Coleção pessoal de Castro
Eu mereço sossego
Dentro do peito
Dentro da mente
Sem palavras vãs
Sem promessas falsas
Sem amores rasos
Sossego de alma, sabe?
Quando você entende que as coisas não dependem só de você pra acontecerem, você deixa de carregar a culpa inteira só pra si.
Não é por que eu desisti que me torno fraca. É questão de força reconhecer e aceitar que aquilo não estava me fazendo bem.
Não é drama, é só que a vida não costuma me apresentar a felicidade por muito tempo. E isso me faz esperar sempre a (des)felicidade das coisas. Não é drama, são meus pesares falando mais alto
É que quando algo me machuca, sou como aquela flor que se contrai ao toque. É um ato involuntário de sobrevivência.
E quando a palavra que você engoliu não veio de você? Pôr pra fora deixou de ser uma opção de alívio, né? Penetrou igual cola tudo no peito e quem é forte o bastante pra tirar?
Pesares que me carregam.
“Sabe o que é engraçado? Tua mania moça de criptografar o peito, transformando suas súplicas de paz, em um amaranhado de frases entrelaçadas discorrendo tudo o que te fez mal. No intuito de eternizar as migalhas de sentimento que te restaram. Na tua prateleira só há passado juntando poeira. Permita-se ser livre, moça. Leva o teu peito pra bem longe dessa literatura doentia. E o teu coração vai descansar em paz. Seja feliz.”
Disseram que meu amor era passageiro
Lhes mostrei meu passaporte
E não entenderam
Ao ver que o meu único destino era o seu endereço.
O meu peito bate tão forte
Que me afugenta o ar.
O meu peito bate tão forte
E eu não sei como parar.
… Bate tão forte
Por que ele sabe que tu vai nos deixar.