Coleção pessoal de JuliaFigueiredo7
Algumas dores se engessam em mágoas quando tentamos manter relações tóxicas simplesmente pelo ego de ter sempre perto todos que UM DIA foram importantes.
Limites relacionais são necessários. Construir cercas ao redor do próprio coração é a legitimidade que devemos permitir para preservar nossa integridade emocional.
A nossa responsabilidade emocional tem um limite e é este:
cuidar, reparar e resolver sem invadir a si.
Às vezes, Deus permite que todas as nossas condições, e até esperança que nos vivificava, sejam reduzidas a pó, para que a única solução reparadora dependa de um verdadeiro milagre. Somente assim a glória será única e exclusivamente para Ele.
--
"Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti que trabalha para aquele que nele espera." (Isaías 64:4)
Escolha seus afetos. Guarde seu coração. Existem cargas emocionais que não nos pertecencem mais. Abandoná-las é o minimalismo que precisamos praticar mais.
O perdão não é o passe livre para que o causador da dor passeie novamente em seu pátio. Perdoar significa também impor limites e seguir, agora sem a sobrecarga. Isso implica deixar pessoas, bagagens e afetos para trás.
Romantize a vida, não pessoas.
Pessoas devem ser amadas, não romantizadas.
Romance é o amor inflamado pela expectativa.
Em alguns desafios pessoais, a única saída é escavar os alicerces. Inevitavelmente, a estrutura se abala, senão desmorona. Mas para uma reconstrução genuína, é necessário viver a dolorosa experiência da ruína para começar tudo novamente, mais forte, mais robusto, mais seguro!
Não hesite se desfazer hoje. A morada de amanhã depende disso.
O mínimo dos seres carrega em si o dom de representar a vida leve e automática. Percebê-los é constranger-se diante do dinamismo que sacrificamos pelo pragmatismo. Não diga a eles o que importa. Estão ocupados em viver o inútil, aquilo que não tem fim, o objetivo. Para que voam? Para que ornam o universo? Nascemos para existir, não para cumprir tarefas, mas investimos esforços num plano de metas e abandonamos a existência a cada check no list. Não é uma apologia ao ócio, mas a conscientização do devido respeito à fluidez vida.
Não escrevo para convencê-lo, tampouco rechear seu arsenal de argumentações. Escrevo para conduzi-lo à questão. Para movivá-lo a retrucar-me em minha inignificância. Para que, caminhando na sombra deste infinito túnel, enxerguemos a luz da cosciência. Escrevo porque preciso de ti para duvidar-me, para agregar-me. Escrevo por mim e para você na esperança sadia da conexão a qual fomos imposta. E se você me lê, espero que leia a si mesmo.
Afinal, não somos um?
Dedique-se com afinco a coisas inúteis, porque são elas que oportunizam a felicidade.
Perceba: a felicidade é inútil em si mesma.
Ou você tem resposta para a pergunta:
"Ser feliz pra quê?"
É por isso que, quando algo é verdadeiramente inútil, sentimo-nos satisfeitos.
Veja: balançar na rede vendo as estrelas para quê? Contemplar o pôr do sol para quê? Mergulhar no mar para quê? Qual o objetivo de perceber a forma das flores?
Para nada disso há resposta, pois é para nada mesmo! Seu valor está em si mesmo e não para um fim! Por isso INVISTA EM COISAS INÚTEIS.
Abra mão do pragmatismo e romantize a vida, porque ela é extraordinária e merece ser venerada. PARA NADA! PORQUE SIM!
E JAMAIS transfira para a rotina o poder de acinzentá-la.
Auto responsabilidade emocional também é dizer não's amargos e desistir do lugar doloroso de espera. Quem ama, não encarcera.
Se há dor na braçada, a direção está errada. Quando algo está predestinado a acontecer, a coisa flui, não adianta.
Hoje doei muito de mim. Me desaguei. Fluí feito fonte inesgotável, até que desidratei. Condensei-me por completo. Uma ostentação que não posso me dar. Estive suando a cada segundo dia. É cansativo se forçar à felicidade. Quero me dar ao luxo de ser feliz espontaneamente. E se for para controlar algo, que seja o leme, não a maré.