Coleção pessoal de JoseRicardo7
Eu sou assim
Acordei!
Pronto!
E tudo novamente se começa
Sem perceber, eu ja estou ligado na energia da ilusão...
Eis aqui um poema que própria semelhança falar por si só...
Em cada palavra, um ato.
Em cada verso, um vigor
Em cada frase, uma atuação
Em cada nota, uma execução
Em cada inspiração, um desempenho
Em cada refrão, um engenho.
Ah!
E quando a alma se bate, a saudade entra em ação..
Um exercício interminável,
Onde eu dou vida,
em minhas composições....
Autor: Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Sumido
Distanciado do mundo, achavam que eu estava sumido, desaparecido, inutilizado ou até morrido..
Realmente,
Perdi minha câmara fotográfica.
Por onde passei, acho que derrapei, ou em algum lugar devo ter esquecido.
Ou de fato caíu de minhas mãos sem eu perceber.
Voltei para procurar, extraviada ficou.
Para minha sorte, carrego comigo, todos os seus arquivos.
Fotografias essas, indestrutíveis.
Ja percebi, o objeto registrador se tornou irrecuperável..
Mas, não posso me sentir derrotado, e sim vitorioso por ter esse espírito gravador cheio de ilusões...
Quando estou desnorteado, esqueço em um segundo das neblinas assustadoras.
Quando estou inspirado, meu olhar percorre fendas impenetráveis..
Quando tentam desmemorizar as batidas das minhas emoções, mais fascinado eu fico.
Me desgoverno num piscar de olhos e me equilibro nas perturbações, e aumenta ainda mais minha vontade de escrever....
Oh! Louco apaixonado....
Esse, sou eu...
Sou responsável com minhas asas inspiradoras..
Fazer tempestade num copo d'água? Jamais...!
Meu barco tem âncora e meu porto tem água de coco e muita persistência.
Sozinho, registro meus momentos, sozinho, enfrento as marés que me tormentam.
Minha máquina, ficou no tempo, mas minha alma se acalma com o senhor dos ventos....
Trata-se de um resgate, e ainda que o sol me bate, não me limito.
E meu anjo protetor sempre me diz;
-Voa poeta, Voa....
-Nunca pare, nunca, se cale....
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Procurando segredos
Decidi navegar,
Navegar para solucionar alguns dos meus problemas...
Pelas margens da imaginação, la vou eu aprofundando-me naquilo que ficou mal resolvido...
Descobrir segredos, aclarar minhas dúvidas e minhas alucinações...
Quero pagar minhas dívidas aos meus credores.
Depois que sonhei, tornei-me um ser incompreensível e, o intelectual que eu era ja não faz parte da minha sanidade mental..
Quando tento elucidar as razões, mais dilucidado eu me encontro..
Exemplificar tudo que sonhei em descritos? quase que impossível...
Ninguém me entenderia.
Assombradas são minhas noites, por isso, são incansáveis minhas buscas.
Expressivas inspirações me consomem.
Entre os achados e perdidos, o barulho das marés me assustam...
Desvendando versos, mais iludido eu fico..
As águas mornas me balançam,
Vou remando, vou tentando.
Sinto um sopro me levar
Nessa altura da viagem, não me lembro mais o caminho de volta.
As vezes, eu me assusto comigo mesmo.
Porque decidi nesses mares flutuar?
Que destino é esse?
Em busca do oculto, de um sonho que tive, de um olhar que vi e não mais o vi, estou procurando, teimando e os anseios me dilaceram....
O destino foi embarcado...
Como canoeiro, estou enfrentando ondas, cachoeiras, redemoinhos, em águas sem saber onde vou,
aqueles olhos,
encontrar...
Autor: Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Oração de um cadaver desconhecido
Morri!
Agora sou um objeto inútil.
Apenas, morri.
Meu corpo foi atacado.
Meu espírito ja não está mais em mim.
Foi devolvido para o criador.
Minha alma está vagando pelo espaço e algum legista chegará em breve para me abrir.
Usarão a ciência e muitas teorias para desvendar minha morte e minha descendência, Mas, será tudo em vão...
