Coleção pessoal de K.Novartes

141 - 160 do total de 1511 pensamentos na coleção de K.Novartes

Reconheci uma verdade terrível: sou totalmente dependente de mim até para ser dependente ou independente de alguém ou alguma coisa.

O exercício do pensamento, às vezes, é um grande estraga prazer.

Se ele for possível, é inconsolável a tristeza de desistir do grande amor.

Amordaçamos o coração para que não fale por nós como se estivesse falando pelo todo.

Destino é a ponte que construo até as coisas que amo.

Não há remédio contra a estupidez humana, os diagnósticos são imprecisos e por isso somos acometidos dessa doença tantas vezes.

Eu sabia que eu nunca saberia, mas achei que pudesse. Não posso. Soube, definitivamente, mais tarde.

Para dar certo a vida não requer alinhamentos astronômicos, à exemplo do eclipse, mas requer - muitas vezes - o seu significado: "deixar para trás".

P#rra, qual o meu hobby? Acho que é interferir na normalidade. Digo... despretensiosamente, na minha própria normalidade.

Tenho familiaridade com qualquer um que já tenha fracassado.

Somos construídos por milhares de atravessamentos... isso que nos corta, nos faz.

O amor é uma fatalidade.

Amadurecer é assumir a possibilidade de erros próprios.

Escrever é um outro jeito de chorar.

Eu errei muito até errar direito.

Pouco há mais triste que olhos desapaixonados.
Sobra, talvez, os olhos indiferentes.

A vida ficou mais interessante quando não tive mais nenhuma resposta para ela.

Vaidade de vaidade, nada passa, tudo vive.

Deveriam trocar a luz para o meio do túnel.

Náutico

Insônia e varanda.
Varanda, cadeira e mar.
Mar e luminares.
Longe o Forte.
Sento-me, nunca me sento.
Sozinho, nunca sozinho.
Despretensioso, pretensio.

Devagar, chegam.
Poucos e inundantes.
Lugares, momentos e pessoas.
Minutos, passados, não passam.
Imagens travadas.
Como registrei depois, sem som.

Boca, lágrimas.
Olhos, sorriso.
Testa sem friso.
Ouvido o silêncio.
Sol e nascer.
Nascer e só.
Exata hora que a onda bate n’alma.
Deito, não durmo.
O mesmo, que era.
Nubloso, fez-se lindo e quente.
Até que acabe, velejo.

Angra dos Reis, 16 de dezembro de 2011.