Coleção pessoal de jefersoncalixto
Doar sangue é mais que um ato de amor. Trata-se de solidariedade e civismo, coisas que se encontram no sangue do doador.
O ANDARILHO HUMANO
Não raras às vezes que me coloco a pensar que todos nós nada mais somos que andarilhos humanos.
Explico-lhes meu devaneio vespertino desta sexta-feira: desde que nascemos, até a nossa morte, vivemos aos trancos e barrancos como se fôssemos um tronco boiando rio abaixo (eu falei tronco, não m....). Daqui para lá, de lá para cá, vamos levando a nossa nada mole vida sentindo a realidade do mundo sob todos os seus disfarces; num instante um momento alegre, noutro uma sensação de amargura; a miséria que humilha convivendo de perto – e perigosamente – com a riqueza ostensiva; aqui um gesto de grandeza, ao lado um gesto de torpeza; a decência sempre atormentada pela perfídia; o desprezo que fere, o amor que redime...
E por aí vamos nós, a duras penas abrindo caminhos e vencendo barreiras, por vezes encontrando aplausos e incentivos, por outras tantas, hostilidades e malquerenças ímpares.
E é exclusivamente desta maneira que nos tornamos fortes, resistentes às vicissitudes e aos desencantos da vida, mas jamais abandonando a delícia que é continuarmos sendo sensíveis às ilusões e aos sonhos.
Bom final de sexta-feira a todos(as), e um excelente final de semana.
Se existe uma coisa inteligente
É a gente cuidar da gente
Pois sem saúde decente
Não há quem aguente.
A idade da gente
De nascente
Até sobrevivente:
Até 06/07 anos, dependente
Dos 07 aos 14, pré-adolescente
Dos 15 aos 18, inexperiente
Dos 19 aos 25, melhor fase da gente
Dos 26 aos 30, ser insistente
Dos 31 aos 40, ser persistente
Dos 40 aos 59, ser experiente
Dos 60 aos 70, ser decadente
Dos 70 aos 80, ser sobrevivente
Dos 80 em diante, talvez demente.
Daí não há quem aguente.
“Casamento ‘gay’ é igual comer manga e tomar leite: está provado que não faz mal para ninguém, mas ainda tem gente que se apavora.”
DO REAL PARA O VIRTUAL, UM BOM OU MAU SINAL?
Desde o início da civilização, os homens vêm sofrendo profundas modificações em suas vidas, seus valores, suas crenças e seus modos de assimilação do conhecimento.
Efetivamente, desde seus primórdios (quando desceram das árvores na África) até os cibernéticos dias em que vivemos, muitas coisas foram surgindo e transformando o nosso modo de ser, de viver, e principalmente, de apreender as coisas.
Chegamos até aqui através de uma fantástica viagem iniciada pelos nômades, transformada pelo surgimento das religiões, abalada pelas trágicas guerras, geograficamente modificada pelas ascensões e quedas dos grandes impérios, guiada intelectualmente pelas correntes filosóficas desde os Pré-Socráticos até os pós-modernos, e radicalmente sacudida pelas grandes invenções da humanidade, da roda ao computador.
Indubitavelmente que a chegada do novo modo de adquirir conhecimento provocado com a chegada da internet foi uma das mais drásticas transformações sofridas pelo homem no menor espaço de tempo. Afinal, ela (a internet) ainda é uma jovem mocinha de, no máximo, uns 20 anos, ou seria uma adolescente de uns 15 aninhos? A transformação é tão rápida que a gente se perde no tempo.
Mas o que me mete medo, confesso que ando apavorado com isto, são os “novos cultos”. Há informações demais, sobre qualquer coisa, as quais, acessadas de forma desorganizada e desprovidas de qualquer critério lógico, está fazendo surgir uma nova espécie humana, o “homo pseudo sapiens”.
Desta nova espécie, derivam-se duas subespécies: a primeira são aqueles que buscam o conhecimento no maior gênio absoluto do universo na atualidade, o Dr. Google, o qual, para cada pergunta que lhe é feita (nem precisa fazer a pergunta inteira, pois ele se auto completa) espargem-se centenas de indicações de “sites” que possuem as respostas (nem sempre) mais precisas e verdadeiras, e exatamente aí que mora o perigo (na escolha certa, da página certa, da resposta certa); e a segunda subespécie, esta temerária, abjeta e abundante por toda a parte, pois toda a sua cultura deriva de uma única fonte, o “facebook”. Sobre estes, peço licença para parodiar uma frase que era proferida pela atriz Arlete Soares, na já extinta série de TV chamada Sai de Baixo: “PREFIRO NÃO COMENTAR”. E aproveitando uma recente postagem da minha idolatrada amiga Regina de Oliveira:“Dai-me paciência, nossa senhora da falta de inteligência.”
Em toda campanha eleitoral eu me agito
E ontem eu tive um sonho muito esquisito
Devido à escolha errada do nosso político
Quando fizemos da urna um penico
O que a gente pensava, não podia ser dito
O silêncio havia se transformado em grito
O que estava tão perto havia virado infinito
Nosso direito de ir e vir, constrito
Nosso brilhante futuro? Interdito
A Justiça? Um mito!
A vida é feita de sonhos, decisões, planejamentos e ações, com suas consequentes vitórias e/ou derrotas, seus acertos e/ou desacertos. Também faz parte dela a desistência temporária (uma pausa), o abandono nunca definitivo (dar um tempo) e o prosseguimento sempre necessário (a pertinácia). As vicissitudes dela (da vida) são fatores que a tornam uma aventura insana, fazendo de cada passo um perigo (ou não), de cada tombo a visão de um novo caminho, de cada lamento uma súplica, de cada dia um recomeço.
A segunda acabando
O frio aumentando
A agonia apertando
A coragem me deixando
Em milagre não acreditando
Estou “cagando e andando”...
Mas a terça nos apetece
O frio esmaece
Que a agonia cesse
A coragem reaparece
Até a tarde o milagre não acontece
E novamente anoitece...
Previsão para a quarta, carece?
Acreditem: há um mundo real, perverso, difícil, cheio de provações, dúvidas e demais problemas inerentes ao ser humano; além das belas palavras, postagens, fotografias e “check-ins” do “facebook”. Parodiando uma frase de Martinho Lutero, digo que aqui (no “face”) a idolatria e a hipocrisia são muito bem remuneradas, mas a verdade continua mendigando.
“Em noite de sexta-feira não se deve dormir com vontade para não acordar no sábado com arrependimento.”
“Viver apertado e sem sossego ninguém merece. A esperança esmorece, a languidez aparece e a dúvida cresce.”
"A beleza não disfarça a burrice, é efêmera, e quando não acompanhada daquele it, rapidamente você descobre que se trata apenas de uma vil aparência."