Vivo, ninguém quis saber quem eu era, quem dirá morto, sem vida, sem fala, sem alma, sem pensamentos e sem passos...
Talvez, através do meu cadáver descubram algumas novidades para futuras descobertas na medicina...
Como sou um indigente, posso ser útil nas mãos de algum estudante....
Fora isso, a minha espera está uma embalagem negra e sombria.
Dentro dela estarei gelado, sem respiração e sem movimentos e para debaixo da terra eu vou....
Embalado, ja não serei mais lembrado.
Enterrado, minha moradia será uma cratera, e ao passar do tempo irei apodrecer.
Quando em vida, a fé não cheguei a conhecer..
Se vivi, não sabia que estava vivo, vegetei e tudo perdi....
Hora insana, não me lembro como tudo aconteceu...
Não me lembro como nasci e morri,
nem de onde eu vim e nem como vim parar,
aqui.....
( Inspirado na oração do cadáver
Escrita por. Carl Rokitansky, )
Autor: Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Oração do Cadáver original
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“Ao curvar-te com a lâmina rija de teu bisturi sobre o cadáver desconhecido, lembra-te que este corpo nasceu do amor de duas almas; cresceu embalado pela fé e esperança daquela que em seu seio o agasalhou, sorriu e sonhou os mesmos sonhos das crianças e dos jovens; por certo amou e foi amado e sentiu saudades dos outros que partiram, acalentou um amanhã feliz e agora jaz na fria lousa, sem que por ele tivesse derramado uma lágrima sequer, sem que tivesse uma só prece. Seu nome só Deus o sabe; mas o destino inexorável deu-lhe o poder e a grandeza de servir a humanidade que por ele passou indiferente. Tu que tivestes o teu corpo perturbado em seu repouso profundo pelas nossas mãos ávidas de saber, o nosso respeito e agradecimento “.
A oração ao cadáver desconhecido foi escrita por Carl Rokitansky, um médico patologista que nasceu na Áustria, em 1804, e supervisionou cerca de 70.000 necropsias, executando 30.000 delas no Instituto de Patologia, em Viena. É uma forma de homenagear aqueles que cederam seus corpos para o aprendizado de estudantes da área da saúde.
Pela vida
Pela vida,
Vou enfrentando o desconhecido,
explorando o inalcançável, avançando com os meus Versos rumo ao horizonte e transformando minhas imaginações em realidades....
Pela vida,
Vou profetizando belas palavras.
Promovendo ordens, e desconsiderando as grandes ofensas...
Pela vida,
Vou caminhando com meus pés,
Eu e Jesus, o Rei do Amor, o chamado Nazareno...
Pela vida,
Vou germinando sementes, fotografando flores á espera dos frutos...
Pela vida,
Vou concretizando meus sonhos,
nesse sistema manso, que por muitas vezes, é muito bruto....
Autor Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Feliz ano novo!
Em 2022,
Peço ao Deus do Universo que venha transformar nossas vidas em todos os sentidos....
E que as pedras de 2021, sejam degraus floridos para atingirmos o aclive mais acentuado do mundo.
Lá em embaixo, o 2021 foi marcado por espinhos letais e pontiagudos.
Tivemos também rosas que exalaram odores falsificados..
De todo modo, temos que agrader a Deus por não termos sidos envenenados e nem feridos....
Tivemos também dias gloriosos com muitos sorrisos.
Está chegando a hora, na virada,
quebraremos todas regras e
pisaremos em outro solo sagrado.
Cada detalhe, será fotografado pela câmara ocular de nossa alma.
Colocar isso em poema, a ansiedade irá inspirar outro poema com o mesmo tema.
Melhor assim, ter calma em nossos corações é preciso...
Deixem o relógio que marca o tempo nos respondem.
É claro,
Temos que ter leveza em nosso estado de espírito.
Mereçamos dias melhores.
Ainda que as mágoas venham nos atingir, não doerá como ela desejou.
A poesia, será inevitável.
Cada verso cumprirá seu dever.
Vamos?
Vamos dar adeus a tudo e dar boas vindas ao ano que se aproxima?
Adeus ano velho🖐
Olá ano novo! 👏✅🎄🎇
Quem é você?😳
Será se é ou será o mesmo que temos vividos???
