Coleção pessoal de Jean_Quintino
Ás vezes me pergunto o que é a eternidade...
Eu não sei me responder.
Daí olho em seus olhos...
E vejo que é você.
Entre em meu mundo
Um segundo,
E entenderá.
Me observe!
Fique atenta!
Tente enxercar
O quão bom posso ser.
Não vivo à reclamar,
Tente entender...
Vocês me olham, mas não me enxergam...
Vocês me criticam, mas não me entendem...
Sou melhor e mais infinito que tu possas imaginar.
Basta enxergar...
Silenciosa noite
Eu tentava dormir,
Mas a maldita da insônia
Fez-me rir.
Rir não nego,
Mas o choro ainda estava querendo jorrar de meus olhos
Não pude deixar...
E não deixei.
Ri, novamente disfarcei.
AMOR É LEME
Quis me esconder de tudo,
Pra me encontrar,
Eu sempre quis te contar
Tanto a perder no fundo,
me fez pensar,
que era melhor calar,
Medo do mundo
Esse mar, eu quis sozinho navegar
Minha fuga, minha saga , minha sina
Mas um sino aqui dentro tocou,
E uma luz se ascendeu
Mergulhei no erro e naufraguei no teu olhar,
Não sobraram remos pra tentar,
Mas se o amor é leme e o nosso barco vai voltar
Cais de volta, porto de abraçar
Quis me esconder
O MEU AMOR
Meu amor tem duas covas
Que enterram minha razão.
Não existe o que temer
As covinhas são de paixão.
E o sorriso que reluz
Não perdoa o meu ser,
Me degrada por inteiro
Só de eu lhe ver.
Com seus olhos?
Não sei lidar!
É o espelho de sua alma...
Não tenho dúvidas,
Estou a te amar.
Sou aquilo que sou
Também, sou o que não sou
Como posso ser eu, se nem eu sei quem sou?
Sou tão grande e pequeno
Sou tão amor
Sou um amante da poesia
Sou infinito
Sou quem sou...
Poeta!
Nem eu entendo o quanto lhe amo.
Não cabe em palavras.
E até o meu "Te amo!", não chega perto de explicar o amor que sinto por ti.
AUTOPSICOGRAFIA
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas da roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração.
Você é meu lar
Meu ar
Meu viver
Você é My-nha luz
Me seduz
Meu viver
Você é minha
Meu amor
Meu vi-ver
Uma luz em meu caminho
um anjo sem voar
uma estrela lá do céu
que veio iluminar
Como amo essa criança
assim como João de Barro
amou o seu amor,
eu amo este menino.
Meu menino, meu Heythor.
A sensibilidade se faz presente
sinto-me embalado por essa paixão
que me pegou covardemente, de repente
acendeu-se uma chama em meu peito
se chama amor.
Ao som do ijexa que Ologunedé alivia minha dor
Me transmite seu encanto, encantador
Locy Locy Olowao eu grito sem pudor
Menino sim... Mas respeitado.
Das matas herdou a força
Dos rios a delicadeza
Eita menino encantado e de muita beleza
Me embala com seu amor
Senhor,
Menino caçador.