Coleção pessoal de Jlins76
Noite silenciosa; filhos que dormem tranquilos. Observando-os... Imagino o que sonham. Ele, com tecnologias revolucionária. Ela, com o mundo descrito no livro à cabeceira da cama. Beijo-lhes a face num toque gentil de boa noite...
No quarto ao lado, meu companheiro também em sono profundo; provavelmente sonha com novos projetos... Volto pra cama e, ao deitar-me, beijei-lhe os lábios... Penso em tudo que vivi até então. Uma lágrima sorrateira, um sorriso e gratidão. Outrora era como um velho casaco desgastado pelo tempo; esse, se foi. Agora sou leve como peça de seda. Enfim posso dormir...
Um sábio mantém olhos e ouvidos bem abertos para aprender evitar situações perigosas e a boca bem fechada para não criá-las.
Há três momentos bem comum em que a maioria das pessoas voltam a ser elas mesmas: fúria, embriaguez ou quando acha que o fone de ouvido do outro está no máximo!
Você tem o dom de me deixar sem palavras quando olha em meus olhos.
Quando segura meus cabelos deixando o meu pescoço a mostra, provoca arrepios em meu corpo ao sussurrar bobagens em meus ouvidos, e de igual modo, quando me beija com paixão.
Suas carícias me enlouquecem e logo me entrego a ti, me tornando teu prazer.
A cada toque, te desejo mais que tudo. Intencionalmente, deixo as marcas de minhas unhas na tua pele, só para que saibas, que eu te quero mais que antes.
Sinto falta da troca de mensagens bobas ao longo do dia e, de cada pequeno detalhe de ti, dos quais me apaixonei... Sinto falta de te ouvir dizer que o dia foi duro, que está cansado e precisa deitar-se. Sinto falta de adormecer enquanto velo teu sono. Sinto saudade de acordar no meio da noite e te ver dormir igual criança...
O silêncio da noite é rompido pelo sopro do vento sobre a casa. Em meu quarto, a luz da luminária é refletida dentro da xícara de chá frio e intocado.
Tento ler ou assistir algo que me pareça interessante, mas nada me prende...
O sono se apresenta, mas as memórias de momentos felizes insistem em permanecer em minha mente.
A caixa de lenços descartáveis quase vazia.
Lágrimas escorrem em minha face.
Beijo a única lembrança física de ti.
Deito no lado esquerdo da cama, olhando, o espaço que você deixou.
Concluo que não é a solidão que me aperta o peito. É a falta de ti aqui dentro dele.
Eu me prendi na doçura do teu olhar, na sinceridade de tuas palavras e no teu jeito de amar.
A simplicidade e bom humor em ti, me fascinam. Faz a vida parecer menos complicada.
Quando te fecharem uma porta, independente da intenção, estão dando-lhe a oportunidade de ver que há outras portas abertas e, lhe tornando capaz de vencer todos os novos obstáculos.
O toque suave dos seus dedos e lábios redesenhando cada detalhe do meu corpo, provocando, arrepios que vão, além da pele em sintonia perfeita.
O cheiro delicado de canela nos lençóis, nossos perfumes, a pouca iluminação e os sons reproduzidos nesse momento, deixam explícitos desejo o prazer na forma mais doce entre dois seres.
Atendo ao teu chamado cheio de desejo e, beijo teus lábios com paixão. Sigo reproduzindo cada detalhe do teu corpo com lábios e carícias.
Enfim, misturo-me suavemente ao teu corpo, como um rio que se mistura ao mar.
Entrego-me a tua vontade por inteiro.
Ascendo um cigarro e, a memória da noite passada parece se reproduzir na fumaça.
O cheiro dela... Se desfaz na lembrança de sua pele fresca junto ao aroma suave de alfazema que sinto nos lençóis.
A cada trago, lembro-me de seus beijos com sabor frutal do batom vermelho rubi. Parece que sinto a maciez dos teus lábios na minha pele.
Cinzeiro, cinzas e pontas de cigarro. Lembranças da cama desfeita, dos nossos corpos largados e exaustos de tanto fazer amor só por amar...
Pingos de chuva escorrendo no vidro da janela do quarto.
Enquanto observo... Seus lábios, suavemente deslizam pelo meu pescoço e ombros.
Com uma das mãos, solta meus cabelos, enquanto com a outra, segura minha cintura.
Na vitrola a doce voz francesa de Piaf em La vien en rose.
Que momento perfeito. Chuva do lado de fora. Palavras, carícias e troca de olhares.
Apesar do tempo...O quarto é aquecido pelo amor.
Encosto meu rosto em seu peito e, sinto seu perfume levemente amadeirado.
Seus pêlos se movem ao ritmo da minha respiração e, com as pontas dos meus dedos em movimentos circulares e imperfeitos, descubro sua pele macia. O som da sua voz serena me envolve em seu corpo, enquanto sua mão, afaga meus cabelos. Carinhosamente beija minha testa.
Seu calor, a penumbra, o silêncio me conduz aos mais doces sonhos, onde mal algum pode me ferir enquanto durmo em seus braços.
Nossos olhares se cruzam, os lábios se tocam.
O calor, o cheiro e fluidos se fundem a ponto de nos tornarmos um só, enquanto o ambiente se perfuma de amor ao som de dois tambores.
Respiração ofegante, um sorriso suave, nossos corpos suados e trêmulos largados lado à lado; exaustos mas ainda conectados pelos mesmos sentimentos.
Adoro quando morde suavemente os lábios e fecha os olhos por alguns instante.
A leveza das tuas mãos forte quando me acaricia. A doçura em tua voz quando me diz que sou sua menina. A serenidade no olhar quando me fala das coisas da vida. Adoro tudo em ti, e o quanto me faz sentir grande e forte, ao mesmo tempo cabendo em suas mãos.
"Falo palavrões quado estou contente. Mantenho a língua guardada quando estou irada.
Por que é nessas horas que podemos ferir alguém e, palavra dita, não se apaga."