Coleção pessoal de JoelsonRamalhoRolim

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Uma das maiores contradições no âmbito escolar e no contexto da vivência e experiência acadêmica é a forma concisa de destoar/ discrepância da figura esplêndida de quem se dedica à Educação de corpo, sangue e alma. Logo o que me apavora e assusta é a inversão de valores por trás (que caminha lado a lado) com o discente, ou seja, o natural (e lógico) é o aluno se tornar estudante (com muita prática, habilidade, competência, aptidão e destreza). Agora o estudante se portar, se entregar e encarnar o papel de aluno- é talvez um dos grandes carmas e chagas que não gostaríamos de viver em nossas atribuições e entrega na carreira docente. Desconsiderar toda em proposta de acúmulo de experiência, de preparo e dedicação do Professor (em moldar, edificar e estruturar um ser para uma vida límpida e prospera pelas margens da Educação), é um erro que não se repara, não emenda e não reata os danos para todo o sempre!

Sempre desconfiei de quem se auto proclama/ rotula e intitula: ‘eu sou ético’! Eu sou autêntico e não ético! Não sei agradar em fala, gestos, mesmices e sendo quem eu nunca serei- eu sei ser honesto! Não sei ser metade, e sim completo! Não sou vulnerável, sou concreto! Não sei/ aprendi a valorizar a conduta, a postura, as ações, os princípios e valores dos outros, sem reconhecer e apreciar sua história! Aprendi a ter suspeita dos discursos englobados e fadados dos falsos moralista (de vitrine e de boutique), repletos de: bajulações, adulações e pedantismos! Isso é encarnar o contraditório do teórico x o prático, ferir o bom senso, macular o caráter, violar a integridade, sepultar a honradez, triturar a honestidade, esfacelar a inteireza, estilhaçar a probidade, esfarelar o correto e as virtudes! Por isso, é atividade simples e fácil, jogar as migalhas e as tomates para os dissimulados, fingidos e camuflados que se afundam nos devaneios e oportunismo! Existem os que se escondem por traz da religião, do cajado, do véu e da cruz- e se revelam no profano (sem medo do pecado e das faltas)! Assim conjecturar os (falsos) bondosos e os que levantam a bandeira do bem- ala Rousseau, é tarefa de risco! Enfim, brindar com queijos e vinhos a arrogância da falsidade- sorrindo diante da face da hipocrisia, baratear o discurso e confundir os bons modos, acima dos seus caprichos! Tripudiar e esnobar- soa a um novo tipo de homem moderno- aqueles que têm coragem de tiram os aparelhos elétricos da mãe na UTI, e ainda tem entusiasmo e força de irem para a missa de 7º dia!

Uma das grandes marcas da contemporaneidade, e a propositura e reafirmação do ser humano em um completo e constante estágio no vazio, na angustia, perdido e vagando para lugar nenhum, melancólico e reprimido, atormentado e inquieto, atribulado e em constante embargo, aflito e diante de incertezas/ inseguranças/ dúvidas, amargurado e muitas vezes sem um norte, fugindo/ se escondendo da voracidade e do implacável real- propiciando sempre os dogmas e incongruências do ideal e do possível. É em síntese um retrato fiel das condicionantes que nos completam e nos amordaçam, perante a trajetória no acaso, do íntimo e do voraz silêncio que nos aflige. Essas são características sólidas, palpáveis, alternadas de desconfiança e incompreensão nos passos no deserto. Não visto e revigoro o drástico à toa (me atesto e me aprimoro), não contemplo a tragédia (apesar de acha-la fascinante e necessária, grosso modo), me debruço e encarno o cético (procedimento fundamental na construção do pensamento racional). Tenho simpatia, afinidade e uma leve sensação de espanto com o Niilismo (uma etapa a fundo- no abismo das garantias e incoerências das relações humanas).

