Coleção pessoal de juoristanio

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Cada homem é uma humanidade, uma história universal.

Não se sabe até que ponto as mulheres não formam uma aristocracia. Entre elas, não há povo.

O estilo não passa do movimento da alma.

A arte é a expressão da sociedade em seu conjunto: crenças, idéias que faz de si e do mundo. Diz tanto quanto os textos de seu tempo, às vezes ate mais.

Há verdades íntimas demais para serem aceitas em público. Todos sabem. Todos fingem não saber.

Não há consolo em dizer que o que nos acontece, nos acontece. Parte fazemos, parte nos fazem. Às vezes, é preciso ir longe para chegar vindo de trás e alcançar a véspera da véspera da véspera do acontecimento. O momento preciso em que tomamos ou somos tomados por uma direção e um belo dia… ou um triste dia, somos o que somos.

O amor não é incondicional coisa nenhuma, tem suas fragilidades de matéria orgânica. Estraga, esgarça, rasga, inflama, acaba. E como acaba. É feito gente, depende do que vive.

A gente passa a vida pelejando com o dilema de existir ou desistir, com o que é bom e o que é ruim, o certo e o errado, a morte e a vida. Essas coisas não se separam. O lugar que dói é o mesmo que sente arrepios.

A linguagem deixa as mulheres na mão quando elas precisam expressar suas experiências porque foram emudecidas por séculos de treinamento. Estamos acostumadas a uma mentalidade e um estilo de comunicação masculinos.

É preciso encontrar um cerne interior que valorize a vida, que nos leve a ela, que não nos faça recuar diante dela. Valorizar inclui o sofrer, mas um sofrer que nos abra para o amor.

É dessa maneira sinuosa que o feminino se movimenta. Como uma serpente, para frente e para trás, em volta, para o fundo e em torno.

O feminino não se interessa em estar no topo; o feminino se dedica à vida nesse momento. Dedica tempo para olhar as árvores;dedica tempo à construção de relacionamentos de profundidade, a ser levado por aquela força que confia que existe um significado inerente a essa vida.

A maioria das pessoas sente terror da espontaneidade. Elas não sabem como estar no agora de modo que farão de tudo para seguir um plano preconcebido. Isto é o oposto exato de feminino, que vive no presente.

Todos nós nascemos loucos. Alguns permanecem.

A arte sempre foi isto - interrogação pura, questão retórica sem a retórica - embora se diga que aparece pela realidade social.

O fundamento do tempo é a memória.

Escreve-se sempre para dar a vida, para liberar a vida aí onde ela está aprisionada, para traçar linhas de fuga.

Enfim, o fundo do poço da vergonha foi atingido quando a informática, o marketing, o design, a publicidade, todas as disciplinas da comunicação apoderaram-se da própria palavra conceito e disseram: é nosso negócio, somos nós os criativos, nós somos os conceituadores!

As pessoas só têm charme em sua loucura, eis o que é difícil de ser entendido. O verdadeiro charme das pessoas é aquele em que elas perdem as estribeiras, é quando elas não sabem muito bem em que ponto estão. Não que elas desmoronem, pois são pessoas que não desmoronam. Mas, se não captar aquela pequena raiz, o pequeno grão de loucura da pessoa, não pode amá-la. Não pode amá-la. É aquele lado em que a pessoa está completamente... Aliás, todos nós somos um pouco dementes. Se não captar o ponto de demência de alguém... Ele pode assustar, mas, a mim, fico feliz de constatar que o ponto de demência de alguém é a fonte de seu charme.

⁠O verdadeiro charme das pessoas reside nos seus traços de loucura.