Coleção pessoal de jokalink

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A vida é como um sonho;
Que esvoaça entre os dedos;
É um flash que passou;
Ainda ontem era o dono;
Da juventude sem medos;
E hoje tudo mudou...

Posso morrer de cansaço, mas recuso-me a morrer de tédio!

Sonho meu!

Nunca tal flor existira no meu jardim;
Da menina dos meus olhos é senhora;
Nunca soube dos seus sonhos onde mora;
Sonhei desperto tê-la um dia só pra mim;

Está tão perto a anos luz estou seguro;
Do seu calor sinto o inverno frio e só;
Num desconforto que arrepia e que dá dó;
Sol gelado extraviado seco e duro.

Aventureiro o sonho a sonhar nos mente;
Que o sonho controla a vida sem contenção;
Desta vida obstruída pla desilusão;
Sonho pérfido infausto que extingue a gente.

Mentira!

Toda a gente já mentiu mais que uma vez na vida. A gente mente por: Amor, Desafio, Traição, Compaixão, Raiva, Desilusão, Ambição...

O mais importante não é ter mentido, é refletir se valeu a pena!

Má sorte

Nego a sorte, de não ter o que não tive;
Quanta revolta, do quanto que não vivi;
Sempre de mim, bendita dor se escondeu;

Arrasto o porte, plo chão onde não estive;
Findo da vida, porquanto não existi;
Achar tentando, o que nunca se perdeu.

Que vida!

Tão vago é o sentido, desta vida;
Que me intriga, o não saber, ou nada ser;
De saber, que saber, a nada leva.

Quanta desta vida, nos é perdida;
Por quanto, se nos é imposto aprender;
Plo ter, que te transforma, o sol em treva.

Eu sou como o vento
Que uiva que ri
Fazes parte de mim
Eu não faço de ti
Sou sonho acabado
Que nem começou
Sou amor marcado
Mal nasceu e murchou
Sou alma penada
Vagueando na noite
O bem que queria
Só me deu açoite
Sou tinta de choco
Camuflo a razão
Manchando de preto
O meu coração
Sou leito de rio
Que não sai dali
Fazes parte de mim
Eu não faço de ti

A minha vida não é roda-viva;
Tal é vivida não sei se é vida;
O meu grande amor não sofre não sente;
Tão perdido estou e só tristemente.
Que desalento tê-la tão sofrida;
A alegria de vez em quando se sente;
Neste tormento o qual é a minha vida;
A vida que estou a viver me mente.

A nossa Nação

Ó Portugal doce sátira!
Perto do mar plantado!
Estás a caminho do fim!
Do que foi a tua pátria!
Só nos resta agora um estado!
Que nos rouba a ti e a mim!

Por onde andei neste mundo!
Toda a vida trabalhei!
Deixei muita ponta solta!
Sinto agora bem profundo!
Que não mais as unirei!
Sem uma grande revolta!

Com cravos se ludibriou!
Um povo inocente e pobre!
Em cantigas de embalar!
Quanto ouro se desviou!
Do inteligente ao nobre!
Estudaram pra nos roubar!

Minha voz de raiva treme!
Quando nessa gente penso!
Distribuindo o que é nosso!
Para se manter no leme!
Deste barco podre imenso!
Aguentar mais! já não posso!

O mar que vidas ceifou!
Em prol da nossa riqueza!
Afoga agora os afoitos!
Triste sonho que passou!
Se afogasse a safadeza!
E os retorcesse em oitos!
Plos sonhos que nos roubou!

O cobre, a conta gotas!
Que nos vem parar à mão!
Vem da Europa à tonelada!
Pra engordar certas tropas!
Distribui-se plo ladrão!
O honesto não leva nada!

E o povo tem de pagar!
Porque o querer não é poder!
Sem ter o pilim na mão!
Pra quem menos trabalhar!
Ganha quem menos fizer!
Pode quem for mais ladrão!

Da América com sua frota!
Nos chega a inspiração!
Cada Estado é colossal!
O mesmo faz a Europa!
Com cagadelas de mosca!
Como a Grécia e Portugal!

A Justiça! ó justicice!
Outrora nos deu orgulho!
Aos justos também servia!
Serve agora a malandrice!
Minada pelo gorgulho!
A safar quem não devia!

O pobre mama! cansado!
Numa teta bem magrinha!
Em favor dos comilões!
Engorda-se o engravatado!
Aos funcionários do Estado!
Distribuem-se os milhões!

Junta-te a mim Zé povinho!
Faz da minha a tua voz!
Não para ganhar a guerra!
Agarra-te a um ancinho!
Rebenta a casca de noz!
De quem rouba a nossa Terra!

Sorriso!

Que sorriso donairoso;
Encanta o sorriso meu;
É condão belo garboso;
Sorriso assim majestoso;
Faz sorrir Anjos no Céu;
Ri de forma natural;
Faz um favor a ti própria;
Sorrir é original;
A tristeza é melancólica;
Diria que é uma cópia;
Do que na vida vai mal.

Amar é tão ou mais importante na vida que respirar!
De que vale respirar, se não se tem um amor para amar?

Poeta

Não me considero um Poeta e sim um pensador, com algum jeito para expressar os meus pensamentos!

Umbigo!

Altivo o dono do seu umbigo;
Orgulho besta de certa gente;
Casos onde menos é premente;
Perde-se a besta se ganha amigo.

Motivo de orgulho ou desconforto;
Em são sedutor corpo ou talvez não;
Buraco na barriga do patrão;
Covinha no ventre do desporto.

Sem querer querendo vi um dia;
Uma covinha linda de morrer;
De sonho que viria enaltecer;
A luz que em meus olhos reluzia.

Visão que roubou o meu juízo;
Não mais pensei por mim foi-se a razão;
Motivou tal relevo esta paixão;
Foi-se o éden vai-se o paraíso.

Na vida muito aprendi.
Também algo ensinei.
Quantos ignorantes vi.
Sabem coisas que eu não sei.

Sabios!

Não existem pessoas sábias. Existem sim, pessoas mais ou menos cultas!

Sábio!

O verdadeiro sábio é aquele que sabe tudo, sem lhe terem ensinado nada.
O resto são cópias, mais ou menos perfeitas!

Tenho muita "inveja" e admiração por quem sabe bem escrever.
Quem bem escreve a Alma limpa!

Vida!!!

De alegria eu dependo pra viver;
Ser alegre é minha natureza;
Me vou abaixo com esta tristeza;
Sem mudança gente deixarei de ser.

Alegre sou porque já nasci assim;
Como a minha vida num marasmo está;
De novo exijo seja alegre já;
Esta tristeza está a dar cabo de mim;

Amanhã!

Amanhã nao é um dia;
É algo que não se viu;
É o mundo a girar;
É pura cronología;
Só se sabe que existiu;
Depois do tempo passar.

O amor! que coisa!

Motivo agreste, de grande dor e inspiração;
Desdenhando, seu prestígio e importância;
Me domina o ser mau, vence a ganância;
E me liberta, misérias do coração.

É tormento, dor, que corta a respiração;
Dessa dor, que predomina, eterna e breve;
É carinho, que nos mata ao de leve;
É um caminho, sem retorno e sem perdão.