Não podemos distorcer a função e o sentido (teórico e prático) da Escola, ela não pode ser encarada como uma Instituição de caridade/ altruísmo/ beneficência ou filantropia! Muito menos uma veste e postura de ‘ONG’, encarnando a ideia das boas aventuranças, de contemplação da misericórdia e piedade (atribuo esse papel as Igrejas- como também ao sentido religioso/ sagrado). O detentor de perdoar só cabe a Deus, passar a mão na cabeça só no estágio do fraldário ou no mínimo da Creche, abraçar o ambiente escolar como uma propositura de residência familiar (papai, mamãe, e filhinhos felizes, comportados e obedientes- isso não dá certo, é permitir-se em um erro avassalador). Não sejamos e nos portemos como confusos e perturbados (no que pede e tange alguns ramos da Escola Nova), cheia de direitos e deveres, mimos/ afagos/ carícias e meiguices, delicadezas, inversão de papéis e autoridade/ poder e comando, cobranças feitas e postas em um plano de mão (via) única, protecionismos, acareação dos que sempre tem razão (alunos), reducionismos e privilégios dos que financiam o bem estar da Educação visando sempre o alvo do Verdinho Escuro (leve suspeita e desconfiança dos reais valores nos bancos de dados e índices no sistema educacional). A Escola é e deve ser sempre sinônimo de transparência (por vocação), equidade (como justiça), ética e moralidade (como condutores aplicados aos princípios e valores) da: competência, da habilidade, do mérito, no compromisso, do esforço e da dedicação exclusiva à busca pelo conhecimento e pacto com a sabedoria.

Não acredito no convencimento do termo igualdade no contexto da pacificação do mundo, da sensibilidade e racionalidade (intelecto), das relações humanas (dos povos), no paradigma das classes e da ordem estabelecida (dos dominantes perante os ‘oprimidos’, dos donos do poder sob a égide dos ‘coitados/ marginalizados/ oprimidos’, dos fortes contra os fracos, dos sábios relacionados aos ignorantes- de sapiência). Portanto integralmente/ parcialmente desconfio da camuflagem e do lado oculto dos homens de bem (dos sinceros, dos felizes, dos legais, dos ingênuos, dos honestos, dos íntegros, da certificação dos éticos de fachada, e dos falsos moralistas de vitrine ou de mesa de bar). Diante do atestado dos bondosos, dos amáveis, dos caridosos, dos gentis, da falsificação, da dissimulação do marketing fadado que vomita nas máscaras (que tendem a cair- uma hora ou outra), e da desconfiança que paira na esperteza, do controle a da confirmação dos amáveis. Afinal, minha suspeita interage nos múltiplos interesses existentes por trás das ações, das tendências, da prática dos veneráveis e formosos em vigência.

Entre os lampejos e a busca por sentidos e significados (diante do leque de incertezas, inseguranças e dúvidas) que a vida nos proporciona. Não podemos nos fazer de vítimas, de inconsequentes, irresponsáveis, oportunistas e mimados perante os insucessos, os traumas e questionamentos perante a face do oculto! É fácil e simples ser o 'coitado' e vestir a ideia do fraco e oprimido- do menos afortunado, do que perceber e encarar a injustiça, o carma como um mandamento eterno. Porém redescobrir as façanhas, analisar os fatos, dialogar e resolver os problemas, 'peitar' e confrontar o medo, ser implacável com os modismos e a mesquinhes, torna-te no mínimo um homem regozijado de virtudes e nobreza.

Ser sincero, verdadeiro e íntegro no cotidiano, é um desafio constante, ser posto à prova e criar provas contra você mesmo! Em uma proposta, grosso modo, é se postular de tolo, bobo, estúpido, idiota ou no mínimo um lerdo (lógico que falo na visão e no reino dos alienados, desvairados e medíocres). Desse tipo de pessoas o mundo sente-se órfão, sozinho e carente. As máscaras caem, ou melhor, se multiplicam! Se perpetua: o falso, o canalha, o desvairado, que se vestem e se criam em um personagem real e inteiro. Nesse contexto o "SINE CERA": ser inteiro (completo), ter personalidade, ser correto e justo não pode ser nunca uma segunda opção.

“Só existe um triste e melancólico FINAL, quando não há perspectivas e esperança de um novo RECOMEÇO!”.

