Coleção pessoal de Julia06
Ao livrarmo-nos de julgamentos desnecessários, de nós mesmos e dos outros, passamos a viver com o que, de fato, nos é vital. A tolerância e o amor.
Num dia, como outro qualquer, a gente percebe que mudou, e tudo passa a ser novo, e não nos cabe mais daquela maneira velha. Velhos vícios partem, e novos horizontes surgem como sorrisos irresistíveis, e nos faz entender que, na vida tudo nos pertence, a partir do momento que estamos preparados para vivermos apenas com o essencial.
Ao livrarmo-nos de julgamentos desnecessários, de nós mesmos e dos outros, passamos a viver com o que, de fato, nos é vital. A tolerância e o amor.
Se livre fossemos de todo o ego, a humanidade seria realmente perfeita e bela.
Estar em construção significa caminhar para longe do que fomos um dia, sem deixar para trás aquilo que nos trouxe até aqui.
A queixa vexatória e difamatória é o mais terrível dos costumes humanos. O resenhar de almas leva ao ódio, e o ódio não nos leva, retém. E não há nada mais triste do que acordar no mesmo lugar, com os mesmos vícios de outrora.
Estar em construção significa caminhar para longe do que fomos um dia, sem deixar para trás aquilo que nos trouxe até aqui.
Prefiro mesmo os artistas, não somente aqueles ditos excêntricos e precursores de verdades, por ora, ultrajadas. Falo dos artistas entusiastas, de almas coloridas que assopram suas feridas, e saem por aí em busca de seus sonhos. Mães e pais de família, que dão um duro danado e que, se sentem felizes por nada. Alguns, nem mesmo sabem que possuem tudo, o mundo em suas mãos.
Gente desmedida, que acolhe um animal ferido, e que abraça desconhecidos com tanta ternura que lhes salvam o dia.
Artistas que sorriem com os olhos, que seguram gargalhadas inapropriadas e que choram de saudade, medo e dor.
Pessoas de humor leve, de palavras sem sentido e de coração livre de grandes pesares, mesmo que a vida os tenha, por vezes, sido cruel.
Artistas de ponto de ônibus, de corredores de hospital, de filas intermináveis, daqueles que possuem gavetas cheias de contas, mas que no coração, sempre caberá algo novo e bom.
Só os verdadeiros artistas acreditam na vida, e nas cores que ela possui. E por sorte, a vida é um palco, repleto de impagáveis atores.
Prontos para o espetáculo, a cada novo dia!
Algumas pessoas carregam almas corajosas, outras não. Ninguém nasce grande, o que nos diferencia é o fato de tomarmos ou não a decisão de sermos...Grandes!!!
Às vezes eu transbordo, e algumas pessoas pensam que estou chorando, mas não! São partes que não preciso mais e elas saem assim, sem mágoas, molhadas por aí. Libertando-me!
Não importa o quanto você tenha acumulado, ou o quanto tenha se compartilhado. No final é só você e sua consciência. E ninguém mais.
Não somos daqui, apenas estamos. E nesse ínterim é preciso ver muito, de tudo um pouco e, por isso, às vezes, nos assustamos, maravilhamos e até extasiados ficamos. Existe magia, todo dia. Lamentável é pouco perceber isso.
É à base do aprendizado saber enxergar além da obviedade. Através da tolerância nos tornamos gigantes. Quem pouco tolera perde a graça de aprender.
Fui agraciada com olhos de criança, daqueles que colorem as telas e que enxergam formas onde só existem rabiscos.
Talvez, por isso, crescer tenha me custado tanto.
Não deixar que situações que nos alteram, por ora, interfira naquilo que, de fato, somos por inteiro é o que diferencia os grandes dos miseráveis.
Essa fé que me move possui braços fortes, me arrasta até mesmo quando, em pausa, quero ficar. Olho para o lado e cá estou, aos saltos, seguindo em frente, tomada por essa coragem que mais parece gente de tão entusiasmada que é.
E se tempo apagar algumas coisas, que não seja meus erros, sem eles não sei como posso acertar adiante.
E se o vento traz coisas novas, que seja coragem para continuar a tentar. Sempre mais.
Sempre haverá alguma razão, mesmo que incompreendida, mas que fará seu coração bater mais forte. Talvez essa seja a sorte de todos nós. Motivos variados, para que todos possam acreditar e buscar a felicidade única.
Somos por todos ultrajados, é uma afronta sermos únicos. E como se não bastasse, ainda somos julgados pelas diferenças que todos possuem.
Por sorte me tornei o que sou. E por pura exaustão de esforço, não me deixei ser o que quiseram que eu fosse.
Até os maus regozijam-se ao exercer um ato de gentileza.
Ser gentil é tão implacável que torna-nos plumas, em meio a ventos brandos, não importa a ferocidade da tempestade que nos permeia.
Algumas feridas não são curadas aqui. O tempo faz com que nos acostumemos com elas, como se fosse um acessório a ser carregado. Pesado! Que, às vezes, incomoda mais que outras só pra lembrar que ainda estão lá. Vivas! Como partes de nós. Partes que se separaram, mas que de um jeito estranho, permanece em nós em lembranças que, às vezes, doem.