Coleção pessoal de karinalucasribeiro

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É mais fácil obter o que se deseja com um sorriso do que à ponta da espada.

Eu sei que é daquele sorriso que minha alma precisava.

Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente.

O GRITO

Não sei o que está acontecendo comigo, diz a paciente para o psiquiatra.
Ela sabe.
Não sei se gosto mesmo da minha namorada, diz um amigo para outro.
Ele sabe.
Não sei se quero continuar com a vida que tenho, pensamos em silêncio.
Sabemos, sim.
Sabemos tudo o que sentimos porque algo dentro de nós grita. Tentamos abafar este grito com conversas tolas, elocubrações, esoterismo, leituras dinâmicas, namoros virtuais, mas não importa o método que iremos utilizar para procurar uma verdade que se encaixe nos nossos planos: será infrutífero. A verdade já está dentro, a verdade se impõe, fala mais alto que nós, ela grita.
Sabemos se amamos ou não alguém, mesmo que esteja escrito que é um amor que não serve, que nos rejeita, um amor que não vai resultar em nada. Costumamos desviar este amor para outro amor, um amor aceitável, fácil, sereno. Podemos dar todas as provas ao mundo de que não amamos uma pessoa e amamos outra, mas sabemos, lá dentro, quem é que está no controle.
A verdade grita. Provoca febres, salta aos olhos, desenvolve úlceras. Nosso corpo é a casa da verdade, lá de dentro vêm todas as informações que passarão por uma triagem particular: algumas verdades a gente deixa sair, outras a gente aprisiona. Mas a verdade é só uma: ninguém tem dúvida sobre si mesmo.
Podemos passar anos nos dedicando a um emprego sabendo que ele não nos trará recompensa emocional. Podemos conviver com uma pessoa mesmo sabendo que ela não merece confiança. Fazemos essas escolhas por serem as mais sensatas ou práticas, mas nem sempre elas estão de acordo com os gritos de dentro, aquelas vozes que dizem: vá por este caminho, se preferir, mas você nasceu para o caminho oposto. Até mesmo a felicidade, tão propagada, pode ser uma opção contrária ao que intimamente desejamos. Você cumpre o ritual todinho, faz tudo como o esperado, e é feliz, puxa, como é feliz. E o grito lá dentro: mas você não queria ser feliz, queria viver!
Eu não sei se teria coragem de jogar tudo para o alto.
Sabe.
Eu não sei por que sou assim.
Sabe.

Podemos conviver com uma pessoa mesmo sabendo que ela não merece confiança. Fazemos essas escolhas por serem as mais sensatas ou práticas, mas nem sempre elas estão de acordo com os gritos de dentro, aquelas vozes que dizem: vá por este caminho, se preferir, mas você nasceu para o caminho oposto.

Eu te amo. Mesmo negando. Mesmo deixando você ir. Mesmo não te pedindo pra ficar. Mesmo não olhando mais nos teus olhos. Mesmo não ouvindo a tua voz. Mesmo não fazendo mais parte dos teus dias. Mesmo estando longe, eu te amo. E amo mesmo. Mesmo não sabendo amar.

E nessa de cuidar, vou cuidar de mim. De mim, do meu coração e dessa minha mania de amar demais, de querer demais, de esperar demais. Dessa minha mania tão boba de amar errado.

Tenha disposição para sair do zero e pense: Eu não quero fazer o que eu posso, eu posso fazer o que eu quero!

Eu queria terminar com uma rima mais pesada,
mais se eu não posso dizer que EU TE AMO, eu prefiro não dizer nada!

Vivi por vinte anos sem saber que cê existia, mas depois de perder você é difícil viver por vinte dias!

Não deve haver rancor onde já se teve amor.

Nada em mim foi covarde, nem mesmo as desistências: desistir, ainda que não pareça, foi meu grande gesto de coragem.

Ah! Vamos dando risada que a vida nos chama, não dá para chorar.

Eu não sou escrava de sonho
Não caio nessa armadilha

Me mostre um caminho agora
Um jeito de estar sem você
O apego não quer ir embora
Diaxo, ele tem que querer

Deixa estar que o que for pra ser vigora

Como é incômodo estar diante de uma pessoa com quem se trocou emoção intensa e depois cruzar com ele na rua e dizer apenas: tudo bem?

Ei! Não olhe pra mim como se meus olhos carregassem a sua felicidade, aquela que sempre procurou e eu sempre duvidei que existisse. Não me abrace como se meus braços fizessem você se esquecer dos problemas que a vida nos oferece. Não encoste seus lábios nos meus como se o encaixe fosse perfeito, já que a reciprocidade não é instantânea. Ei! Não fale comigo nesse tom, não me mime, nem me dê apelidos românticos. Não me ligue de madrugada querendo ouvir minha voz, nunca diga que está com saudades, nem peça pra eu retornar quando for pra falar como foi meu dia. Não me dê bronca quando eu esquecer algo importante, nem cuide de mim como se eu fosse de porcelana. Não me dê flores numa terça-feira qualquer, e quando o dia for nosso nem faça questão de lembrar. Não ouça músicas pensando em mim, achando que eu possa fazer o mesmo. Não conte os dias da semana, ansioso, querendo me ver. Não me ame de um jeito que eu não faça por merecer. Não imagine um futuro ao meu lado como se eu tivesse a mesma capacidade de planejar algo com você. Ei! Não faça de conta que não compreende o que eu falo. Compreenda de fato. Preste atenção! Apenas tire das frases todos os advérbios de negação.

Quantas e quantas vezes eu já não sofri por alguém que não merecia. Quantas e quantas vezes já não perdi meu tempo com o que não valia à pena. A vida não tem volta, mas tem aprendizagem para o futuro, e quem aprende não repete o mesmo erro.

É doloroso deixar que passe, que suma, que não volte mais. Mas é preciso para que o futuro continue à andar. É preciso se desapegar, guardar nas lembranças e seguir em frente…