Coleção pessoal de JuanVicthor

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⁠Por que renasce tão lentamente pequena rosa? Por que vais tão depressa lua nova? Me balanças à procura de frutos, nada cai de mim; por que mesmo assim ainda insistes em me ouvir?

⁠As mãos estão por fora, o coração está por dentro; é inevitável! é inevitável que o coração não consiga expressar tudo por inteiro, pois complexo se faz assombrado pelo escuro; até mesmo antes de nascer.

Rasgam-se as nuvens no céu estrelado,
invade-se a vontade de gritar,
o Sol mantém-se ao longe... calado,
ouvindo o som do belo luar.

A fada desperta do sono encantado,
com a sua harpa de sonho a tocar,
o sol dormindo... sonha deleitado,
vislumbrando ao longe um novo acordar

Surge então um novo céu... a nevar
de noite e durante a madrugada,
O sol mantém-se coberto a sonhar
com estrelas e com a sua amada...

Ouve-se ao longe um galo a cantar,
adivinha-se o nascer de um novo dia,
A lua vai-se embora a chorar,
mas o Sol... desperta com alegria.

A lua adormece por fim.
Mas o Sol nada leva a mal,
pois ama a Lua tanto assim,
que voltará a encontrá-la num sonho de Natal.

Olho para o céu e preciso entender que o vento nem sempre virá em minha direção, e que nem todos os dias poderei ter a sua companhia, Sol.

De fato só nos encontraremos novamente em um eclipse! e quem sabe o universo não acabe no exato momento em que nos juntarmos distantes, em um só.

⁠Como a alegria me apresenta a tristeza;
Como a doença me fala de cura;
Como a liberdade traz a ruína;
É como eu sou com você.

⁠Foi no repentino milésimo de segundo que você se tornou minha inspiração; sua forma singela de não ligar pro mundo, seu encanto em manter ocasiões com sorriso, seu amor que esclarece como tudo é permitido.

⁠Estava tudo escuro entre eu e Ele, meus pecados já haviam me corrompido desde do princípio... Uma vez que Ele está acima do tempo, no meu princípio já conhecia o fim.

Desistir de mim já não era uma opção, tornei isso uma verdade absoluta, e mesmo assim, o seu Espírito pairava sobre mim.

Os meus erros tampavam a minha visão! me sentia sem forma, me sentia vazio... Tentava de todos os jeitos buscar em minha volta, algo que fosse capaz de preencher esse vazio na alma , mas já me encontrava no abismo, e as trevas cobriam a minha cara.

Não existia esperança no meu ser! até que mesmo cego pude ouvir uma voz suave como uma pena que caia ao chão, essa dizia: "Haja Luz.", naquele momento o escuro tornava-se claro, ele havia separado a minha luz das trevas! então consegui enxergar o meu corpo e notar que nele, eu podia ser muito mais que escuridão.

⁠EXTINÇÃO

Sou espécie extinta;
Animal que afasta;
O medo me alucina;
A floresta é minha casa.

Os pavões abriam as suas caudas;
A beleza das penas encantava;
Mas aquilo não me agitava;
Cada pena pertencia a sua namorada.

Me acostumei com as preguiças;
Me deixei levar pelas girafas;
Me encontrei em gorilas;
Me perdi em traças.

As formigas de mim fugiam;
As moscas por mim choravam;
O planeta parecia enorme;
Mas minha visão estava embaçada.

O ciclo da vida se fazia presente;
A morte era irrevogável;
As cobras rastejavam ao chão;
Procurando algum espaço.

EU

⁠Eu costumava usar muito "eu",
Eu iniciava as frases com o "eu",
Eu lutava por eu,
Eu vencia por eu,
Eu me afundava pensando em eu,
Eu me perdia sendo eu,
E pelo excesso do meu eu,
Agora posso ser somente eu,
Mas viver no meu eu é deprimente,
E a cada dia eu me enterro no meu eu.

⁠Eu posso ser feliz,
e por não querer,
não devo tirar de você a sua felicidade...
Por que devo julgar tanto o seu olhar!? se é o meu que não reluz as estrelas.
Por que a brasa da minha fogueira cessa todos os dias? Por que a ampulheta do tempo, se tornou a minha praia!?
Por que as minhas nuvens sempre se tornam à precipitar? Por que eu não te deixo ser feliz? Se é o meu mar que não possui ondas.

INÍCIO

⁠Desprezavam meus sentimentos;
Me tratavam como máquina;
Colocavam-me em potes,
E os abriam na hora errada.

O oxigênio se esvanecia com o tempo;
O medo tornava-se meu aconchego;
E a precipitação do infarto,
já era de se acontecer.

Fingiam se importar com a minha morte;
Quando na verdade choravam pelas minhas mãos;
Naquele momento eu já não podia;
executar nenhuma ação.

