Coleção pessoal de K.Novartes
Se eu não soubesse o significado da palavra REALEZA e mesmo assim tivesse que descrever diria:
Pessoa que chega a essência, compartilha gentileza e amor, sabe que sozinho é só um grão de areia e que junto delimita o mar.
O ruído de sair da principal freqüência é alto. Ninguém que está na principal freqüência está satisfeito e o ensaio máximo de coragem dos inertes só lhes permiti apontar o dedo.
As pessoas que buscam intensamente o propósito da vida estão fazendo uma bagunça sentimental com o caça-palavras.
A liberdade é uma ideia sedutora e permanentemente perseguida. Parece que estamos todos distantes dela, mas se você pode dizer "sim" ou "não" - e há quem não possa - o problema não está na ausência da liberdade, está na ausência de atitude e o responsável pela atitude é você.
Trasbordava aspirações de menino. Um pouco triste e um pouco feliz interpelou-se com certa severidade sobre quem se tornará. O reflexo do homem no copo de cerveja, posto numa mesa externa da taberna, em parte era motivo de orgulho e noutra de repulsa, ambos amenizados pelo jazz e blues ao fundo. A esperança que vinha em goles sussurrava alguma coisa em tom baixo e que ele traduziu por conta própria como sendo uma segunda chance, e, sem saber se ainda era a esperança ou outro que lhe falava traduziu novamente, por contra própria, que essa chance não deveria ser usada como as outras, portanto não deveria regredir nenhum milímetro, se entregar a nenhuma saudade, não consertar nada no passado. Era advertido a seguir seu destino. Tal qual um marinheiro que depois de ter aprendido a navegar por instrumentos e quase indo a pique, se viu no meio do oceano perdido e precisou confiar na sua intuição como fazia quando era menino e saía a navegar sem saber que isso era ser marinheiro.
Acreditar no amor porque é a única opção em que podemos sair vivos, embora algumas vezes machucados.
O tempo tem propriedades particulares, com uma diferençazinha: não há placa de proibido entrar.
Seja em qual tempo for, todos são gentis.
A gente se lambuza neles [se quiser].
No tempo passado, presente ou futuro.
E tendo nos dado essa liberdade nada mais justo do que ele mesmo nos dizer onde acertamos e onde erramos.
O tempo.
Deixa.
Deixa ser.
Deixa estar.
Deixa arder.
Deixa viver.
Deixa passar.
Deixa, por último, vir.
Quando chegares terei deixado [também].
E esse deixar múltiplo terá deixado um espaço em você e em mim.
Então a gente, juntos, deixa assim.
Ressaca latina.
Eu estava no estopim dos protestos em São Paulo, em junho do ano passado. Acreditei, engajado, na nossa Primavera. Estampei mais de 1.000 camisetas, no meio da rua, no chão, sem se importar com as pontas dos dedos sangrando ou com a polícia exercendo seu pior "papel" sobre mim e sobre os meus pares.
Hoje, porém, estou estarrecido. Não pelos 7x1, apesar de ter torcido pela nossa Seleção. A ânsia de vômito é por causa de milhões de posts de brasileiros - alguns amigos próximos - que estavam achando tudo lindo até ontem e precisou perder no futebol - não uma derrota simples, uma derrota de 7x1 que sacode qualquer sonso - para soltar seu primeiro grito estérico e mal elaborado de protesto nas redes sociais.
Pois saiba: #vocênãomerepresenta!
Se o placar fosse ao contrário, 1x7 para nós, você não estaria achando o SUS tão ruim (até porque você tem plano de saúde), o ensino tão precário (porque você acredita que é crítico) e, até estaria pensando que acidentes como o do viaduto que caiu realmente acontecem de vez em quando (porque você não é engenheiro e não manja bulhufas sobre edificações).
A nossa derrota está em tantos pontos de exclamação de ódio recalcado. No nacionalismo sazonal. Está na porta do armário que se "abre" pelo motivo errado.
Uma pena, você merecia mesmo a vitória do Brasil.
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