Coleção pessoal de joao-simas
Assim como o orvalho que se evapora sob o sol ardente, o homem acumula tesouros e honras, mas em seu âmago, ele é tão vazio quanto o vácuo sideral. Pois de que adianta possuir tudo e, ao mesmo tempo, não possuir nada? Quando te deparares com uma mansão repleta de arrogância, afasta-te dela, pois o orgulho é como um abismo que engole os incautos.
Em parágrafos, tecemos histórias. Essas histórias, intrincadas e únicas, dependem exclusivamente do momento e das circunstâncias que nos envolvem. Pessoas, como o vento, entram e saem de nossas vidas. Algumas permanecem ao nosso lado, soprando suavemente, enquanto outras nos deixam abruptamente, como uma rajada impetuosa.
Nesse fluxo constante, devemos cultivar discernimento e sabedoria. Compreender cada desígnio, cada encontro, sem reclamar dos fatos ou das situações que a vida nos apresenta. Afinal, é nesse tecido de experiências que encontramos nossa verdadeira essência e crescemos como seres humanos.
A Parábola do Coração Traiçoeiro
Na vila de Benevente, cercada por belas praias e florestas verdejantes, viviam dois amigos inseparáveis: O PASSADO e O FUTURO. Ambos eram conhecidos por sua inteligência e discernimento.
Um dia, O FUTURO encontrou uma antiga caixa enterrada no solo. Ao abri-la, descobriu um tesouro: moedas de ouro brilhantes. Ele olhou para O PASSADO e disse: “Meu amigo, este tesouro é um presente dos céus! Com ele, podemos transformar nossas vidas.”
O PASSADO, porém, hesitou. Ele conhecia a natureza traiçoeira do ouro. “O PASSADO,” disse ele, “essa riqueza pode nos enriquecer, mas também pode nos corromper. O ouro é como o coração humano: brilha, mas esconde segredos sombrios.”
O FUTURO, cego pela ganância, ignorou o conselho de O PASSADO. Ele decidiu dividir o tesouro com seu amigo, mas não igualmente. Guardou a maior parte para si e entregou apenas uma pequena parte a O PASSADO.
O PASSADO aceitou a divisão com tristeza, mas não protestou. Ele investiu sua parte em melhorias para a vila: uma escola, um poço de água limpa e um abrigo para os necessitados. Sua sabedoria trouxe prosperidade à comunidade.
Anos depois, O FUTURO retornou à aldeia, arrependido. Ele encontrou O PASSADO, agora um líder respeitado. “Amigo,” disse O FUTURO, “eu traí nossa amizade e a mim mesmo. O ouro me cegou.”
O PASSADO sorriu com compaixão. “A verdadeira riqueza não está no ouro, mas na bondade, na justiça e na fidelidade. Nosso coração é o tesouro mais valioso que possuímos. Trair esse tesouro é a ação mais suja que existe.”
E assim, a parábola do coração traíçoeiro foi contada na vila, lembrando a todos que a verdadeira sabedoria reside na escolha do bem sobre o mal, da integridade sobre a ganância.
Na arena da política desonesta, os invejosos brandem espadas de falsidade; só revelam seu valor ao atacar, mas verdadeira força reside na integridade que não precisa ferir para brilhar.
Santo do pau oco é aquele que, de santo, só tem a casca; por dentro, esconde vícios em sua alma opaca. Mas lembre-se, a verdade sempre achará uma brecha, e a falsidade do santo de pau oco, a luz da verdade despeja.
Quem com olhos de ganância se cega, na senda da sabedoria tropeça; pois o lucro que cintila como ouro, muitas vezes não passa de um tesouro falso, que ao sábio verdadeiro nada vale.
Justiça: Uma Aspiração Universal em Terra de Contrastes
Em um país de vastos horizontes e contrastes profundos, a justiça se ergue como um farol de esperança. O inciso XXXV é um grito de liberdade gravado no coração da Carta Magna, prometendo que nenhum cidadão será deixado à margem da estrada que leva ao templo da justiça.
Mas, o que é justiça em uma terra onde os rios correm tão desiguais? Será ela apenas um ideal distante, uma estrela-guia para os navegantes da esperança? A justiça é mais do que leis e decretos; é o reflexo da alma de um povo, o espelho de suas lutas e sonhos.
O acesso ao Poder Judiciário é, portanto, um direito sagrado, mas sua realização efetiva é o verdadeiro teste de nossa democracia. A justiça deve ser cega para as diferenças, surda para os apelos do poder e muda para os sussurros da influência. Ela deve ser sentida por todos, desde o morador das favelas até o habitante dos palácios.