Não me venha com suas desculpas, traga-nos outros dias mais belos.
Vamos,
Chegue-se e se apresente
E nos dê aquilo que tanto sonhamos...
Paz, saúde e muita sabedoria....
Feliz Ano Novo
Feliz 2022✋✅🙏🎇 a todos.
Ricardo Melo
Um telefonema para Deus.
Trimm...Trimm...Trimm...
Deus atende e diz:
-Alô! Quem fala?
-Oi,
-Sou eu!
-Quem está falando?
-Eu me chamo Deus, o dono de tudo.
-Oi Sr Deus!
-É com o senhor mesmo que quero falar.
-Estou ligando para tirar algumas dúvidas.
Prossiga!
-Senhor,
Quanto custa a paz?
E como faço para tê-la comigo.
-Olha!
-Essa tal paz que muitos querem é tão simples de obtê-la.
Mas, infelizmente poucos querem seguir os meus estatutos.
No entanto, respondendo a sua pergunta, facilitarei a resposta por eu ter gostado de você.
-Quando você olha pra mim, eu te dou a paz;
-Quando seus olhos se desviam para o lado, a paz vai se afastando de ti sem você perceber.
-Não porque ela está fugindo de ti,
Mas porque seus pensamentos que precisam ser purificados.
-Quanto mais teus olhos buscarem a minha direção, mais terás Paz e a harmonia do teu lar estará garantida.
-Como assim ?
-Entenda:
-Eu sou a paz;
-Eu faço a paz;
-Eu dou a paz.
-Não entro em teu coração sem bater;
-Não te obrigo a me seguir;
-Não sou mal educado, porém, estou em qualquer lugar.
-Basta me olhar, que a paz reinará em seu coração.
-Se declare a mim, que te mostrarei o verdadeiro significado da PAZ,
Deixe tudo e me siga!
-Verás que quem pensa não é você,
eu penso por você, eu decido por você, eu caminho por você.
-E ainda mostrarei-te que quem faz sou eu e não é você.
-Ainda que seus pensamentos te digam que é você, mostro-te que se não for por minha vontade, nada farás.
-Sou eu quem ordeno cada movimento do teu corpo.
-Quando eu digo: -Cala-te! Paraliso-te em um segundo.
-Quero que entendas que só faço isso, para proteger-te, pois Te Amo, filho meu.
-Você entendeu?
Autor: Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Pedaços poéticos
Esse ano, finalizei com algumas engrenagens já desgastadas pelo tempo...
Trabalhei muito, e decidi troca-las...
Com elas,
Continuarei destruindo pequenos momentos para viver e presenciar grandes momentos...
Como ninguém me ouve, faço então sozinho em meus aposentos.
Vou pedir socorro aos que nada tem.
Vou pedir socorro aos abandonados e aos esquecidos...
Continuarei assim como sempre fui.
Existem pedaços poéticos meus muito doloridos.
É e me sinto na obrigação de os relerem para me alimentar do espírito que me da forças para continuar....
Continuar, é preciso e a carga é extra pesada.
Nesse vasto campo eu morro e ressuscito todas as manhãs...
Durante o dia me machuco, me canso e tomo pra mim algumas raízes que me deixa passivo...
Fico paciente, fico doente....
Vou contabilizando as horas e as estrelas que passam por mim...
Ainda sou uma criança, e com essa brasa viva que há em mim , sinto as centelhas na alma e no meu sonhar...
Se chove, estou bem.
Se faz Sol, abro as asas e as deixo secarem..
Se ventila, começo a voar..
Se centila, vejo a órbita brilhar....
Vou adicionando expressões precisas.
Vou pela estrada estreita e colorida sentindo as dores do mundo com minha forma de inspirar...
Autor; Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Força motriz
Com o sistema poético fragilizado, fiquei inoperante e desmaiei....
Dormi acordado, quase morri...
Sem saber, minha alma foi produzindo alguns efeitos.
Nulo dos holofotes, no meu profundo interior, sonhando continuei...
Copulei-me com outros versos, vi minhas asas pegarem forças, sem notar, voei alto...
No meu consciente, eu não existia mais.
No subconsciente, algo me fortalecia.