O silêncio em sua plenitude promove a essência do íntimo, diante de grandes passos e decisões a serem feitas e enceradas (de forma serena, ponderada, honesta e franca). Nesse contexto entre os julgamentos (humanos) e as penalidades impostas (em torturas) como: a forca, a guilhotina, a fogueira, as câmaras de gás, jogar tomates 'na cara' em praça pública (dentre outras), e até mesmo na crucificação: o medo, a ansiedade, os traumas, os riscos, as frustrações e principalmente o Silêncio torna-se um Pré- requisito perpétuo e necessário em nossa firme e segura caminhada até o final!

Pensar o óbvio/ o inequívoco, se satisfazer com os mesmos gostos, opiniões (políticas/ ideológicas/ religiosas), estilos (música, visual/ estética/ moda), assistir aos mesmos programas, viajar para os mesmos lugares, tirar as mesmas fotos (sempre nas mesmas posições). Ser cópia é talvez o grande meio de sermos aceitos no vínculo de convencimento (no sentido de QUERER uma vida pautada no fácil)!
Agora DEVER e PODER se submeter a essa escravidão, a mesmice, a monotonia (de não ser você o tempo todo), onde outras pessoas falam- pensam e colocam palavras na sua boca: ditam, esnobam, controlam, enrijecem, tripudiam e dominam o seu íntimo... Aí é outra coisa! É submissão demais, e ainda pensam que são livres! Pensar fora da curva e do eixo, na esfera da provocação é sinônimo de combate às forças ‘ocultas’ que violam a liberdade de expressão!

“A dita Era da Revolução Digital (Tecnológica/ Informatizada) dentre infinitas perspectivas e possibilidades, provoca um novo contexto e cenário para o: pobre, tolo e ‘sofisticado’ homem Pós Moderno (em sua maioria- medíocre, pequeno, mesquinho, miserável): o DISTANCIAMENTO (Todo mundo perto e ao mesmo tempo longe), a FICÇÃO (o irreal posto de forma magistral e impiedosa), a ALIENAÇÃO (o conceito de Felicidade distorcida), o ISOLAMENTO (relações humanas esfriam constantemente), e por último ENCANTAMENTO COM O OCULTO E A PRESENÇA COM O VAZIO (Impera aqui o ensandecimento- no sentido de alucinação desvairada- abandono e sede por uma curtida, um compartilhamento e um comentário!) nas Redes Sociais”.

Na proliferação dos IPHONES, dos IPADS, dos Aplicativos de Celulares modernos e dos novos conceitos de design. Apresento meu Celular: NOKIA X-1 (desde 14/11/11- fiel, velho, trincado, bateria viciada, ‘feio’, que aguentará o tranco até o fim da vida útil, dentre outros termos pejorativos). Mas com muitas e vantajosas qualidades:
• Meu celular é para me servir, e não eu servi-lo;
• Do meu celular eu sou dono e mando, e não sou submisso ou subordinado aos desejos e lampejos do mesmo;
• Meu celular é propriedade/ posse (exclusividade), e não ao contrário;
• O homem inventa a máquina, e nesse sentido não pode haver inversão de sentidos e valores;
• Meu celular não pode ‘medir’ meus parâmetros de realização pessoal, de determinar minha animosidade e alegria (felicidade) perante o mundo. Se assim o for, teremos uma geração fadada á extinção perante a promiscuidade e sanidade;
• Não preciso ficar nele 24 horas observando, ansioso, inquieto, apreensivo, agoniado se alguém sabe que eu existo, através de uma curtida- um comentário ou um compartilhamento, dentre outras.
Sou mais as relações humanas (acaloradas) do que as virtuais, sou mais a ‘coisa carnal/ de pele’ que o touch screen, sou mais o tato do que o click, o toque do que a tecla. E ainda acho que sou livre, moderno e na pós-modernidade, e não um alienado que contempla a Geração Fake- das Falsas ilusões e da camuflagem/ enclausurado (me escondendo por trás de um pequeno pedaço de ferro e plástico). Eu definitivamente não serei um ZUMBI moderno- como a grande maioria contempla!
Ainda resisto de forma heroica! Sendo assim prefiro viver nas cavernas!