Contudo, a realidade muitas vezes nos mostra um retrato menos idealizado. A justiça que deveria ser para todos, às vezes parece ser um privilégio de poucos. As filas nos tribunais são longas, e o caminho para a reparação de direitos, tortuoso. A balança da justiça oscila, e muitos se perguntam se ela realmente pesa a verdade ou os bolsos.
Nessa reflexão, somos levados a questionar: Como podemos construir uma sociedade onde a justiça não seja apenas uma promessa, mas uma realidade palpável? A resposta jaz na vigilância constante e na participação ativa de cada cidadão. A justiça é uma construção coletiva, e cada tijolo é colocado com o cimento da consciência social e da responsabilidade cívica.
O inciso XXXV é um lembrete de que a justiça é um direito, mas também é um dever de todos nós. É um chamado para que não nos conformemos com as sombras da injustiça, mas que busquemos incansavelmente a luz da equidade. Que a justiça seja, de fato, para todos, e que cada brasileiro seja um guardião desse ideal.
Assim, a Constituição nos desafia a sermos melhores, a lutarmos por uma justiça que abrace cada canto deste país, garantindo que o direito de acesso ao judiciário seja mais do que palavras no papel, mas uma realidade vivida por cada um de nós.
Por trás de cada máscara que usamos, o corpo declama a verdade sem palavras. Como um livro aberto, cada gesto é um capítulo, cada olhar um verso, revelando o que as sombras da persona tentam esconder. A alma dança em silêncio, mas o corpo canta a canção da sinceridade.
A sabedoria é a bússola que nos guia através das tempestades da ignorância, revelando os faróis da justiça e da equidade.
Em uma pequena vila, havia um sapateiro conhecido por sua habilidade e também por sua língua solta. Ele não apenas consertava sapatos, mas também espalhava os segredos dos aldeões que, sem querer, deixavam escapar enquanto esperavam pelo serviço.
Certo dia, o sapateiro ouviu uma conversa sobre um tesouro escondido na floresta. Sem pensar duas vezes, ele divulgou a informação para todos na vila. A notícia se espalhou como fogo, e logo, uma multidão de pessoas invadiu a floresta em busca da fortuna.
No entanto, o tesouro era na verdade uma armadilha de um bando de ladrões que queriam saquear a vila enquanto todos estavam ocupados na floresta. Quando os aldeões retornaram, encontraram suas casas vazias e suas riquezas levadas.
A língua solta do sapateiro havia trazido ruína à vila. Ele aprendeu, da maneira mais difícil, que algumas palavras são como folhas ao vento: uma vez soltas, não podem ser recapturadas e podem levar à destruição daquilo que mais prezamos.
Desde então, a vila adotou um novo ditado: “A língua é uma chave que pode abrir portas ou selar destinos.” E o sapateiro? Ele passou a medir suas palavras tão cuidadosamente quanto media os sapatos que consertava.
No convívio dos homens, a prudência é rainha,
Pois a mão que hoje afaga, amanhã pode ser espinha.
Cuidado com os sorrisos, e as costas bem batidas,
A mesma mão que acaricia, pode trazer feridas.
Verdadeiros são poucos, que na adversidade não fogem,
Mas muitos são os rostos, que por interesse se afogam.
Quando o interesse diverge, revela-se a intenção,
E a amizade de outrora, se torna desilusão.
Aquele que era irmão, na bonança do caminho,
Pode se tornar vilão, ao virar de um espinho.
Por isso, ó sábio coração, na escolha de teus aliados,
Lembra-te desta lição, e não serás enganado.
A felicidade não se compra, se cultiva. Em tempos de crise, valorize as pequenas coisas que te fazem sorrir.
O silêncio é a linguagem da alma, mas também pode ser a arma da indiferença. Em meio ao ruído, saiba ouvir e se expressar com respeito.
Não julgue o livro pela capa, nem o homem pela aparência. Em uma sociedade de aparências, busque conhecer a essência das pessoas.
A verdadeira sabedoria não está em saber tudo, mas em saber o que é essencial. Em uma era de informação, saiba filtrar o que é relevante e confiável.
O amor é a força mais poderosa do universo, mas também a mais frágil. Em um mundo de ódio, proteja e cultive o amor que você tem dentro de si.
A vida é uma escola, e cada dia uma lição. Em um tempo de mudanças, saiba aprender e se adaptar às novas situações.
A humildade é a virtude dos grandes, e a soberba é o defeito dos pequenos. Em um cenário de competição, reconheça seus limites e valorize seus méritos.