Coleção pessoal de kaaykefox
Entre os castiçais da última porta do cais de Madelleine, eu me abrigo no silêncio de uma noite fria e com um nevoeiro intenso, na mão contém apenas uma queimadura de cigarro.
E essas noites longas que as vezes parecem não ter fim.
E esses dias vastos que o sol queima somente de um lado do rosto.
E essas prosas sem fim e conteúdos que te fazem perder o teu tempo.
E esses conflitos que te roubam a vida e te trancam numa senzala suja e fedida.
E essas matemáticas não usadas que te fazem estudar na escola, mas que no fim tu não usas pra nada.
E essas teorias que te contam e te inquietam num pensamento de não querer entender.
E esse texto que tanto fala e nada quer dizer.
( A proeza das palavras sem sentido )
E nesse contra tempo que vivo o dia todo, percebo que nada mais vai fazer sentido em um momento de distúrbios que já está perto de chegar.
E nessas controversas do mundo, vou criando sentimentos que me fazem ser bem mais ágil aos desastres naturais e os pessoais.
Na estação do acaso, esperando o último trem passar pela última vez, nesses trilhos velhos e enferrujados.
E todo dia ele estava lá, Jorge não deixava de ficar perto da sua amada, sempre atento aos seus movimentos, ele a estudava igual a um astrônomo estudando uma estrela.
Jorge, nunca foi tão longe de sua cidade, ele temia que se fosse poderia não mais ver sua amada, e ela sempre alí, na janela do seu quarto em Roma, tomando seu café da manhã na varanda, e sempre tomava banho na banheira em frente a janela.
Mas Jorge ficaria longe de sua amada, ele mandava flores, bombons, perfumes e cartas de amor, mas lhe faltava a coragem, Jorge era tímido, não sabia como chegar na sua amada, e então ela ficou na curiosidade, querendo saber quem lhe mandava flores todas as manhãs, e Jorge lá, como se fosse a lua observando Antonieta, mas não iria de encontro a ela.
E assim os anos se passaram, Antonieta encontrou um amor, Jorge continua tímido, as vezes manda flores, mas uma coisa continua do mesmo jeito...
Jorge ainda está lá, olhando a sua eterna amada.
Poema: Um quarto em Roma.
O aço da navalha, tira minha barba, o aço do metrô, levou o meu amor, e assim eu sigo, entre os trilhos, procurando os destroços de um amor que se jogou na frente dos aços moveis, cada pedaço dele eu vou juntando e remendando com linhas de tricô.
Titulo: aço mortal.
E se eu escrevo, é porque eu gosto, se não faz sentindo pra você, não importa, pra mim tem toda a beleza do mundo.
Sou um poeta de poesias livres, livre de pessoas insignificantes, livre de maldade, livre de rancor e livre de amor.
É meu coroa, todos os dias é dia dos pais, mas todo ano um dia é reservado para homenagens, e esse dia é hoje.
Então meu herói, estou aq para lhe falar palavras que me faltam pessoalmente, acredito que por aq eu consiga revelar tudo que eu sinto por ti.
Meu espelho, minha alma, minha aura, meu sangue, minha vida em outra vida, meu espírito em outro corpo, meu pai, meu herói, meu caminho e trajeto, sempre me guiando, me amando, me abençoando com teu amor paterno.
É meu coroa, teu corpo cansado ainda é meu abrigo, és tu que eu sigo, do início ao fim, é meu coroa, és tu minha fonte de inspiração, meu orgulho, meu amor masculino, se existe um homem q sou apaixonado, esse homem é você.
Que esse dia seja abençoado pelos anjos de Deus, que todo ano eu possa te abraçar e voltar para casa e sempre te vê, eu te amo meu coroa e pra sempre vou te amar.
E quando você andar através de uma tempestade, mantenha sua cabeça erguida, no final do túnel haverá uma linda e doce canção de uma bela cotovia, e os seus sonhos serão soprados em todo nascer do dia, ande em meio ao vento, em meio a chuva, em meio ao sol...
Seja a luz, seja o ar e você nunca caminhará sozinho.
Eu te amo meu Pai.
Eu sou contra a violência porque parece fazer bem, mas o bem só é temporário; o mal que faz é que é permanente.
A: E se não amanhecer, se o sol não ousar em sair, se a luz se recusar em clarear, e se nós não chergarmos lá ?
B: E mesmo se isso tudo acontecer, se não chegarmos lá, eu serei feliz onde estivermos, serei feliz até o momento em que você partir
Minha barba não é apenas por gosto, é também meu ponto de equilíbrio, meu refúgio, e a minha beleza (em palavras próprias).
Na solidão da minha alma, vivida sempre dentro de mim, entre minhas costelas e desabafos, entre meus olhos e vestígios de uma fauna cinzenta, encontro coisas que sempre serão de hoje até o fim, sempre eu, meu cigarro e minha insônia.
Nessa pressa toda de ser perfeitos, achamos mais problemas do que perfeição, perdemos momentos que não voltarão no tempo, nosso relógio do pulso ou na parede pode até ser parado ou atrasado, mas o relógio do tempo esse ninguém consegue manipular, a cada dia envelhecemos cada vez mais,
É a divindade da vida, o velho dando lugar ao novo.
Então não perca tempo tentado ser perfeito, não te atrapalha de viver tua vida, aguarra teus sonhos, transpira todos para fora do corpo, aposta todas as tuas fichas na felicidade, se joga nesse mar de pedras e espinhos, também precisas sentir que és vivo, a dor também faz parte da vida, aprende a lidar com ela, sinta se humano, comemora gol do teu time do coração, abraça tua familia, se declara para teus pais, fala pra eles, " Eu Te Amo ", hoje, amanhã, no dia seguinte, e no dia seguinte, e no dia seguinte, assim por toda vida.
Serás bem mais feliz consigo mesmo, e quando você cansar, e quando você parar de andar, e quando você descansar em paz, tua alma será iluminada e tua nova vida será eterna para todo sempre, em tua casa, de onde vinhestes e de onde irás morar.
Poema: Nosso Lar