Coleção pessoal de JRUnder

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Nenhum rio o seria sem suas margens. Assim fosse e nosso planeta seria um grande lago.
Nenhum grande homem o será sem disciplina. Ela fará com que seus objetivos sigam os caminhos certos até desaguarem, nas conquistas.

LUME

O amanhã ainda tarda, talvez demore demais,
Para acalmar a saudade, que sua ausência me traz.
Os sentimentos confusos causam maior nostalgia,
Nas águas das minhas lembranças, soçobram as alegrias.

Velejo no barco do tempo, sopram ventos da esperança,
No seu abraço o meu porto, que a visão não alcança.
Não há calmaria em meu peito: lágrimas correm revoltas!
Nuvens se movem no céu, todas esperam sua volta.

Busco no olhar um sinal, assim como a luz dos faróis,
Que orientam as naus nos caminhos dos atóis.
Espero que a brisa do mar devolva a mim seu perfume,
Quando em meu coração, o sol renascer com seu lume.

CISMANDO...

Que tal deixarmos de apenas aplaudir as boas atitudes alheias e passarmos a ter boas atitudes que mereçam aplausos?

O QUE NÃO SE DIZ.

Cuide de sua sabedoria, para que nesse mundo vazio,
Ela não seja considerada uma vã loucura.
Porque os sábios precisam ser compreendidos e para isso,
Precisariam falar somente a outros sábios.

As palavras precisam ser dispostas de forma a se encaixarem, uma a uma,
Como fossem degraus de uma escada que leva aos céus.
Um passo em falso, e se cai nos infernos dos incompreendidos.

Controle todos os seus ímpetos, para que a calma não lhe fuja.
O irracional não se discute. Então, apenas observe.
Nesta terra de cegos, quem tem um olho, não entra.
E talvez por isso, nunca compreenderá a alma dos cegos.

Os sentidos são mutantes e adaptáveis às nossas realidades,
Mas é preciso paz interior para usufruir esse bem.

Exercite seu poder de percepção, sensibilize-se.
A atenção faz o surdo perceber, aquilo que não ouve.
E muito mais se diz do que aquilo que se pode ouvir.

Seja terra, seja vegetal, seja inseto, seja animal.
Não se contente em ser simplesmente, humano.

HOJE, ÉS PÓ.

Vi o fogo queimar sua carne.
Senti o odor característico dos infernos.
Vi músculos que se retesavam em uma espécie de dança macabra.

Aspirei a fumaça de sua existência
Inalei sua alma, exalei seus pecados.
Esperei que o tempo pousasse no chão seco, suas cinzas
E esfreguei-as em minhas mãos, até que fugissem pelo vão de meus dedos.

Hoje, és pó.

Ontem, foste amor.

Viva, o que eu vivi,
Sonhe tudo o que sonhei.
Realize o quanto realizei,
Erre quantas vezes errei.
Acerte quantas vezes acertei,
Corrija quantas vezes corrigi.
Insista o tanto que insisti...
Mude quantas vezes eu mudei,
Aprenda cada detalhe que aprendi.
Perdoe tudo que já perdoei,
Compreenda o quanto compreendi.
Recomece como já recomecei,
Engula os sapos que engoli.
Deixe passar tudo o que eu deixei.
Desculpe-se o quanto me desculpei.
Finja não ter entendido... Eu fingi.
Ou faça de conta que entendeu, como eu fiz.
Acorde o numero de vezes como eu acordei
E continue acordado quantas noites continuei.
Doe-se o quanto já me doei.
Desespere-se o tanto que já me desesperei.
Apague quantas velinhas eu já soprei
E ensine-me o que ainda não sei.