Coleção pessoal de juniodamaso
Se tivéssemos o controle absoluto sobre o nosso espaço e tempo, jamais haveríamos de ter chegado. Talvez sempre fosse presente, não havendo nem futuro nem passado.
Se aqueles que caminham nos buracos conhecessem a superfície lisa, jamais teriam descido um degrau sequer.
Muitos provérbios são feitos de metáforas como adorno para ideias, pois, literalmente, estas últimas seriam menos compreendidas sem aquelas.
Não se pode atribuir, aos meus itinerantes pensamentos e nem a mim, a infalibilidade, pelo simples fato de tê-los proferidos por meio da escrita.
Por que deveria dizer que o tempo tem me dado experiências e razão? É verdade! E a verdade veio junto, sobretudo ela é a essência do tempo. Não há tempo fora dela, o tempo é como o vento, não o podemos alcançar.
Que confuso! Difuso... Prolixo talvez...
Há vezes em que fico frustrado por não me lembrar de alguns pensamentos, estes então, se perdem no tempo por não terem sido grafados de modo permanente. Só existiram no meu esquecimento.
Estrondo
Caro leitor, que ouve sua própria voz
Ressoando na cabeça,
Te explico
Implicitamente abaixo:
O início do processo criativo
Não chegou ao meu conhecimento
Seu local talvez seja privativo
Nem passou por meu pensamento;
Me debruço sobre o nada
Como se fosse num parapeito
De cabeça eu mergulho
Mas o que sai, está feito;
Disso não me orgulho
O mérito não é meu
Terminado o barulho
O crédito é todo seu.
Aqueles que, por engano, culpam a Deus têm mais esperança do que os obstinados, que nada questionam.
Às vezes fico boquiaberto e não sei donde fluem, à quantas andam certas ideias e loucuras que fazem moradas nas interconexões dos meus míseros neurônios desconhecidos. Para mim, espanto, para outros, estupidez!
As sinapses me obrigam a escrever sem ao menos pedir licença, de repente, BUM! Lá estão elas, as ideias loucas.
Preciso desenvolver a frenagem neural se não quiser ultrapassar os limites da loucura, e acabar me tornando um gênio!