No superconsciente, super operacional me tornei...
Abrangido pela força divina, habilitei minha força motriz, simplifiquei a velocidade que me quis derrubar e a reduzi em pedaços, e as sapateei com meus pés...
Eletronicamente, recebi um nova vida, uma nova forma inspiradora eu ganhei..
Tentaram me desarmar, carregado de munições poéticas, reapareci...
Quiseram me fazer de inepto...
Mesmo incapaz, sobrevivi...
Um dom que muitos querem derrubar...
Mas, Deus é Deus,
Com ele na frente, não há pedras, não há montanhas...
Com artimanhas, as teias vão se desfazendo..
E o Poeta, continua escrevendo com sua mente sóbria e equilibrada sem os tormentos...
Autor: Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Ouvindo minhas emoções
💓💓💓💓💓💓💓💓💓💓💓💓💓💓💓
Tento tapar meus ouvidos,
Impossível,
Ouço as pancadas das emoções doer em meus tímpanos...
Algo me deixa inquieto, dia, noite e madrugada os tormentos levantam contra mim...
A saudade me faz percorrer vales e o coração lateja.
As campinas do passado vem nas lembranças, tempos bons de criança....
Mas aonde está a paz que tanto preciso?
Onde?
As mangueiras fazendo sombras no cerrado, e os laranjais nos madrigais...
E de onde vem os poemas que faço?
Eu tento, eu tento, e como tento evitar a saudosa escrita solitária...
Em toda ocasião, ela nunca está só...
Sempre acompanhada das batidas do meu coração...
Se eu soubesse, jamais teria abandonado aquele vale...ah! Se eu soubesse...
Estaria ainda lá, plantando, colhendo, vivendo em um paraíso jamais visto...
Aquele roçado, aquela boiada levantando poeira,
Aquela tuia cheia de milho, alimentos para os cavalos, porcos e as galinhas...
O cachorro Rex, um Pet de primeira...
Labrador era sua raça, animal obediente e carente...
Bastava acenar, ele ja sábia ler os nossos pedidos...
É,
Como é dolorido...
Eu corria, eu chorava e não sabia os motivos de tanta alegria...
Hoje, adulto, eu reflito...
Menino nunca está satisfeito com nada, ele sempre quer mais, mais e mais...
Aquele cenário, palco da minha vida.
Vou tentando atender os pedidos que a poesia me faz.
Sem saída, e o chão some dos meus pés..
Fico a deriva, sem saber como detalhar o menino que eu era..
E começo a delirar, e num piscar de olhos as lágrimas tomam conta da inspiração....
E fico voando sem saber regressar...
Que destino!
🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹
Autor: Ricardo Melo
O Poeta que Voa
O Poeta e a Poetisa
Imaginei a poesia, e fui buscá-la;
Imaginei teu olhar, e fui encontra-lo;
Imaginei uma longa estrada, e percorri léguas.
Me imaginei como um poeta, e fui escrever ta alma.
Nessa caminhada, imaginei um feitiço, e o destruí com a ira de uma palavra.
Nesse momento, minha alma de poeta, ecoou...
Tu, de longe me sondastes.
Dois sonhadores, uma poesia e um poema.
O poema, eu, e a poesia, você e uma composição se formou.
Os versos que estavam camuflados, se manifestaram.
Conectados, a melodia escondida se espraiou....
Dois vagalumes, duas luzes no palco se acenderam.
O meu coração na sua mão, o seu, nas minhas...
Tua inspiração se juntou com minha imaginação...
Pela força da ilusão, dois apaixonados se fitando e cantando, e todo povo presenciou.
Quando penetrei em teu olhar, nossas vozes se tornaram numa só união.
Na magia da música, o acordeon chorou, a bateria bateu palmas, e o violão do violeiro se destacou...
Nossos olhos nesse cortinado estampado, não seguraram as lágrimas,
dois compositores, dois vocalistas que toda plateia adimirou.
Pediram bis e aumentaram o volume,
os microfones abalaram a microfonia sinfônica..
Sacudiram-se as arquibancadas, com os telespectadores nos exaltando....
Depois do show em um quarto de hotel,
E o Poeta com sua Poetisa, em sonetos se amaram.......