“Queremos um país e uma sociedade melhor todos os dias. Idealizamos progresso, desenvolvimento, avanços e melhorias em todas as áreas da sociedade! Que parcela, envolvimento e contribuição você propicia (torna favorável, assegura, permite), isso acontecer? O que estamos fazendo?
Eu continuo acreditando (instintivamente e incansavelmente) na Educação e na Leitura, como condutores da promoção da justiça, da esperança, de dias melhores, do combate: a alienação, a hipocrisia, a mediocridade e a minoridade!”

A Hipocrisia e a falsa simulação (da personalidade) semeiam como expoentes de uma das maiores chagas sociais, que é a destruição (a ceifa) do caráter e dignidade humana. Logo, se nos prestarmos a ingerir e nutrir esse escárnio é incorrer em um caminho de via única: a patifaria, a canalhice, indecência, perpetuar as nulidades e se convencer que estamos (em grande parte) cercados de oportunistas, aproveitadores, inescrupulosos e pilantras.

Encontrei a melhor resposta, quando me perguntam por que escolhi ser Professor (dentre tantas carreiras, pelo salário, obrigações fora da Escola, trabalhos excessivos e duradouros, etc.): O professor é o profissional mais sério, completo, competente e visionário numa sociedade alienante, com uma grande parte de desinformados, tolos e medíocres (minoridade intelectual).

Ficar em evidência é uma das melhores formas de não cair no anonimato- e consequentemente torna-se uma 'figura folclórica'- esquecida no campo existencial.

Quando se é Honesto a corrupção desaba!
Quando o Caráter é Inviolável- a mentira agoniza!
Quando a Personalidade é única e reconhecida, o plágio (a imitação) se rende e se despedaça!
Quando a Fé é inabalável, o inimigo se enfurece!
Quando o Amor pela família e pelo que se faz são completos, a vida passa a ter sentido!
Quando se é Predestinado com coerência- competência/ Virtudes/ Princípios Morais, a hipocrisia se cala!
Quando a Verdade é o caminho da integridade, a covardia sai de cena!
Quando a promoção da Paz é requisito de unidade, a guerra se acaba!
Quando a sinceridade e o respeito são determinantes, a falsidade não será necessária!
O Conhecimento é propósito humano, mas a Sabedoria é obra de Deus!

Enquanto Professor, não posso reclamar (do estudante) uma péssima redação, se eu mesmo não escrevo;
Enquanto Professor, não posso questionar (o estudante) uma equivocada leitura, se eu mesmo abomino e não gosto de ler;
Enquanto Professor, não posso criticar (o estudante) de sua má formação ‘intelectual’, se eu mesmo não me atualizo/ aperfeiçoo;
Enquanto Professor, não posso conclamar (junto ao estudante) que a Escola é um vínculo de transformação social e humana, se eu mesmo a vejo como uma ocupação- um local que ganho dinheiro para pagar minhas contas;
Dito isso, aproximo a teoria da prática, pois distantes desse eixo entraria em um circulo que viola a Ética e a Moral. Portanto configura-se em um caminho sem volta, de quem necessita repensar sua carreira profissional, pratica didática- metodológica! E cá entre nós, soa a oportunismo barato. Logo não se cobra aquilo que não pode dá! É perceptível perante a clientela, é injusto, é ilegal, é incoerente e leviano.

Em tempos que o NARCISISMO e o EGOCENTRISMO aflorados se destacam como uma dádiva,uma égide e um fundamento existencial- na busca pelo corpo perfeito/ escultural nos moldes Renascentistas. Não esqueçamos de aperfeiçoar e malhar o CÉREBRO, pois o tempo massacra, sendo voraz e impiedoso diante do espelho- não coroe, nem revela, muito menos adota a maquiagem, nem envelhece a intelectualidade, o conhecimento e a sabedoria.

A Ciência dentre as suas infinitas responsabilidades, tem por necessidade básica romper com três paradigmas primordiais: A CULTURA (fator hereditário que o acompanha social- econômico- político), a TRADIÇÃO (o direito de escolha, que já foi decidido antes de sua existência concreta) e o ACHISMO (principal malefício de quem resiste em ter uma mente fechada/blindada pela ignorância, falta de conhecimento/ leitura- como também pega carona com a opinião alheia- por ser cômodo e mais prático).