Coleção pessoal de Kaie

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Todas as coisas me são lícitas; mas nem todas convêm.

Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor.

O amor passa, a amizade volta, mesmo depois de ter adormecido um certo tempo.

O amor é o espaço e o tempo tornados sensíveis ao coração.

É errado pensar que o amor vem do companheirismo de longo tempo ou do cortejo perseverante. O amor é filho da afinidade espiritual e a menos que esta afinidade seja criada em um instante, ela não será criada em anos, ou mesmo em gerações.

O amor calcula as horas por meses, e os dias por anos; e cada pequena ausência é uma eternidade.

Na sociedade de consumidores, ninguém pode se
tornar sujeito sem primeiro virar mercadoria, e
ninguém pode manter segura sua subjetividade
sem reanimar, ressuscitar e recarregar.

A geração mais tecnologicamente equipada da história humana é aquela mais assombrada por sentimentos de insegurança e desamparo.

De modo geral, as relações humanas não são mais espaços de certeza, tranquilidade e conforto espiritual. Em vez disso, transformaram-se numa fonte prolífica de ansiedade.

A fragilidade dos vínculos humanos é um atributo proeminente, talvez definidor da vida líquido-moderna.

Não são as crises que mudam o mundo, e sim nossa reação a elas.

A maravilhosa vantagem dos espaços da vida virtual sobre os espaços "offline" consiste na possibilidade de tornar a identidade reconhecida sem de fato praticá-la.

A rede protetora carinhosamente tecida pelo amor em torno de seu objeto escraviza esse objeto. O amor aprisiona e coloca o detido sob custódia. Ele prende para proteger o prisioneiro.

A moral nada mais é que uma manifestação de humanidade inatamente estimulada — não "serve" a propósito algum e com toda certeza não é guiada pela expectativa de lucro, conforto, glória ou autoengrandecimento.

O amor-próprio é construído a partir do amor que nos é oferecido por outros.

O desvanecimento das habilidades de sociabilidade é reforçado e acelerado pela tendência, inspirada no estilo de vida consumista dominante, a tratar os outros seres humanos como objetos de consumo e a julgá-los, segundo o padrão desses objetos, pelo volume de prazer que provavelmente oferecem e em termos de seu "valor monetário".

A solidão por trás da porta fechada de um quarto com um telefone celular à mão pode parecer uma condição menos arriscada e mais segura do que compartilhar o terreno doméstico comum.

Para evitar a catástrofe, primeiro é preciso acreditar na sua possibilidade. É preciso acreditar que o impossível é possível. Que a possibilidade sempre espreita, inquieta, debaixo da carapaça protetora da impossibilidade, esperando o momento de irromper.

Burlar o tempo e derrotá-lo no seu próprio campo. Retardar a frustração, não a satisfação.

Os tempos são líquidos porque, assim como a água, tudo muda muito rapidamente. Na sociedade contemporânea, nada é feito para durar.