Autor: Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Uma Carta para o Papai Noel.
Papai Noel!
Sentado, Te vejo no colo do luar, sinto um frio congelado querer tomar conta desse lugar.
Seu trenó, faz parte dessa minha existência.
Por isso, escrevo-te essa carta para aquecer esse tenebroso ambiente.
Sou gente, mas os dedos, o tato eu ja quase nem sinto mais.
Estou aqui, sensivel por um lado e insensível pelo outro.
De alma fragilizada e com espírito renovado lhe digo:
---Sinto falta;
---Falta dos velhos tempos, tempos que se perderam, perderam-se e não sei como acha-los.
Antes, como um ser sapequinha ganhei, sonhei, desejei, acreditei, inventei, pequei e invejei...
Eu era uma criança e, pensando bem, acho que ainda sou.
Ganhei o que não esperava ganhar;
Ganhei e me tomaram sem eu perceber;
Ganhei outras coisas e não soube bem aproveita-las.
Sonhei alto e o mundo me jogou para baixo.
Desejei... e as pedras me fizerem derrapar.
Acreditei demais e por não realizar, desacreditei dos sonhos que sonhei.
Inventei muitas coisas e as copiaram, fiquei de mãos atadas em segundo lugar.
Confesso, não queria ter raiva e sem conhecimentos tive mágoas, mas delas me curei.
Pequei, porque sou igual a todos, um mero pecador.
Invejei, porque para trás eu fiquei, mas disso tudo já me livrei.
Sempre desejei o bem, porque sei que todos precisamos viver em união e harmonia.
Por falta de entendimento, escrevi meus diários de solidão e sozinho, muito chorei.
Chorei... e se falar isso para a maioria, não irão em mim acreditar.
Procurei minha voz, engasgado agora estou.
Procurei algumas palavras e aqui estou eu nessas linhas, para desabafar.
Estou lhe escrevendo para fazer alguns pedidos.
Não são muitos, espero ao menos em deles ser bem atendido.
São eles:
>Aos que tem muito, nunca deixe a escassez bater em suas portas;
>Aos que mais ou menos tem, nunca deixe faltar;
>Aos que nada tem e aos que nunca tiveram, dê uma solução para acabar com essa seca que insiste nessas vidas prosperar;
>Aqueles que estão doentes, leve a cura seja onde for;
>Aqueles que perderam suas sanidades mentais, devolva-lhes o direito de raciocinar.
Tenho muitos outros pedidos a lhe fazer, mas a estes quero priorizar.
Estou me despedindo, porque eu sei que no ano seguinte e se eu ainda existir, terei outra oportunidade de lhe procurar.
Papai Noel,
Entre esses pedidos, priorize aos que nada tem, pois bem sei que teu coração é grande e isso a ti convém.
Até, Papai Noel!
Até o ano que vem.
✋🙌🌍😪
Autor: Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Bateu a dúvida? Pense sozinho.
Bateu a tristeza? Caminhe sozinho.
Bateu o desespero? Decole sozinho.
Quer chorar? Chore sozinho.
Faça tudo sozinho.
Faça como as águias, voe sozinho.
Não faça como os pardais, eles voam em bandos.
Se não te enxergares
nem a noite sozinho, conseguirás dormir.
Deixo a reflexao:
--- Chegamos no mundo sozinhos
E dele partiremos, sozinhos.
Autor ; Ricardo Melo
O Poeta que Voa
O violão de um violeiro
Conversando com a ilusão,
Dobrei as esquinas das páginas de minha vida.
Cortei as vésperas dos amanhãs.
Vi alguns reflexos do ontem e uma reflexão do presente.
Em minha imaginação,
Senti a inspiração me tocar, tocou-me tão forte que atordoado fiquei.
Desesperado, corri...
E encontrei o que não esperava encontrar,
Meu violão solitário estava em um mar de prantos.
E perguntei a ele porquê estava chorando.
E ele me disse:
---Tu, meu dono!
---Você mesmo que me tocas dia e noite;
---Me deixaste assim, pregado na parede embriagado....
---Se choro, é porque só sei falar em teus braços e deitado em seu colo.
