Coleção pessoal de JoNunes1976
Certeza
Se é real a luz branca
desta lâmpada, real
a mão que escreve, são reais
os olhos que olham o escrito?
Duma palavra à outra
o que digo desvanece-se.
Sei que estou vivo
entre dois parênteses.
Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...
Ou toca, ou não toca.
Precisamos de quatro abraços por dia para sobreviver. Precisamos de oito abraços por dia para nos manter. Precisamos de doze abraços por dia para crescer.
Abraços são dados de muitas formas
e com diferentes significados.
Têm abraços que dizem:
"Fico muito contente com a sua amizade..."
Existem abraços que expressam o orgulho
que se sente por alguém especial!...
Também há abraços que dizem:
"Não existe ninguém no mundo igual a você..."
Há abraços doces e ternos
que são dados em momentos de tristeza...
Com um abraço também podemos dizer:
"Sinto muito",
quando alguém está passando por um momento difícil...
Há abraços que damos, para dizer:
"Que bom que você veio",
e outros que dizem:
"Sentirei sua falta quando você estiver longe de mim..."
E não faltam esses abraços perfeitos para fazer as pazes...
E os abraços cheios de carinho,
que nascem do coração...
Como você vê,
existem abraços para diferentes ocasiões;
abraços rápidos e abraços demorados,
um para cada razão...
Porém, de todos os abraços,
o mais carinhoso é aquele que diz:
"Você está sempre no meu pensamento
porque eu te quero muito!"
Nunca o homem inventará nada mais simples nem mais belo do que uma manifestação da natureza. Dada a causa, a natureza produz o efeito no modo mais breve em que pode ser produzido.
Soneto a quatro mãos
Tudo de amor que existe em mim foi dado
Tudo que fala em mim de amor foi dito
Do nada em mim o amor fez o infinito
Que por muito tornou-me escravizado.
Tão pródigo de amor fiquei coitado
Tão fácil para amar fiquei proscrito
Cada voto que fiz ergueu-se em grito
Contra o meu próprio dar demasiado.
Tenho dado de amor mais que coubesse
Nesse meu pobre coração humano
Desse eterno amor meu antes não desse.
Pois se por tanto dar me fiz engano
Melhor fora que desse e recebesse
Para viver da vida o amor sem dano.
Despi-me perante os olhos atrevidos da vida, e sem nenhum pudor ou vergonha pus-me a seduzir o tempo.