Coleção pessoal de jose_custodio_1
O rumor do vento me faz acordar,
E eu até dormia profundamente,
Mas tão depressa, tão depressa de repente,
Pus os pés fora da cama estava a sonhar,
O chão estava frio e de repente me arrepio,
Mas pareceu-me que eu ainda sonhava,
Voltei à cama ainda quente e me tapava,
E na janela o vento, batia, batia num assobio.
Alimenta quem te alimenta,
Não compres fora compra cá dentro,
É produto do nosso talento,
Com os nossos produtos faz a ementa.
Aqui estamos todos à mesa,
Numa casa cheia de graça,
Toda a gente é amiga e se abraça.
Isto é uma família portuguesa-.
Um Estado falido e as enorme dívidas públicas e os encargos ordinários do Estado, não poderão ser pagos pelos contribuintes exaustos. O Estado, ele próprio vê-se obrigado a tomar conta das fortunas dos enriquecidos para pagar os grandes e indeclináveis encargos públicos.
O Estado para viver, não só terá de proceder a esta expropriação, porque os empobrecidos, não poderão pagar, mas há-de carecer também de continuar a regular o consumo a estabelecer a circulação e a socializar a produção da riqueza, por via da municipalização dos serviços económicos. Tratado de paz de 1918.
Tantos anos já passaram, já estamos no século 21, mas não estamos livres de mais bancas rotas, que estamos acostumados que é a classe média que paga tudo, porque quanto mais lhe tiram, mas trabalha.
A má governação tem sempre responsáveis por qualquer crise económica, os governantes demitem-se e o povo continua a ser o burro de carga que paga pelos maus administradores de qualquer governo.
A corrupção é uma doença maligna, para o povo que enriquece os governantes e nunca se encontram os culpados. E a justiça leva anos e anos a resolver estas corrupções sabendo que são os culpados e ao advogados fazem arrastar a situação ao longo do tempo, dilatando os prazos, andando de tribunal em tribunal de decisões deste e daquele e assim o tempo vai passando sujeitando os processos a longos prazos com possíveis prescrições e os culpados ficam livres e risonhos com o dinheiro nos paraísos fiscais e o povo é que sofre por esta malandragem.
Onde está a moral do Estado? Em 2018 o Estado não tinha problemas em cativar as grandes riquezas sem razão de ser, porque o povo exausto de pagar por todos eles é que carrega sempre com o fardo ao longo tempo.
E assim, vamos caminhando ao longo do tempo para o futuro que passa por todos nós, a dívida vai crescendo, quando não é por pandemia, é pela crise dos bancos e das pandemias como esta que estamos agora a sofrer.
A justiça que exerça a sua justiça e nunca seja branda para com estas situações de corrupção com cada vez mais burocracia e por causa desta estarmos sempre na cauda da Europa.
Haja respeito e moralidade por este povo que formou esta nação!
Cantas tão bem meu passarinho,
Em cima deste meu telhado,
Cantas para mim em trinado,
Sendo eu maior e tu tão pequenino,
Mas, tens asas para ires voando,
Apenas tenho pernas para andar,
Mas contigo eu posso voar,
Apenas e só imaginando.
Para mim não cantas certamente,
Cantas porque te faz bem cantar,
Gosto de te ouvir e de ti gostar,
É assim que o meu coração sente,
Penso que estás no teu ninho,
Que a tua mãe fez para ti,
Fica no teu ninho e depois voa par mim,
Quando deixares de ser pequenino.
Tu, passarinho, fica aí no meu telhado,
Canta que eu te vou ouvindo,
Gosto tanto de ti meu passarinho,
Com o teu lindo trinado.
Que encanta a alma que eu tenho,
Por favor não pares de cantar,
Sei que um dia destes vais voar,
Depois de deixares seres pequenino.
Tu, meu passarinho, estou tão perto de ti,
Estou em silêncio ouvindo o teu cantar,
Eu não sei cantar, mas sei falar,
E eu gosto tanto de te ouvir.
Todos os dias a cantar no meu telhado,
Meu passarinho que não te vejo,
No meu pensamento eu te quero,
Tenho saudades depois de teres voado.
