Andei amando loucamente, como há muito tempo não acontecia. De repente a coisa começou a desacontecer.
Estou te querendo muito bem neste minuto.
Mas sempre era muito mais que um ano; e nunca, muito menos que um segundo.
Não quero lembrar. Faz mal lembrar das coisas que se foram e não voltam.
(...) cabelos negros e um vestido azul, de frente à penteadeira, bonita apenas pelo fato de ser mulher...
Aliás o que me irrita é que tudo tem de ser “do modo certo”, imposição muito limitadora.
Para compreender a minha não-inteligência, o meu sentimento, fui obrigada a me tornar inteligente.
Só queria ser feliz. Gorda, burra, alienada e completamente feliz.
As minhas verdades me bastam, mesmo sendo mentiras.
O mal parece não ter conserto: corrige aqui, piora ali.
Se eu faço uma coisa errada e ninguém vê, ela continua sendo errada?
Hoje sou luxúria. Espero mãos pesadas, ópio na veia, sol de giz riscado no chão. Quero dividir meus erros, arranhar minha loucura.
Eu sou suspeita pra falar. Mas quando fico quieta sou mais suspeita ainda.
Você nem precisa trazer maçãs nem perguntar se estou melhor, você não precisa trazer nada. Só você mesmo.
Você nem precisa dizer alguma coisa no telefone, basta ligar e eu fico ouvindo o seu silêncio.
Vale tudo menos chorar tempo demais. Pois sempre há coisas boas para pensar. Algumas se realizam. Criança sabe disso.
Que a gente se divirta sem se matar, que ame sem se contaminar, que aprenda sem se enganar, que viva sem se vender.
Quem sabe, até, eu era só aprendiz de anjo.
Não costumo compartilhar meus problemas com ninguém. Sempre consigo ver os problemas dos outros mais claramente que os meus.
Bonito burro tá melhor que feio inteligente. Conversar eu converso com o meu cachorro.