Coleção pessoal de Josibarauna
APRISIONADO
Baby...
Soa o seu
coração
Não se queixe,
Canta o seu
cantar.
Baby...
Clama na solidão.
Não se feche.
Versos do seu
pensar.
Baby...
Lágrimas de um
violão...
Não me deixe!
Música do seu pesar.
NO PIO DA NOITE
Estava a coruja a cantar
Seu canto que não encanta.
Na noite escura, mata adentro.
Estiava a chuva
Sob o pio.
Sobre o pinheiro,
Olhos negros e atentos
Observadores dos andares.
Coruja a corujar
Pois só faz sozinha.
Coruja a corujar
E costurar penas perdidas.
O canto da noite
Sob o pio da viúva.
E sobre o pinheiro
Estiava a chuva.
BARAÚNA, Jôsi - MARIPOSAS MIGRATÓRIAS
LEITE DE ROSAS
Seu cheiro escorrendo de mim
Cada vez que abrem-se as fendas,
Fundas e quase sem fim.
Sua vida esvaindo-se assim...
Por entre as mãos,
Num caminho, progresso enfim.
Sua noite, brincadeira gostosa!
Seu dia, espera fogosa!
Sua pele, leite...leite de rosa!
Seu sabor de mulher
Mulher gostosa, fogosa,
Abrindo-se em rosa.
BARAÚNA, Jôsi - MARIPOSAS MIGRATÓRIAS