Coleção pessoal de jessicatorres
Entre ser sincero e parecer arrogante ou mentiroso para forjar humildade, serei verdadeiramente modesto: ACHO-ME INCRÍVEL!
Quando tudo começar a ficar demasiadamente óbvio, DESCONFIE! A previsibilidade é traiçoeira e costuma flertar escondido com o acaso.
##### ESCLARECIMENTO #####
Ao imbecil que saiu espalhando por aí ter me visto no carro, parado no meio de um engarrafamento enquanto gesticulava conversando sozinho, vou explicar: eu não falo, jamais falei, e nem pretendo falar sozinho. NO ENTANTO, apenas pela boa educação que tive, sempre que o porta-luvas ao lado me questiona alguma coisa eu respondo.
Cada vez mais me convenço de que a GRANDE SABEDORIA não consiste em um vasto entendimento diversificado do mundo. Mas sim, na incontestável aceitação da nossa eterna ignorância. O difícil, porém, será convencer a vaidade disso.
Há algum tempo (daquele que sobra não do que falta) eu me questiono sobre a coerência existente na célebre frase de Sócrates: SÓ SEI QUE NADA SEI!
Se for coerente é no mínimo contraditória uma afirmação ao quadrado. Já que ele não apenas afirma saber que nada sabe, como também assevera saber que só sabe disso.
Entretanto, a justificativa (ao menos para mim mesmo que foi quem me questionou) talvez esteja em uma outra frase famosa que eu sempre discordei: EM TERRA DE CEGO QUE TEM UM OLHO É REI.
Depende!ONDE MUITO SE VÊ E POUCO SE SENTE DO OLHAR ATÉ EM TERRA DE TRÊS OLHOS POUCAS PESSOAS ENXERGAM BEM.
Por que ler Paulo Coelho? – Do escritor Marcus Deminco
Não precisa procurar muito pela internet para encontrarmos as mais variadas críticas ao prodigioso escritor Paulo Coelho. Mas, será que o autor mais lido no Brasil, um dos 10 escritores vivos mais lidos no mundo, com mais de 70 prêmios, traduzido em 76 línguas e lido em 160 países é mesmo um grande apedeuta como asseveram alguns desconhecidos eruditos rancorosos?
Logo quando terminei meu primeiro livro, embevecido pelas letras e com intento de escrever ficção, resolvi – estupidamente desnorteado – estudar mais literatura. Enquanto os pseudos-letrados Kafkanianos e Flaubertianos afirmavam que Paulo Coelho era apenas um néscio charlatão, eu forjava ser um elitista que nunca serei e lia Madame Bovary, o Processo e a Metamorfose. Contudo, eu queria mesmo era que eles me deixassem ler o mago.
Enquanto alguns promitentes escritores (que nunca foram senão promessas) emprestavam-me Dante, Shakespeare, Dostoyevsky, Balzac e Cervantes, eu começava a questionar minha cegueira auto-alienante: como seria possível dos 100 títulos mais vendidos no Brasil na década de 90, 48 pertencerem aos autores nacionais sendo 20 deles apenas do burro mago?
Depois, quando os menos xenofóbicos disfarçados de eruditos patrióticos diziam que literatura de verdade era Machado de Assis e Guimarães Rosa, eu já não queria mais saber se foi Dom Casmurro ou Memórias Póstumas de Brás Cubas que tornou Machado de Assis o especialista na literatura em primeira pessoa, nem se a primeira “elipse” em Grande Sertão: Veredas, seria ou não gramatical. Eu estava completamente apaixonado por Veronika decide morrer.
De repente, comecei a enxergar adiante dos muros de limitação dos sábios tolos que me rodeavam: quanto mais eu ficava aprisionado as regras, normas, estilos e técnicas literárias menos eu conseguia escrever. Sabia o que era quebra de paralelismo semântico, Eufemismo, Onomatopeia, Prosopopeia, Perífrase, Epístrofe, Hipérbato, Pleonasmo De Reforço, Estilístico Ou Semântico etc. Enfim! Quase todas essas besteiras que os idiotas versados acham que são suficientes para ser genial.
