Coleção pessoal de KarimeCury
Algumas coisas não são como queremos, mas se pode ter meu coração, deve bastar;
mesmo que nosso corpo queira loucamente tocar o outro.
Mesmo que exploda uma vontade louca de fugir comigo e dividir as contas e as causas, o cachorro e a comida.
Nada é inteiro.
E essa é a emoção da vida.
O meu amor é levado através dos meus sonhos e dos meus suspiros tristes.
E a mim, você já tem, mesmo longe. Posso estar perdida no meio de outros caminhos.
Mas no final do labirinto de indagações, a resposta será sempre você.
Ó andorinha,
como pode ir embora?
Foi o tempo que te levou,
ou uma das artes que ele faz?
Não chore assim incessantemente,
amanhã o céu aliviará tua dor...
Afinal, os devaneios da vida são como visitas,
Trate-os bem, que serás recompensada.
Olhai os caminhos que já conseguiu alcançar,
o voo alto que obteve..
Não chore andorinha bonita.
Amanhã o sol sorrirá mais uma vez,
e saberá a hora de voltar,
ao seu ninho ungido de amor.
'Eu estava a fitar o céu, quando um vento mal educado ousou levar meus cabelos ao rosto.
E o vento me fez lembrar daquela música que tocava enquanto mexia nos meus cabelos...
O que me levou aos trajes que usava naquela noite. Aquela roupa que você rasgou nos dentes! Não teve fogo que conseguiu queimar.
As cinzas que você deixou em mim, enforcou-me de auto compaixão. Aquela pena, não como pena, mas como pedra de difícil manejo.
Bruscamente, voltei a forjar um esquecimento... Até que o próximo suspiro do céu, volte a bagunçar os meus cabelos.
'Porém, enchendo-se de um copo vazio de sanidade, o homem desperta os leões e os atiram numa manada de seres humanos sem humanidade. Cuide do seu leão, para que ele não o engula vivo.'
Ah! Ignorância dos homens.. Estas deveriam ser guardanapos usados de um restaurante chinês qualquer.'
'... Poderia passar uma borracha imensa nos meus pensamentos. Mas a fraqueza sublinha tua voz no silêncio dos meus dias. E quando uma música se põe a tocar, é você quem eu quero convidar pra dançar.'
Nao precisas de um aquário luxuoso, como nunca ninguém vira antes; mas se a água for limpa, e estiverdes numa garrafa, já te bastas.
... E teus olhos tomados de mim, despedaçam a maneira que os meus não te entrelaçam mais.
Tua face incoberta de lírios agora murchos, pelo tempo que não se curou.
Sinos tocam na sua partida, como o murmúrio de um pássaro prisioneiro.
Como minha cama sem teu cheiro, como o suspirar desamor primeiro.
E a porta semi aberta hesitando se fechar,
Volta a ser a mesma porta, que você ousou entrar.
Nós não sorrimos o tempo todo, não sustentamos belas ações, não somos donos da verdade. Mas a imperfeição contínua, é a mãe dos acomodados.
Sejamos alunos dos nossos defeitos.
Acendo meu último cigarro, vagarosamente. Como se meu corpo estivesse trépido, paralizado... Voltando a mão para os meus olhos, esfregando-os, como se quisesse acordar de um sonho. E espremendo o vento nas minhas mãos, agora frias, culpo o tempo da minha impotência imbecil. E a minha boca, agora amargamente, declama versos, vindos de um poeta esmerando êxito. Rogando a minha quase loucura que se solidifique para sempre. Mas seria loucura desejar tanto assim? Como quando uma criança descobre que os balões entre seus dedos, podem voar.
Pequenos detalhes rodeiam minha lembrança, agora mastigada de agonia. Eu olho para a lua mais alguns instantes, incansávelmente. Como se ela fosse a única que decifrasse meus desejos... Retorno ao meu quarto vazio, e tento adormecer novamente. Com a esperança de que amanhã, novas expectativas me façam retomar o rumo.
Ser total e intensamente seu, e que rumores podres não te coloquem para baixo, pois como faca afiada, a mentira vira para a fera, sem que mova as tuas mãos. Compaixão, com paixão.