Coleção pessoal de K.Novartes
Lembra-se de todos os amores com saudade, porque todos foram de verdade e, de todos ficaram um amigo.
[Felicidade!]
Estética?
Ética?
Cócegas?
[Felicidade!]
Quadro pernas?
Quadro braços?
Duas bocas?
Uma cama?
[Felicidade!]
Muitas pernas?
Muitos braços?
Muitos abraços?
Uma festa?
[Fe, li, ci, da, de...]
Coisa incerta.
Espaçada.
Sem data.
Sem cara.
Nem sabe se vem, se vem não fica.
O medo paralisa.
O primeiro beijo, depois o último beijo
e ainda, cada vez mais espaçadamente, o beijo que se procura.
Paralisados morrem os corações.
Às vezes, mesmo depois de tanto tempo, bate uma vontade danada de ligar e saber se ela está agasalhada, ter certeza sobre o guarda chuvas ou simplesmente desejar bom dia.
Alguns minutos de indecisão...
liguei.
Arrependido pensei em desligar,
mas já era tarde, meu número deveria estar registrado.
Caixa postal...
um alívio inesperado.
Amei todas as mulheres que tive e me senti amado por todas elas, de fato não me ocorre qual me tenha feito mais ou menos feliz, só sei que fui muito feliz.
Não me repeti, meus relacionamentos terminaram por erros diferentes, tenho certo orgulho disso. Mas, em uma coisa fui exatamente igual, todas elas receberam orquídeas. Sempre lindas orquídeas, não para ressaltar o feminismo delas, mas para mostrar o meu, adoro as orquídeas.
E nesses recomeços descobri alguns segredos sobre o amor.
Um novo amor merece cuecas novas, meias novas, escova de dentes nova, paciência nova e ânimo novo.