Meu passarinho que não és meu,
Sentes-te bem no teu ninho,
Porque ainda és muito pequenino,
Não és meu, pertences ao céu,
Podes estar sempre no meu telhado,
E quando voares contra o vento,
Estás no amor do meu sentimento,
Mesmo que para sempre tenhas voado.
Escrevo e guardo para mim o que há muito tempo vou escrevendo do meu entendimento que certamente vai morrer comigo, mas enquanto eu for vivendo, é um gosto que eu sinto deste meu ato de escrever do que me vai na alma que mais ninguém sabe a não ser eu, como autor das minha simples palavras que vão formando um todo conforme os momentos da minha vontade de escrever, assim da minha imaginação que chega sempre onde eu nunca poderei chegar.
O ser humano pode ser interação entre mãe e pai, reações quando não se dão afetos, a criança fica aflita, gesticula chora, fica rebelde e quando a mão reage e torna a dar afetos, a criança volta a ter alegria, nunca demonstração de amor. A criança pode não saber ainda falar, mas sabe muito bem o que são afetos ou mostrar má cara e consoante o que vê reage, porque sabe distinguir muito bem um sorriso de uma cara zangada. Assim se aprende a ler os comportamentos da criança.
O caudal de um rio
É feito dos seus afluentes,
É a língua portuguesa que falas e sentes,
É a nossa grandeza cheia de brio,
A poesia falada em português,
É a língua com mais gratidão,
È do mundo e do nosso coração,
Ela é da maiores sem porquês.
Em português dizer obrigado,
Por algo que alguém fez por nós,
É portuguesa, é a nossa voz,
Ela é do mundo, do presente e do passado,
Que vem de tão longe meu irmão,
A língua portuguesa é de continentes,
Que une no mundo tantas gentes,
Que é falada e vem de dentro do nosso coração.
A nossa língua é nossa é do mundo,
Quem de tão longe e não se perdeu,
A nossa língua é eterna e chega ao céu,
E até passa pelos oceanos tão profundos,
Levada pelos nossos antepassados,
A quase todos os cantos desta Terra,
É a nossa língua que é da primavera,
Por terra e por mares navegados.
A nossa língua é portuguesa, a nossa pátria,
É a nossa mãe que nos une a todos nós,
É forte e linda e cantada a um só voz,
E com ela se canta o fado pela guitarra,
É o seu hino, os heróis do mar,
Que a cantamos com a mão no coração,
Representa esta terra esta pequena nação.
E com orgulho dizemos, navegar, navegar.
Somos folhas da mesma árvore,
Somos flores do mesmo jardim,
Mas iguais todos não somos,
Apenas pelo nosso pensamento,
Todos nos devemos respeitar,
Pelas diferenças que temos,
Nunca devemos exigir que somos iguais,
Cada um de nós deve pensar por si,
Concordando ou não concordando,
Cada um de nós deve pensar apenas,
Pela sua própria cabeça,
Sem deixar que alguém pense por nós.
Só assim teremos a nossa liberdade,
Pois o pensamento ninguém viola,
Ele pertence a cada um de nós,
Mas o pensamento falado ensina,
Mas também ele ofende,
É a guerra pelas diferenças que temos,
Pelas palavras que todos dizemos,
Muitas vezes fazem a guerra e matam,
Pela falta de compreensão,
O pensamento pode ser de loucura,
E a loucura é uma doença mental,
Que deve ser tratada por quem sabe,
E não por quem julga saber,
Na mente está o amor e o perdão,
E também está o ódio e a inveja,
Está também a ganância de querer demais,
No fim acabamos por perder e morrer,
E ninguém para o outro lado nada leva.
Não sei para onde vou,
Só sei que não vou por aí,
Sei que tenho amor por ti,
Olha para mim, aqui estou.
Estou aqui amor, amor eu te digo,
O amor chama por nós, sorri,
E quando sorris olha para mim,
O meu sorriso vai sempre contigo.
O amor cruza os nossos corações
Mostra nos teus olhos tanta beleza,
Gosto tanto da tua chama que não se vê,
Em todas as nossas emoções,
O amor é assim e nos deseja,
Está dentro de nós, não sei porquê.