Mas, foi quando uma docente posada disse com jeito de troça que as obras de Paulo Coelho eram escritas para jovens carentes depressivos que acreditam em duendes e pensam em suicídio, que eu retruquei na mesma hora: NÃO QUERO MAIS FAZER LITERATURA, QUERO FAZER PAULO COELHO! Pois diferentemente de Virgínia Woolf, Paulo Coelho não escreve só com os dedos, nem com a pessoa inteira; ele escreve com a alma sem subserviência gramatical!
E sabem o que seria pior do que um fracassado autor iracundo escrevendo um livro enredado apenas para externar sua incapacidade contida? DOIS AUTORES FRUSTRADOS COM ESSE MESMO PROPÓSITO.
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O estafeta sem recado, DIOGO MAINARDI sem desfrutar da verve que nutri os grandes autores escreveu o livro, LULA É MINHA ANTA (sua Magnum Opus); reunindo suas crônicas enfadonhas e repetitivas sobre o homem que ele queria ser.
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E seguindo o mesmo caminho irregressível da mediocridade, o ilustríssimo desconhecido, Janilto Andrade escreveu o impopular Best-Seller POR QUE NÃO LER PAULO COELHO; onde ele define o mago como um excitante vulgar procurando qualificar-se como arte sofisticada.Mas como diria John Steinbeck: DE TODOS OS ANIMAIS DA CRIAÇÃO, O HOMEM É O ÚNICO QUE BEBE SEM TER SEDE, COME SEM TER FOME E FALA SEM TER NADA QUE DIZER.
(Por que ler Paulo Coelho? – Do escritor Marcus Deminco).
Os políticos não investem na educação do povo, porque é justamente através da ignorância em massa que eles asseguram os seus votos.
Eu me dou muito bem comigo mesmo. Só não sei exatamente com qual deles. Portanto, se por acaso nos encontrarmos, mande-me lembranças.
As regras, normas e etiquetas, assim como todas as outras formas de adestramento social, servem apenas para aprisionar os mais obedientes dentro dos seus próprios costumes.
Quando a consciência incriminá-lo antes mesmo do veredicto do mundo, a sua sentença não caberá mais nenhum recurso de apelação.
Ainda que forçosamente lutemos para renegar os nossos conflituosos sentimentos, dentro das nossas crenças mais sólidas, sempre coexistirão a fé, a dúvida a esperança e o medo.
Não deseje compreender demais o mundo. O excesso de sabedoria adoece de cólera as almas dos mais prendados. Às vezes é preciso alienar-se para tentar remediar o vírus da indignação com elevadas doses de ignorância.
Você pode até ser mais do que os outros esperam. Ainda assim, sempre será bem menos do que eles precisam.
Aceite que nem sempre o seu melhor será o bastante, pois quase nunca o bastante será o necessário. Até porque, muitas vezes, nem mesmo o necessário será o suficiente.
ESTAFETA SEM RUMO
Sou Andarilho Peregrino
Trem Sem Trilho
Gramíneas Sem Milho
Maquinista Valdevino
Sou Andarilho Peregrino
Com Alma De Aventureiro
Espírito Forasteiro
E Sonho De Menino
Sou Andarilho Peregrino
Cego Romeiro Errante
Perdido De Mim Clandestino
Fugido Da Vida Viajante
Sou Andarilho Peregrino
Garimpeiro De Ilusão
Na Gruta Escura Do Destino
Passarinho Sem Alçapão
Sou Andarilho Peregrino
Destemido Caçador
Adulto Pequenino
Semente De Lavrador
O primeiro sentido da vida é senti-la, o segundo, vivê-la e o terceiro: conseguir realizar continuamente os dois.