---Fora dele eu sou assim, um ser calado e mudo, fico desnudo e surdo.
Um absurdo!
---Você me fomenta com seu dedilhar
E quando se cansa, me abandona e nem diz ao menos quando irás voltar....
Autor: Ricardo Melo
O Poeta que Voa
O desabafo de um cachorro
Ei,
Nobre humano(a),
Não corras de mim.
Não sou bravo, mal nenhum te farei.
Sou apenas um cachorro.
Observe, toque em uma de minhas patas,
Eu amo as pessoas.
E por elas, eu até morro.
Moro em qualquer lugar, as vezes, por ter sido abandonado ou até por ter tido a infelicidade de já ter nascido sem um lar. Muitos não me aceitam em suas casas e até me machucam...
Tenho os tímpanos sensíveis, porque sou guardião dos lares.
Minha vida é essa, comer, proteger, latir e rosnar.
Quando sou amado, dou ao meu dono a proteção;
Quando sou chutado, protejo ele mesmo assim.
Mas nem todos me olham como um protetor.
Me olhem como eu fosse um bicho peçonhento.
E nesse momento lhe digo:
---Sou cachorro sim!
---Sou, porque Deus assim me fez, sou uma obra perfeita do criador.
Prefiro ser um cachorro abandonado, do que ser um ser humano insensível, pois quem maltrata um animal, jamais conseguirá ter amor pelo por outros humanos...
Me apresento para ti, representando os milhares que tem por aí..
Muitos estão acorrentados, mal tratados, bebendo águas sujas que por muitas vezes, do lado de fora e perambulando pelas ruas.....
Obrigado por ter me ouvido doutora.
Ah!
Tem algo que eu possa fazer por ti ?
Não!
Então, até outro dia,
Minha Senhora✋
Autor : Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Nostalgia
Nostalgia!
Na fazenda, nosso televisor de cubo.
Quem a possuiu, sabe como era o giro da antena do lado de fora....
Quem nunca viu, jamais saberá dos tempos nostálgicos..
Em noites de frio,
O vento balançava o objeto de alumínio...
E o desejo de assistir um programa de TV subestimava toda coragem...
Restam saudades...
Os vazios foram preenchidos com novas tecnologias.
Hoje, tudo é diferente.
Só vejo notícias desastrosas.
As redes sociais estão aí.
Entre muitas, só se fala em ódio, desigualdade, carência, descrenças, desavenças e depressões e muitas outras notícias ruins...
O verbo passar, nunca saiu do trilho.
Tudo passou, voou e não voltou.
É um filme que passa na alma.
Naquele tempo, eu pensava que era a criança mais infeliz da terra..
O que transitou, perdeu seus faróis.
Na atual fase, estou perecendo em uma descontínuação ultrapassando décadas.
Pensando como adulto,
Eu fui,
A criança mais feliz do passado....
Autor: Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Expressa composição
Escrever uma cantiga bem cantarolada, como uma moda de viola, não se expressa tão facil com as cordas de algum instrumento e nem com o giro de um disco de vinil....
Esse sentido tem nome e jamais terá sobre nome.
Música!
Me peçam uma composição na área baseada com as badaladas do tinído do meu violão....
Peçam-me!
Peçam-me o que quiser que dou minha obra de arte já com atoada que centila o verso do refrão....
Melodias, melodias que tomam horas dos meus dias.
Modilho engarrafado, tangido no tango e com um aguardente bem preparado...
Não sou tão musical, acho que a música é que me é!
Não sei dizer como vai ser a interpretação.
Solfejado, sou torturado no som da acordeon....
Uma variação, com retângulo, no ângulo fora do triângulo, com um tic-tac improvisado e harpado com as cordas do coração....
Medidas variáveis, frequência máxima na modulação.
E por favor,
Sem nem uma acentuação....
É isso aí, meu adoidado violão!
Como podes fazer isso?
Esse teu poeta chora tanto que vai voando nos malabarismos mudando as notas musicais.
Ele escreve o que nem sabe,
Só voa nos embalos da sua imaginação....
Autor : Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Turista
Sou apenas um turista aqui.
Hoje, eu escrevi
Amanhã, talvez alguém me escreva...
