Coleção pessoal de ojeanbarroso
Amei e fui amado
Cantei os mares dotados
de rios não tão grandes quanto o nosso amor
e lá vivi encantos
doce beijos santos
entres luzes que se apagam
em doce lembranças
nós amaríamos sermos amados, mas não podemos
Quem dera Drummond ter me escutado
O nosso coração é sim maior que todo esse mundo
muito maior que todo esse universo
A diferença é como nós tratamos os sentimentos
amamos as nossa diferenças
cantamos poemas
que contam, que cantam e que confessam
amar de mais não explode corações
apenas cria versos.
Se somos grandes nos fazemos pequenos para nos encaixar. Se somos pequenos fazemos os grandes serem igual a nós. Não suportamos diferenças. Queremos igualdade em um mundo que é naturalmente desigual.
Você foi meu ego
Revelou meu inconsciente
A fera, o ser ardente que habita em mim
Trouxe a tona o evidente
O sentimento mais que obvio
Carnal, fugaz, em paz, meu ódio
Catarses minha, luz nossa, mas
O coração é teu, tu, ópio meu.
Que floresça entre nós
A semente da esperança
Que amanhã teremos momentos melhores
e de olhar aos nossos redores
e não de não mais medo.
Medo dos nossos dilemas
Em falar nossas verdades
De respeitar as nossas diferenças
De tentar ler outros poemas
De poetas que nunca escreveram
Talvez colheremos aí esse flor
Façamos um poema ou talvez um buquê
e entregaremos para aquele que não entenderam que
Floresça entre nós
A semente da esperança
Superar é entender que a emoção não faz sentido
É entender que o pão não vai estar quentinho assim que você chegar na padaria
É entender que você estava com o tênis errado para este dia chuva
É saber que nem tudo é como se espera
se supera.
Felicidade é comprar o pão de manha cedo
e depois fazer o café
cair na gargalhada, sem desespero
esperar da vida o que ela é.
um furacão de ventos fracos
um leito com achocolatado
um beijo e um cafuné
dormir de creme, aconchegado
ver um filme daquele lado
e sentir que esta tudo errado
mas esperar que amanhã
tenha pelo menos outro pão com café.
Eu queria saber definir a tristeza e diria que
seria como um papel rasgado, amassado, depois reciclado,
mas é simples demais.
Cientificamente falando, estava nos planos:
o cérebro é incapaz de produzir serotonina o tempo todo
e por isso o nosso desconforto
com esse leve e traz que a vida traz
Porém queria eu saber definir a tristeza,
pergunto se seria como dançar a noite inteira,
chegar em casa, e não ter o que jantar.
Escuridão de paz, tento eu lembrar das dores que a tristeza haz
e não faz sentido no meu universo casual
Complexo sem nexo, tristeza é um sentimento da maldade
o primeiro choro de saudade, o luto daquela amizade
o roubo da conquista, talvez seja como escrever uma poesia
sem serotonina, e sempre sendo simples demais.
Eu me embriaguei do teu sorriso
Você me vomitou os teus anseios
E a ressaca do teu beijo
Doeu forte em cada nervo
e foi na dor que eu tive a prova
de que teu álcool queima sem faíscas
de que meu fígado metaboliza todas feridas e
de que as dores são passageiras
de um ônibus que não anda mais
de ti, um simples corote de 3 reais
Ai cérebro meu.
Porque você é tão idiota.
Decida, não é assim que se vive a vida
Vá aprendendo com as suas feridas
E depois me ensine como é.
Naufraguei no meu próprio oceano
e o meu barco eu não pude mais carregar
Sem farol para me alcançar
Nadei sem rumo em uma imensidão azul
Fui distante até uma ilhazinha
E lá não tinha nada para fazer
Busquei alimento, e sem comer
Pensei na morte como uma solução.
Sonhava ainda com aquele pão
O pão quentinho do meio-dia
Carecia eu das alegrias
De uma fútil vida afortunada
E percebi que já era hora
De me levar de volta a maresia
Levantei um barco grande, fiz questão
E naveguei eu, meu rumo e aquele pão.