Sonhei
Vi uma capelinha de amor escondida,
Entre as flores do campo muito pequenina,
Ajoelhada a rezar estava lá uma menina,
Com uma saia rodada toda florida.
A menina estava rezando ajoelhada,
E eu cá de fora estava apreciando,
E na rua eu apenas estava olhando,
Ouvindo uma melodia que escutava.
A sua voz soava fora da capelinha,
Não havia mais ninguém a não ser eu,
Escutava atendo o que ela rezava a Deus,
Mas não sabia que a Deus lhe estava pedindo.
Enquanto ouvia cai então a noite escura,
A noite tinha um cheiro intenso a lavanda,
E outras ervas do chão que a natureza manda,
Estava sentado perto numa pedra dura.
A menina acabou de rezar, a sua voz se calou,
Saiu da capelinha já de noite sozinha,
Ela olhou para mim e ficou assustada, a menina,
E junto a mim em passos lentos chegou.
Perguntei-lhe se não tinha medo da escuridão,
A noite sem sombra não tinha luar,
A menina olhou para mim e começou a falar,
Não, não tenho medo confio no teu coração.
O seu rosto iluminava a noite como o luar,
Os seus olhos pareciam faróis do caminho,
Então falei com ela em tom baixinho,
E de repente aquela menina começou a voar.
De repente acordei, estava sonhando,
Não havia capelinha, não havia nada, sonhei,
E assim, repentinamente me levantei,
Já o sol brilhava e se estava levantando.
Sei que nada pode existir para sempre a não ser a eternidade, mas ela não existia se o universo também não existisse. E sem o universo o que seria que ia estar em seu lugar? O que havia antes dele nascer? O vento não soprava, a chuva não caia, a escuridão era total e a vida não existia.
Mas como ele existe, o futuro também existe e todos nós o vamos usando sem pensar que o usamos à medida que respiramos e vamos vivendo quase na ignorância, do que ele nos pode trazer, no entanto, não podemos perder a esperança para ir aproveitando o tempo que vai passando e viver com ambição, paz e amor.
Todos temos um passado que já vivemos e jamais voltará, mas vai servindo de lição para o futuro e é ele que nos mostra quem somos, todos diferentes, todos iguais.
Nunca se deve pedir nada a Deus quando o diabo estiver a ouvir, pois o mal e o bem sempre se encontram e temos que saber separá-los e saber conhecê-los, agindo sempre depois de pensarmos, para não sentirmos o arrependimento.
A primavera vem dançando,
Vem dançando à tua porta,
Sabes dizer o que transporta?
Grinaldas de borboletas voando.
Numa noite de primavera cheia de luar,
A luz que a lua mostra não é dela,
Mas o teu rosto brilha com ela,
O brilho não é dela, é do teu olhar.
Vem o dia brilhante, estás a meu lado,
O nosso amor brilha também,
A primavera dá tudo o que ela tem,
É tão bom, termos assim acordado.
Abençoada primavera perfumada,
Pelas flores que se vão abrindo ao calor,
As borboletas formam coroas de amor,
À volta das flores, a primavera é minha amada.
Nesta primavera aos teus pés me ajoelho,
As borboletas voam, cada uma de sua cor,
Com elas à tua porta sinto o teu amor,
As borboletas pousam no teu cabelo.
Sorriste choraste ao mesmo tempo,
Derramaste lágrimas de felicidade,
Deste-me a tua mão com vaidade,
As borboletas chegam com o vento.
Nesta primavera juntamos o nosso amor,
Desta primavera jamais vamos esquecer,
Com toda a minha vontade e bem-querer,
É para ti esta linda rosa minha flor.
Assim as nossas almas se fundiram,
À nossa volta vem as borboletas a esvoaçar,
Pousando no teu cabelo comprido a saltar,
Desta primavera elas não se esqueceram.
Para morrer é preciso estar vivo,
É uma verdade de La Palice,
E eu digo que morrer é uma chatice,
É uma verdade digo eu para comigo.