Coleção pessoal de Jonny_Jon-Nynho

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Nada poderá dar consolo ao coração de um grande ser humano senão a aceitação da sua própria verdade. Não se preenche vazios com ilusões. A racionalidade tem de estar sempre à frente dos sentimentos cordiais.

A vida desgraçada de muitos desgraçados torna-se menos desgraçada quando esses desgraçados desgraçam a vida de muitos outros desgraçados. O desgraçamento é um remédio, infelizmente. É algo dos homens assim como é um fruto natural dos outros animais à nossa volta. Não é um desgraçar para não ser desgraçado, como a lei dos demais seres da natureza, é um desgraçar por ser desgraçado. O nosso desgraçar é um desgraçamento mais desgraçado, mais covarde, é, simplesmente, a desgraçação natural humana.

Impassibilidade,
O remédio dos que suportam a verdade.
Impassibilidade,
A inimiga da incorruptibilidade.
Impassibilidade,
A nossa maior amiga frente à sociedade.

Pensar no passado e no futuro
É ter uma vida sofrida.
A dor do presente
É uma dor menos doída.

Sejas anormal,
Pois esta és a
Condição ideal.
Só não sejas tão anormal
Ao ponto de seres normal.

A razão quando do nosso lado está,
A ignorância não há de nos derrubar.

Faça da sua escolha o seu mundo, da sua vontade o seu prazer.

Assim como a religião adoece as suas ovelhas em massa, a moda também. Ambas pregam a ilusão: a religião a vaidade ante o ilusório, os deuses; a moda a vaidade ante os iludidos, os homens.

Viver é lutar contra a vida, para no final ganhar a morte como troféu.

Seja feliz, mas não tanto quanto aqueles que aparentam ter felicidade. Porque quanto mais feliz a pessoa demonstra ser, mais infeliz a pessoa é.

O seu espelho é o irmão gêmeo do sistema ao seu redor. Se vê a feiura, é porque lhe ditam a beleza; se vê a beleza, é porque lhe ditam o erro.

A maioria das pessoas são como muitas das estrelas que vemos durante a noite: brilham resplandecentemente sempre, contudo, sem que o povo à sua volta o saiba, elas já estão mortas há muito tempo.

A grande maioria das pessoas, apenas de viver liberta da prisão, está presa à aceitação; à aceitação de aceitar aquilo que é inaceitável.

As águas abundantes do catolicismo pararam e transformaram a fé apostólica romana em dengue. Em outro jardim, a fé cega evangélica ganhou visão, transformou-se em gotas oceânicas e conquistou milhares de cardumes de irreligiosos doentes aos redor de sua esfera capitalista.

Apague a ignorância que lhe aflige com sábias palavras reflexivas em silêncio, pois, embora o ato silente seja uma lousa vazia, é um erudito professor de matemática com multiplicações contra-ofensivas à estupidez humana.

FELICIDADE GENUÍNA

Somos produtos de erros. Resultamo-nos de inúmeros fatores elaboradamente desconexos. A vida na Terra é uma grande tragédia. Nossa existência não tem sentido, temos de dar significado a ela; mas esse significado é subjetivo, cabe a cada um escolher o seu. Não devemos importar significações externas ao nosso ser. Plantar sentidos genuínos ao nosso diário existencial é fundamental para não sermos abraçados pelas mentiras que nos rodeiam.

Felicidade não se procura e não se almeja, se inventa. É na boa vontade que podemos criá-la.

A melhor proposta para inventarmos a felicidade é a autolimpeza, a admissão a nossa natureza, sem usarmos máscaras; ela consiste em botarmos um ponto final em nossos falsos medos. A proposta é a escolha, e não o caminho preestabelecido.

A raça humana é em suma a mais vazia. Pelo fato de não termos um ideal de vida biológico, de sobrevivência, como o dos demais seres. Nossa existência consiste, além da sobrevivência - obviamente -, na busca da felicidade. Não conseguimos ser felizes com tudo, precisamos sempre de mais e de mais coisas a nos preencher, para não cairmos no vazio oposto ao vazio de nossas vidas quando sadias.

Somos todos desgraçados, porque, por mais felizes que possamos estar, somos filhos e irmãos de grandes desgraças. Se não nos ajudarmos sempre criaremos frutos ainda mais podres ao nosso redor.

Fingir acreditar em pessoas e coisas é pior do que não crer em nada. Botemos um freio em nosso lado sentimental e guiemos o nosso lado racional. Temos de descobrir nas mais simples artes as verdades que sustentem-nos ante as árduas mentiras que nos cercam.

Ter felicidade no infortúnio é, de fato, fazer do limão uma limonada, com o açúcar e a água buscados nas raízes de nossa sabedoria.

Nosso interior não nos mente, ele é o subterfúgio de nossos fracassos. É preferível que o desespero nos dê grandes verdades, que nos purifiquem, a grandes mentiras, que nos desonrem.

