Coleção pessoal de Joice88
Nunca acreditei nessa coisa de dar um tempo em relacionamentos. Na verdade, eu tinha trauma de tempo. Sempre vi o tempo como uma possibilidade de dizer adeus sem que o outro perceba, e quando este outro se dá conta, já era, acabou, - como é mesmo aquela brincadeira? – E o vento levou. É, levou. Foi levado pelo tempo, pela vida. O tempo e a vida é que nem o vento. A gente não os vê, mas sabe que ele está passando. É muito perigoso acreditar no tempo do relacionamento. Acreditar no tempo não é acreditar no laço firmado, no amor sentido, mas é, sobretudo, acreditar que os fenômenos não ocorrem. Mas sabemos, desde criança, que não podemos ir de encontro às coisas da natureza. Já ouviu falar em aquecimento global? Pois bem. Meu amor se quer pedir tempo, pra pensar, pra sair, pra dormir, para o que quiser peça, mas olhe, eu tenho uma saúde frágil, não posso ficar nesse tempo por muito tempo, porque corro o risco de pegar um resfriado. Acompanhou o meu raciocínio? Eu não posso ficar nesse tempo, no relento, e se vier um temporal? Não quero ser grosseira, entenda o meu lado. Eu ainda estou sentindo tudo o que afirmei sentir por você, mas o ato de tomar chuva nos dá uma sensação de liberdade, mas com ela existem conseqüências também. Eu te dou esse o tempo, mas não demore. Se cair uma chuva, se o vento ficar muito forte pra mim, terei que procurar um novo abrigo pra ficar.
Você é feita de ferro? - Não. Pois então pense nisso. Somos feitos de carne e osso, e isso dói. É por isso que a gente cai; se machuca. Para não esquecermos de que não somos de ferro. Tentativas frustradas? Quem não tem frustrações? A vida está aí. Quer viver? Viva, mas nela tem: Dor, mágoa, frustrações, perda, tristeza, arrependimento, ferida, solidão, mas dentre todas essas coisas existe também a esperança, a alegria, a calma, a tranqüilidade, a felicidade, o amor, a primavera, o verão. A gente não pode determinar o que vem, mas estamos aí, e temos que estar certos de que tudo isso está no ar, e que pode nos atingir a qualquer momento.
Que seja eterno o que tiver de ser. Que se mantenha viva essa vontade de querer ir além do desconhecido. Que seja doce. Que seja belo. Que seja brilhante. E sobretudo, que seja real.
Se essa coisa que me tras o riso diante dos seus olhos não se mantiver, meu bem, não interprete mal, eu choro às vezes, quando estou muito feliz.
Para atravessar agosto é bom adotar o estado - estou leve. Assim, você nem sente os murros e pontapés que a vida lhe dá, porque sempre dá.
Outro dia estava a me olhar no espelho. Havia uma diferência indiscritível em mim. Embora difícil de acreditar, mas não impossível de ocorrer, eu estava mais gorda. É, estava e ainda estou mais gorda. Repetia isso pra mim mesma. Alguém tem me enchido de amor, tem me preenchido tanto de esperança que a impressão é de que estou mais gorda. O mais legal nisso tudo é que tenho me sentido mais bonita assim, mais bem, entende?!
O nosso tempo não existe. O que existe é a nossa cumplicidade, o nosso respeito, a nossa tolerância, dia após dia. Um, dois, três, quatro meses não é nada. Teremos uma vida inteira pela frente pra fazer valer todas as noites que passei e que fiz você passar acordado com o pensamento longe, se fazendo inevitáveis perguntas como: "O que ela pode estar fazendo agora?" "Será que pensa em mim?" Um dia eu lhe disse que havia muito amor em mim, mas que devido as várias pancadas que a vida me deu, esse amor se congelou. Que hoje existia uma geleira dentro de mim, mas que essa geleira iria sumir com o calor do amor que sentis por mim. Minha geleira pinga gotas de satisfação, de desejo e prazer, e tantas outras atribuições que encontrei nessa relação. Você é a contradição que eu gostei de ter. Obrigada por tudo.