A bolsa que me protegia, estoura;
Viver sem oxigênio,
Já não me importa;
O mundo me espera;
A terra me afoga.

⁠AMAR

Amar envolve tantas coisas,
Amar facilmente me deixa em coma;
Coma induzido,
vejo todos os dias se repetindo.

Amar é uma das coisas mais belas,
Amar é andar sobre o muro,
Amar é saber o momento,
Momento em que se deve parar.

Amar requer entendimento,
Controlar o amor é difícil,
Amar faz sentido;
As vezes dói amar,
E isso me alertar a parar.

Dois corações não se quebram de uma vez,
Um sempre sofre primeiro,
Um carrega a dor,
A dor de amar primeiro.

⁠ESPAÇO

O vácuo ocupa muitos corações,
mas não existe a gravidade zero.

Todos somos inclinados por uma força,
tal qual não a conhecemos quando vivemos a mercê da ignorância.

As coisas vãs já não podem preencher o vazio,
vazio esse que domina meu coração,
a certeza me alerta,
mas sou como furacão.

Minhas palavras se tornaram meteoros,
que colidem causando estrago;
por isso vivo a queda livre;
em espasmo sonhando, desperto!
na vida,
eu morro.

⁠O QUANDO

Quando centenas de mísseis eram lançados ao chão,
Todos caiam sobre uma casa;
Expressão censurada,
Tudo se apaga,
Dor de saber,
Que por um,
Todos pagam.

Quando o arrependimento não se vêm,
Mas o remorso não me deixa em paz;
É quando sofrem pelas minhas contas,
Que percebo já não ser tão eficaz.

A CASA COM PILARES

Seu lume desvanecia! Suas atitudes já não eram para si; cada pilar que sua casa possuía, sempre doava, todos para uma única pessoa em comum.
A casa começava a cair, desesperado(a), gritava para a pessoa à quem havia doado seus pilares, e sem medir esforços o(a) mesmo(a) seguia seu caminho, nem ao menos se importando com o(a) proprietário (a).
Não demorou e logo tudo desmoronou, enquanto o(a) dono(a) ainda estava dentro da casa.


Ele(a) não entendia o seu próprio valor, não enxergava sua tamanha capacidade, por isso doava todos os seus pilares.

Seu brilho sumia com o tempo, uma vez que suas atitudes já não eram para si, mas com o intuito de agradar aquele a qual só queria seus pilares.

Possivelmente se ele(a) pudesse se enxergar da forma que eu o(a) enxergo, teria se dado mais valor, e não abriria mãos dos seus pilares para um coração mal intencionado.

Uma escolha errada é o suficiente para transformar toda sua vida em um inferno.

CHUVEIRO DE LÁGRIMAS⁠⁠

Sei que a razão pela qual você me quer do seu lado, não é pelo que sou, mas pelo que posso ser! isso ao mesmo tempo que me entristece profundamente, prova-me do quanto sou benéfico; embora, somente esporadicamente consiga enxergar.

Não serei eu que te acordarei da ilusão que você mesmo(a) criou em mim; quem sabe isso não encerre no último segundo em que a gota do chuveiro que se nomeia por utilidade, chegue ao fim! restando somente a marca d'água no chão, que com o passar do tempo, perece completamente em silêncio.

⁠Existem verdades que são como o vidro; visíveis, ao ponto de não ser necessário falar nada a seu respeito... No entanto a partir do momento que uma força grande é exercida sobre tal, o coração que um dia fora completo, se despedaça em pequenas vidraças.

Acreditar que o vidro resistirá é esperançoso, porém vendo o histórico da marca, talvez seja o maior engano e ilusão do meu coração.

Correr segue sendo a melhor opção, mesmo que o coração não queira, afinal, distante do vidro é impossível ser ferido pelos estilhaços; mas o coração que bate forte em meu peito, chora, toda vez, a cada espasmo.

⁠DOIS OU DUAS, E MAIS ALGUÉM

Enquanto dois ou duas disputam, alguém sempre afugenta seus próprios sentimentos.

Enquanto dois ou duas sofrem, alguém carrega em si, o prazer de puder sorri da palhaçada.

Enquanto dois ou duas não cansarem, alguém sempre estará disposto a brincar.

⁠A VERDADE EM DUAS VERTENTES

Entrei no meu quarto, olhei para à estante, e escolhi o livro mais lindo; porém, ao ler não gostei.

Olhei novamente e achei outro livro, com uma aparência não tão boa quanto o anterior...

Dei início a partir do capítulo cem, assim portanto ignorando todos os 99 capítulos antecessores.

Após encerrar a história, pude perceber que de nada sabia, pois o começo clichê pode revelar o fim, mas o fim não é capaz de revelar a verdadeira história.⁠