VIDA DE PAPEL

Escrevemos nossas vidas: alguns com lápis e outros com canetas; muitos a escrevem caligraficamente bem, vários de forma ilegível. Usamos vírgulas e pontos e vírgulas em nossas vidas de papel, algumas vezes até damos um ponto final em nossas histórias para recomeçarmos um novo parágrafo da nossa vivência.

Êh, vida de papel! As belas poesias que nelas escrevemos podem ser amassadas e jogadas no lixo de repente. Sabemos que um dia, efetivamente, seremos arremessados nas lixeiras do acaso. É de se temer que a nossa existência seja frágil, que podemos perdê-la num piscar de olhos, isto é fato! Temam seus passos!

O EVANGELHO SEGUNDO A DESGRAÇA NACIONAL

É de se esperar que num país atrasado como o Brasil, sem saúde, sem educação, sem cultura, excessivamente violento, sem nada a oferecer aos seus frutos do fracasso, etc., que a cada maldito dia o Evangelho de Cristo fomente a esperança de seu povo sofrido.

Estamos a mercê de sofrer a perda da nossa luta até mesmo aos parasitas do sistema eclesiástico, os chamados pastores evangélicos, principalmente. É de se temer o pior, pois a cada dia nosso sistema corrompe-se ferozmente. Esses vermes se aproveitam das leves quedas dos povos do nosso corrupto país capitalista para arregaçar suas mangas e cometer o pecado da avareza e arrancar o dízimo dos filhos desta pseudodemocracia chamada Brasil.

O humano é inerentemente fraco, precisa de consolo, mas consolo não é sinônimo de Deus, qualquer coisa pode substituí-lo, como: a arte, a filosofia, a ciência, até mesmo as boas amizades - coisa rara - ou a força interior, que cabe aos grandes homens e mulheres.

O ceticismo é elitista, a crença é populista, e é por isso que os fracassados acéfalos preferem entregarem-se ao divino a buscarem-se a si mesmos.

Nos momento de revolta muitos fiéis situam-se contrários ao que é divino, contudo isso não significa profanação, é somente uma birra. A incredulidade é outra coisa, é a descoberta da força interior.

Crianças brincam de carrinhos e de bonecas, crescem e não querem mais brincar de carrinhos e de bonecas; crianças amam as fantasias, crescem e continuam amando as fantasias; por quê? Porque a religião é um remendo: a fé serve de placebo para tudo. Somos eternas crianças no jardim da idade adulta, que buscam acalento aos seus vazios interiores retornando a beleza da nossa base infantil.

Não existem muitas escolhas quando chuvas corrosivas caem sobre desertos de sedentos. A maioria dos povos afortunados ao redor do mundo só tem uma saída: a ajuda divina. É, o mundo ainda é uma gigante creche de famintos e de desgraçados!

Aqueles que honram mais as imagens do que as pessoas de sentimentos não merecem ser respeitados. Eles são piores que animais silvestres, porque os bichos não temem as fantasias, não vivem em uma natureza idiocrática.

MACHISMO CONSENTIDO

Machucadas pelas sutilezas de séculos, as mulheres brasileiras são objetos sem embrulho. Os homens que não "pegam" ninguém são um bando de frouxos. E os gays não passam de "veados".

Nesta nação, demasiadamente ortodoxa, as mulheres não são dominadas com a submissão insolente, mas com o estímulo a promoverem-se à vaidade. O "estilo panicat" domina a Pátria.

Saradas que vivem postando fotos de suas curvas artificiais no Instagram, e noutras redes sociais, são contrariadas pelas pessoas de bom senso, não passam de frutos podres da má implementação da civilidade; são enfermas.

As meninas são estimuladas desde cedo a serem submissas com suas bonecas bonitas e magras. Enquanto que os meninos se enriquecem com seus carrinhos eletrônicos e super-heróis.

Os homens que não se encaixam à corja "pegadora" são jogados em cantos. Os homossexuais são espancados em esquinas. O Brasil patriarcal grita "veado"! Os homens de bom sangue gritam "socorro, não quero me envolver"!

Vendo a barbárie islâmica, servos desinformados de outras religiões cogitam: "Ainda bem que não sou muçulmano(a)". Mas qual é a diferença da mulher cristã para a mulher muçulmana? A mulher cristã é um objeto desembrulhado. E do homem cristão para o homem muçulmano? O homem cristão é um cavalo não castrado.

Os bons são uma minoria em todo o globo, mas sabem pensar de uma forma sensata, pouco se importam com os olhares da ignorância, buscam o seu ser natural.

Sabendo usar da razão, as mulheres e os homens que não aceitam a covardia, inerentemente, vivem a ser o que são. O ódio sadio domina o coração dos que dizem não.