Coleção pessoal de JulmarCaldeira51
A vida sofria constantes mudanças e adaptações, inspiradas nas estações do ano, que ditavam o ritmo da terra e regiam as iniciativas e decisões daqueles que se formaram na sabedoria guardada, no berço da simplicidade
Como não somos iguais, precisamos aprender a conviver com os outros, respeitando as diferenças. A isso, dá - se o nome de individualidade - um princípio de Deus.
Momentos especiais são para serem vividos. A vida pede, agradece e faz deles, lembranças guardadas que, somadas às memórias de ontem, constituem fortaleza e abrigo para o amanhã!
E assim caminhamos - construindo a nossa história!
Precisamos compreender que toda sombra é ausência de luz e que toda solução reside na nossa capacidade de aceitar uma nova visão dos fatos.
O espinho que parece uma ameaça, na verdade, é proteção.
Que as nossas ações sejam canalizadas para aquilo que pode ser a mais nobre missão das nossas vidas; quando cada um poderá declarar - Eu sou uma ferramenta de Deus!
Aquele foi um tempo bom. A rua era o palco da vida, desfrutada pela criançada: correndo, brincando, fazendo algazarras. Quanto a noite chegava era preciso voltar... Mas a vida ficava guardada nos bancos das praças, arborizadas, e nos quintais floridos fartos de frutas maduras - que faziam a festa da meninada.
A infância daqueles anos era despida de malícia e revestida de inocência; combinação perfeita para um elenco de peso viver a liberdade das ruas - o palco das ações desmedidas de brincadeiras, sorrisos, diversões e muita alegria. Em cena, um conjunto singular: crianças que podiam ser, plenamente, crianças.
Há um velho caminho.
Ha um novo caminho.
Mas sobre tudo e acima de tudo...
Há o caminho Jesus.
"Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim." João 14.6
A vida estava ali quase ao alcance das mãos, mas eu não conseguia tocar - consumido pelo descaso do acaso e vitimado pela ilusão de que tinha o controle de tudo.
Observados os ensinamentos da bíblia em Colossenses 3.23, há um reconhecimento que precisamos buscar incessantemente - o de Deus!
Todos nós temos valor para Deus, mas a essência daqueles que aceitam Jesus as define das demais, porque elas possuem a mente de Cristo. "A fé em Jesus Cristo é a condição para a salvação - diz a Bíblia. “De sorte que a fé vem pelo ouvir, e o ouvir, pela palavra de Deus.”
Romanos 10:17
Deus viu quando o desejo de pecar devastava a consciência de Caim - roubando-lhe à alegria e a paz. Deus advertiu-o, do mal que o dominava, chamando à sua atenção: Caim, "você agiu mal, e por isso o pecado está à porta, à sua espera. Ele quer dominá-lo, mas você precisa vencê-lo". Mas Caim não deu ouvidos a Deus. Gênesis 4.
Assim como Jesus é a essência do evangelho - e vice-versa - a família é a essência do lar e a base da formação dos povos - uma missão bendita outorgada por Deus.
A vida cobra, exige: exercício, reflexão, meditação, ponderação, como atos constantes.Não é à toa que Jesus, quando se depara com o publicano, despido de autossuficiência, arrogância, vaidade... E o fariseu com as suas vestes poluídas de atitudes inversamente opostas às do publicano - ou seja: a maturidade admirável do publicano e a falta dela na atitude soberba e desprovidas de virtudes, do fariseu.
Jesus viu naquela cena uma oportunidade para ensinar a importância de VIGIAR E ORAR. "Fiquem atentos e orem.De outro modo a tentação vencerá vocês..." Mt 26.41
A vocação da casa é dar abrigo contra as intempéries externas. A vocação do lar é dar abrigo contra os eventuais maus sentimentos que roubam à harmonia estabelecida por Deus - que deu ao lar a nobre missão de ser lugar chamado aos encontros e convivência fraterna, regado com alegria, esperança, fé, amor, oração, abraços... Na comunhão, ao redor da mesa, na partilha do pão.
Deus não está presente só na Sua Palavra, na Sua Igreja... Deus está em todos os lugares: no prato de comida, no trabalho, em casa, no hospital, na empresa, no trânsito, na escola, com as famílias... Cuidando de mim, de você, de todos nós e de todas as estruturas organizadas para cumprir o Seu agir - Seu milagre!
E num lampejo de luz, que ao longe alumia!
Eu vi, no relógio do tempo, o ciclo da vida voltando ao começo...
Resgatando os sonhos e os ideais desmedidos - daquela gente anônima.
Como magia! Ah... Como eu me enganei!
Ela era feitura de Deus, que a conduzia.
Espiando aquela gente anônima, eu quase me comovia!
Vi que aceitava a fome e sede - o jejum muitas vezes!
E, alternando trabalho e vigília, a todo momento louvava e humilhava, e assim caminhava, sem demonstrar nenhuma tristeza!
Por mais que eu quisesse... Eu não compreendia!
Seria embriaguez ou utopia?
Do alto da montanha eu via!
Eram transeuntes anônimos, vagando sem rumo, em constantes delírios.
Trôpegos, seguiam a sua jornada de fábulas - sedentos em busca do rio.
Aturdidos, faziam da abstração o exílio, sem disfarçar o fascínio que a subordinação nas suas vidas exercia.
Do alto da montanha dourada, eu contemplava a aridez do caminho e o silêncio dos personagens...
Caminheiros dispersos, em busca do nada.
Uma gente de muita coragem;
Mas presas inequívocas de uma grande miragem.