Imagine como estaria a humanidade hoje, se todas as faltas não pudessem, de forma alguma, serem supridas. Imaginou? Agora imagine quão grande é a dor de não ter uma atenção voltada aquele a que nesse momento mais sente a sua falta. Imaginou? Agora corra aqui e me dê um abraço. O mais forte, o mais sincero, o mais generoso e diga-me, com palavras sutis, que estas sentindo a minha falta também. As vezes a gente só precisa de um abraço e mais nada.
Sabe quando a gente tem um objeto na estante que já não transmite mais a mesma beleza? Aquele objeto empoeirado, que fica ali na estante, contaminando os outros objetos, mas que não tiramos porque ele nos trás algumas lembranças de quando ainda não tinha poeira. Pois bem, quando a gente tira esse objeto empoeirado, a estante fica bem mais bonita. E a lembrança? - A lembrança? A lembrança não é objeto. A lembrança não é palpável.
Para quem tem namorado(a) - Um brinde a esse conjunto de emoções que norteiam o 'estar junto'. Para quem está solteiro(a) - Que seja eterna essa vontade de viver, sem se remeter a qualquer questionamento. Um brinde também, por estarmos sempre em nossa própria companhia.
A alegria de viver é tão resplandecente que me transbordo em flores. A essa vida, a esse nascer, todo o meu carinho e consideração.
Fico me perguntando que rumo nossas vidas tomariam se aquele nosso velho encontro não acontecesse... A verdade que me vem desafia algumas teorias. Mas o fato é que: acredito - no passado, no presente e no futuro-, nessa coisa chamada 'sintonia'. E esta sim, pressupõe uma universalidade teórica.
Eu preciso de um abraço teu, pode ser dois, três, quantos puder, mas eu estou com fome de um abraço teu.
Quero no sentido de acrescentar valores que norteiam a órbita do amar, do respeitar, do sentir, do desejar, do querer junto...
Que sentimento é esse que me faz perder o sentido das coisas? Não fui eu, mas era eu alí, naquela situação a qual me deparara. Sem sentido.
Se existe algo no qual eu deva saber me diga, não esconda, e não espere eu perguntar porque não o farei.
Como não é o meu forte deixar transparecer o que não me acrescenta, recolho-me a um canto qualquer, a suavizar as lacunas fragilizadas. Parece não haver nada que me possa servir como remédio à amenizar esse conjunto de emoções destroçadas, por isso me calo e me recolho a um canto. Por não conseguir expressar; por para fora o que não me alimenta, resta-me escrever. Isso me medica. Já que a minha voz soa muda, meus dedos conseguem gritar por mim. Coloco num papel tudo o que tenho vontade de falar, tudo o que digo em silêncio. E a minha voz soa muda por entre os ouvidos surdos; os olhos cegos cansados de ver o que não deseja. De enxergar a distancias a margem do incompreensivo.
E tudo se resume ao simples fato de estar com você. Não existe um lugar, uma pessoa, uma musica; não existe um momento, não existe nada além de você. E o meu dia se torna perfeito. Ha momentos em que nada precisa ser mencionado, e tudo se tornam tão claro, tão nítido. Voltar o tempo já não é possível. Nem imaginá-lo o seria. Você me transborda em alegria, em emoções. Existe um doce em mim que vem de você. É como se o seu Ser o alimentasse. Eu me derreto, e me absorvo, e me recomponho diante de você. Todos os lugares que olho agora vejo o teu sorriso. Todo som me faz lembrar a tua voz. As estrelas estão brigadas comigo, sabia? Eu parei de admirá-las desde o dia em que comecei a lhe observar. Elas estão com ciúmes de você. Qualquer dia desses te apresento o meu céu. Quero passear nele com você, viajar por entre as nuvens a procura do anjo de olhos azuis. Sabia que eu admiro um anjo de olhos azuis? Ele existe no meu imaginário. Comecei a admirá-lo quando percebi que a vida não é só preta e branca. E depois de você, comecei a perceber que a vida, além de Collor, é Bright. Você a torna assim. Assim pra mim.
Em uma tarde você conseguiu me proporcionar uma alegria tamanha que equivale a alegria que um ser humano pode sentir em uma semana.