Coleção pessoal de K.Novartes
Ela estava com vergonha.
Me dispus a assoamos juntos o nariz [eu não precisava assoar].
Ela sorriu pra mim delicadamente e agradeceu.
A noite passada o sol partiu e, logo pela manhã apareceu de novo. Acredito que farei viagens mais rápidas, porque levo mais asas e esporas do que ele.
Quando se perde tudo se tem chance de conhecer a fé.
Quando não sobra nem mesmo a fé se tem chance de conhecer o próprio Deus.
Eu escrevia uma bobagem qualquer e era aplaudido. O que escrevi de íntimo, vindo da alma, passou em branco.
Descobri que não mudei (permaneço com os impulsos de sempre).
Mas, sinto que o intervalo de respiração para uma reação aumentou.
Esse ganho de tempo faz toda diferença hoje.
O amor é a espera.
A espera do próximo encontro, do próximo beijo, da próxima saudade. Quando acaba a espera, acaba o amor.
Trepei a trepadeira do quintal do vizinho.
Não há atração por ela, frígida ergue-se com o paredão que nos separa, notei mais cadeados no portão do que na última vez e, as janelas já não se abrem para um único filete de sol.
Não me deixa experimentá-la por inteira ou podá-la por um pouco, face meiga, mas o corpo selvagem machuca.
Não sei o porquê de amá-la sendo ela tão indiferente.
Quem você procura? O que você procura em quem você procura? Eu tenho tudo isso? Não, não tenho! Então, o que você procura?
Perdi (mais de uma vez) a esperança pelo caminho, mas ela sempre me encontrou uma ou duas esquinas a frente.
Existe um tempo para todas as experiências. O segredo é aprender a ler o Tempo para aproveitar o melhor de cada choro ou riso