No ultimo dia de minha vida, corri até a colina e abracei o sol. Fiz tal como o meu sonho de menino.
A vida tal como um sopro é breve e sucinta.
Não acredito no amor, por isso sou um poeta materialista.
O poeta canta um canto angelical empregando em suas palavras maduras, o amor universal.
Cada poema é um parto de ternura, paradoxal, pois na ternura não deveria haver dor.
O poeta sofre duas vezes. A primeira é a dor dos mortais, o segundo dos mágicos que desatina a doer: a dor das palavras.
Dizem que a poesia, para ser pura, deve ser inconseqüente... Mas, por ventura, os anjos não conhecem a eternidade?
Gravem, querendo, sobre a sepultura: -Teve por gloria a própria desventura. A dor suprema de ter sido só.
Que importa a imortalização do nome?
E agora, sem amor nem sonho e mocidade. Soletra missal azul do firmamento. O evangelho pagão do rito da saudade.
A ultima lagrima cai. Eu a seco. Estes são os ultimos anos de uma vida
Sabe-se que para dor da saudade, não há idade.
...E as pessoas solitárias, de onde elas vêm?
A musica é algo visível, basta fechar os olhos e você deslumbrara.
...E não voltes mais, que a tua gaiola serve à outros animais.
Ainda bem que o teu corpo não quer embarcar na tormenta do meu.
Nenhum ser humano é cego demais que não possa enchergar a verdade.
Há noites em que a saudade não deixa passar o amor que sinto por ela.
Cortei-lhe as asas para não voar. E a linda fada fez de suas penas lindos poemas para me embalar.