linda borboleta pousou em mim…Ficou alguns segundos, depois observei ela partir, se distanciando até não vê-la mais, senti tanta felicidade.E o dia seguiu a sua rotina, e a tardinha abri a janela da minha varanda, tinha uma esperança, aquelas verdinhas de perninhas, que ficou retida entre a grade e o vidro ,uma manhã e tarde de muita liberdade e esperança, o sol já estava se pondo, deitei em minha rede, senti saudade, alegria, tristeza, sentimentos ambivalentes, uma dor com uma paz, agradeci a Deus que me permitiu viver e provar de cada dia. E como é bom. Entendi que o passado voa como as borboletas também, mas que outras borboletas vem…
No início ou no final de um outro dia a esperança também.
Dizem por ai que o apaixonamento é uma neurose. Enxerga o objeto da neura em todo lugar, até no rosto de um desconhecido! A paixão é onipresente, ela viaja, percorre fronteiras,dimensões sem sequer decolar do chão. Ela é espacial, está aqui, ali, ela é atemporal.
Senti-la, é uma obsessão que traz confusão, e rouba até o sono de tão ladra que é.
Mexe-se remexe, e lá está o objeto de apaixonamento, rindo para você!
Dizem por ai que sua duração varia de dois meses à aproximadamente dois anos. Mas, que ao deixar o sujeito, deixa também um vácuo que logo depois será preechido por outras paixões.
A paixão é uma dor aliviada, uma dor refrescada, é uma pontada gostosa de sentir.
É uma respiração ofegante que por alguns instantes faz tremer o chão em suas ilusões.
E o que seria da vida sem os apaixonamentos? tudo tão frio, sem as dúvidas que só esse estado tem, questionamentos que só a própria paixão sem noção compreende.
E é nessa aventura que a vida com todas as suas paixões nos convidam em tantas inquietações. Como ficamos?
Estando fora da órbita que ela nos tira, do ciclo natural de tudo, do caminho absoluto que pregamos.
Habitada, chegada e acomodada, suave, mansa, mas tempestuosa em sua essência. Percebe-se o grande bem e mal que se vive, e a ambivalência do querer e não querer. Ela dar cor a vida, deixa o céu azul piscina, a lua prateada de cor, o O verde tão floril de amor.
Causa o efeito levitação, tira nossos pés do chão! Mas é apenas uma “pobre” ou será rica paixão?
Katiana Santiago
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Existem certos discursos que não chegam ao ouvido, quanto mais no coração, existem certas canções que só sentimos no pulsar da própria vida. Algumas “LADAINHAS” parecem que não convencem nem o próprio locutor.
Toca-se o terreno na subjetividade de cada um. Somos únicos!
LIMITES, precisamos deles para a sobrevivência… Não existe senso, religião, filosofia, psicologia que prove o contrário.
A nossa vida com Deus pode ser comparada a uma escolha como de um pássaro que tem sua gaiola aberta , é livre para ir e vir, voar distante, provar de muitos manjares, delícias, pois tem liberdade para isso…bom, mas o pássaro prefere o pouso tranqüilo, a velha gaiola, a mão do dono sobre ele e o mesmo alimento de sempre, pois é dado com tanto amor, é tão preenchido e cativado o pássaro que não consegue passar um segundo distante do seu dono, do seu afago
Somos um avião ou meros passageiros? os pensamentos prisioneiros decolam na pulsão…
Nos sonhos há versos sem trilha, sem rima, nem nexo, mas é o ouro, o próprio tesouro da constelação… Os rabiscos da linguagem dão forma, daquilo que a gente não conhece.
Há um estado alterado necessitando de uma ponte, uma locução, uma intervenção…
A tirania da vida priva e censura a emoção apenas os pensamentos guardam a ocasião…
Dentro do sonho da liberdade o sujeito se prende no cárcere do amor que ousou o aprisionar…
A alma essa é uma faminta e quanta escassez…
Ao terapeuta cabe de vez promover o encontro dessas emoções…
E é nesse inconsciente que se trabalha, onde abriga e esconde grandes afetos adoecidos, memórias de uma aurora que brilhou, nunca brilhou ou não brilha mais… onde mora as fantasias… a escassez, a loucura e um sentimento que não cura!