Coleção pessoal de JorgeGuerraPires
Se a religião ainda é ensinada, não é porque suas ideias ainda nos convencem, mas simplesmente porque alguns de nós querem manter as classes inferiores quietas. Pessoas quietas são muito mais fáceis de governar do que aquelas ruidosas e insatisfeitas. Elas também são muito mais fáceis de explorar.
A medicina está passando por uma revolução científica silenciosa que, no futuro, poderá redefinir a maneira como entendemos a vida e a humanidade. Isso significa que o que significa ser humano não será diferente de ser um hard drive. Se sermos comparados com macacos tira os religiosos do sério, não posso imaginar a reação quando descobrirem que somos hard drivers.
É comum ver argumentações religiosas que tentam usurpar o progresso da humanidade e dar para religiões, especialmente o cristianismo: as evidências mostram que a religião pode ter atrasado a humanidade em séculos, e gerado sofrimento e dor desnecessários.
O utilitarismo, amplamente defendido por muitos ateístas modernos e filósofos seculares, é uma abordagem ética que prioriza a minimização dos danos e a maximização do bem-estar, contrastando com sistemas baseados em valores fixos, como os religiosos tradicionais.
A ideia de minimizar e maximizar surgiu na segunda guerra mundial. Essa ideia envolve algo moderno, e secular.
Estudos sugerem que crianças criadas em lares ateístas tendem a demonstrar maior empatia e altruísmo em relação aos outros, desafiando a ideia de que a moralidade depende exclusivamente da religião. Isso indica que valores como bondade e compaixão podem ser cultivados com base na ética racional, no exemplo familiar e no respeito mútuo, independentemente de crenças sobrenaturais.
O ateísmo vai surgir como estado natural das coisas, como melhor educação e melhorias de vida da população. O ateísmo, diferente da religião, surge como estado natural da humanidade. O ateísmo não é um produto, e nem precisa ser imposto.
Os estados americanos que ainda permitem a palmatória são religiosos. Sam Harris, em sua crítica à religião e aos métodos tradicionais de educação e moralidade, frequentemente aborda como o condicionamento por medo ou punição é arcaico e contraproducente. Um exemplo que ele destaca é a prática de punições corporais em algumas partes dos Estados Unidos, especialmente nos estados mais religiosos.
O "Deus de Spinoza" é uma metáfora para a maravilha do universo, um reconhecimento das leis naturais como algo digno de reverência, mas sem consciência ou intenção. Contrastando isso com o Deus pessoal dos teístas – que responde a preces, dita moralidades e tem um plano para a humanidade – o salto, como Hitchens aponta, é enorme.
Muitos crentes insistem que precisamos sermos temente a Deus para sermos humildes, Einstein dizia: ego= 1/conhecimento. A humildade pode nascer do conhecimento, que foi o caso de Einstien e o Deus de Spinoza.
Um fato curioso é que Albert Einstein rejeitou o ateísmo, isso causa desconforto entre ateístas online; e prazer aos religiosos que confundem o Deus de Spinoza com o Deus dos crentes: uma visão deísta com uma visão teísta.
"Destacar um grupo específico e dizer que não podemos fazer piadas sobre eles é quase uma forma de preconceito, e é meio condescendente."
Existem evidências de que Einstein tinha um lado machista, ver o livro Senhora Einstein de Marie Benedict. Claro, pode argumentar: isso era o seu tempo, mas não elimina ou apaga o fato. Se admiramos Einstein por ser um gênio no seu tempo, não podemos usar duas regras e dois pesos. O fato de Einstein rejeitar o ateísmo diz muito da posição dele como homem: Marie Benedict sugere que Einstein omitiu o nome da esposa por medo de que seu trabalho seria desqualificado, visto de forma inferior por ter uma mulher como um dos autores.
Não posso provar para você que não existe um Deus pessoal, mas, se eu fosse falar dele, seria um mentiroso.
Ainda temos religião impregnada nas nossas vidas, seja homem, seja mulher. A inhaca da religião impregna sua, envenena tudo.
Eu estudei cada página deste livro e não encontrei amor suficiente para encher um saleiro. Deus não é amor na Bíblia; Deus é vingança, do Alfa ao Ômega.
"A religião é baseada, principalmente, sobre o medo. É, em parte, o terror do desconhecido e, em parte, o desejo de sentir que você tem uma espécie de irmão mais velho que irá te apoiar em todos seu problemas e disputas. Medo do misterioso, medo da derrota, medo da morte. O medo é o pai da crueldade, e, portanto, não é uma surpresa que a crueldade e a religião tenham andado de mãos dadas. Isso porque o medo é a base dessas duas coisas. Neste mundo, agora, nós podemos começar a compreender um pouco as coisas, e a domina-las um pouco com a ajuda da ciência, que tem forçado seu caminho, passo a passo, contra a oposição de todos os velhos preceitos. A ciência pode nos ajudar a superar estes medos pelos quais a humanidade tem vivido por tantas gerações. A ciência pode nos ensinar, e eu acho que nossos próprios corações podem nos ensinar, a não mais a olhar ao redor em busca de apoio imaginário, não mais inventar aliados no céu, mas, ao invés, olhar para nossos próprios esforços aqui embaixo para fazer desse mundo um lugar adequado para se viver, ao invés do lugar que as igrejas em todos esses séculos fizeram."
Suponha que eu afirme que existe uma partícula X, e essa partícula é necessária para existência do universo. Acredito que todos concordariam que essa afirmação é científica, e precisa ser testada, e provado a existência dessas partículas. Isso poderia ser a teoria das cordas. Por que com Deus é diferente? Um ser que criou o universo e continua influenciando a realidade, de tempos em tempos ele cancela as leis da natureza e ajuda pessoas que rezam para ele. A existência de Deus é uma afirmação científica do universo, não é uma afirmação meramente pessoal e de fé, a existência de Deus é uma afirmação do funcionamento do universo, desde o início ao fim.
Ao estudar a Bíblia e suas narrativas para meu livro mais recente, surpreende-me a quantidade de estórias que recebem uma interpretação totalmente oposto à aquela que uma pessoa sem fé chegaria. A estória são péssimas, e a moral não tem qualquer conexão com o texto. Seria como chegar à conclusão de que o Lobo mal é o herói da estória, não o vilão. Um grande exemplo é a estória de Jó. A ideia de que Deus é uma figura a admirar quando tortura seu seguidor mais fiel é sem sentido. Não faz qualquer sentido em admirar um Deus que tortura uma pessoa que representa o ápice de lealdade, tudo para preencher a insegurança de uma figura onisciente. Pensar que uma figura te tortura, e você ainda o admira, isso foge ao meu ver qualquer sentido lógico, que somente existe dentro da religião, e não existem em nenhuma parte.
"Multiplicarei grandemente o teu sofrimento na gravidez; em meio à agonia darás à luz filhos; seguirás desejando influenciar o teu marido, mas ele te dominará." (Gênesis 3:16)