Coleção pessoal de jubsleu
Acho que devemos fazer coisa proibida – senão sufocamos. Mas sem sentimento de culpa e sim como
aviso de que somos livres.
Bêbado, confuso, farpado. Mas não consigo me deter. Embora não reconheça o ponto onde devo chegar, é para lá que me dirijo cego, aos trancos.
É preciso cuidado com o arisco, senão ele foge. É preciso aprender a se movimentar dentro do silêncio e do tempo.
Você não me conta seus desejos. Sorri com os olhos, com a mesma boca que mais tarde, um dia, depois daqui, poderá me dizer: não.
A solidão é as vezes tão nítida como uma companhia. Vou me adequando, vou me amoldando. Nem sempre é horrível. Às vezes é até bem mansinha.
O cheiro do teu corpo persiste no meu durante dias. Não tomo banho. Guardo, preservo, cheiro o cheiro do teu cheiro grudado no meu
A verdade é que ainda hesito em dar um nome àquilo que ficou, depois de tudo. Porque alguma coisa ficou.
Tanta gente bandida vivendo feito rei, e tanta gente boa crucificada quando quer fazer o bem e consertar o mal.
Cio
Quero dormir com você ou pelo menos
Te dar um beijo na boca
O meu amor não tem pudor, nem acanhamento
Não tem paciência, não agüenta mais
A urgência do desejo
E eu te olho, te olho, te olho
Como se dissesse.
Penso, ele há de perceber, me encosto um pouco
Espero um gesto, um sinal, uma atitude
Que eu possa interpretar como uma resposta,
Uma indicação,
Mas você é um homem sério e continua
Se escondendo atrás dessas teorias
E nem te brilha no olho uma faísca de tentação.
Aí que aflição
Pensar no que eu faria
Se pudesse.
Desejo que não acontece
Fica parado no peito
Aí vira obsessão.
O meu amor não tem pudor, nem acanhamento. Não tem paciência, não aguenta mais a urgência do desejo.
Tem homem que é melhor de boca calada. Tem homem q é melhor de zíper fechado. O difícil é arrumar um que seja bom nas duas coisas abertas.
Tomo cuidado pra que os desequilibrados não abalem minha fé, pra eu enfrentar com otimismo essa loucura.