Se isso acontecer, estarei lá,
Lá do outro lado da vida...
Cujo, nem eu e ninguém sabemos onde é, e nem como será...
Ou já é, e ainda estou assim, achando que estou vivo, mas na realidade, estou morto por dentro, ou sou uma miragem ilusória por fora...
Será?
Será já chegou minha hora?
Poxa!
Se é,
Nem sei se fiz aqui alguma história.
Não sei, fugiu agora, tudo se apagou da minha memória...
Mas se cheguei até aqui, considero uma vitória.
Se algo eu cometi dentro de um corpo que está somente de passagem, considero que cumpri minha trajetória que foi obrigatória.
Com erros e acertos não foi por mim,
E sim por ele,
Por Jesus, e para sua Glória...
Autor : Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Chega de brincadeiras
Brinquei,
Brinquei demais com as letrinhas, só jogava para o alto e não estava nem aí.
Chega!
Não vou mais bancar esse menino que vive em mim.
É,
Chega, parou por aqui.
Cansei de escrever como um passarinho bobinho em busca de um ninho....
Murmurei demais, escrevi muitas poesias sem sentido algum, tempo perdido, estou decepcionado comigo...
Estranho, depois de tanto tempo, acordei.
Eu achando que escrevia, mas na realidade agia só rascunhando folhas..
Tantas horas perdidas, sem perspectivas..
Me refaço agora.
Poesia virgem,
Apresenta-te para mim.
Quero te conhecer, para que eu possa verdadeiramente te escrever...
Delinquente, não fui gente...
Rabiscava como um doente...
Apartir de agora, serás de fato a poesia das poesias..
Borrões, tintas gastas, grafites desapontadas...
Aprendi a não ser mais escravo da minha imaginação..
Vou fazer dela a euforia..
Ousado, decidido e atrevido...
Estou disposto, usar firmeza, não ficar chorando debruçado na mesa...
Vou usar toda bravura,
Ser audacioso,
Confiante, seguir avante.
Afoito, transformar o oito em dezoito, o ouro em diamante, tesouro....
Quero agora o inabalável, o inalcançável, laçar o invisível e esquecer o horrível...
Com o Sol, girassóis rasgando os lençóis..
Ser de fato, um homem poético, ser mais que um Poeta
Tenaz,
Determinado....
Escritas finas, sem fluxos, sobre a luz do super luxo...
Com erros ou não...
Me virar dos avessos e tirar de mim, todo esse peso...
Chega!
Autor: Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Oh! Saudades
Verso cachorro,
Teu latido dói no estampido.
Imaginação cachola, dedos que coçam nas cordas dessa Viola.
Oh! Saudade,
Saudades do arado rasgando terras.
Oh! Barbaridade,
Saudades, machuca, tortura a alma de verdade.
Oh! Garoa fina, rega o solo que lá vem a semente menina.
Não demora muito, o broto começa mostrar sua sina.
Oh! Carro de boi, tempo bom que se foi.
Germina, exala o teu choro na partida.
Lavoura, trigo arroz e natureza boa, poesia ainda não lida...
Engole o choro Poeta,
Cala tua boca.
Tu,
És um analista do passado, pisa firme no enredo sapateando que engata nesse improviso coitado...
Vai,
Bate suas mãos do corpo desse instrumento, indolente...
Rios afluente...
Cama, berçário, arranca o poema que ficou no teu armário.
Bate no peito, dedilha tua inspiração com muito jeito.
Oh! Afinação bruta...
Tuas rugas tem histórias.
Dias que não saí de sua memória,
Os dias que viveu, colhendo frutos, alface, cebolinha e chicória..
Canta lá no roçado, o canário e a coleirinha...
No pomar, o princípe sabiá,
Na tuia, a coruja coroa.
Na gruta, a saracura..
E aqui, canta o poeta compositor sem suas luvas...
Oh! Nostálgica melancolia.
Danada, tomas de mim esses versos sem fim...
Leva-os...
Ou mate de vez, essas lembranças que não tem fim...
Antes, era tudo manual, tudo mudou.
Que pena!
Agora,
É a vez do trator...
Autor : Ricardo Melo
O Poeta que Voa