Coleção pessoal de JAMIGO
Deu-se todo não reservando nada para si. Não comungar seria o maior desprezo a Jesus que se sente “doente de amor”.
A comunhão reprime as nossas paixões: ira e sensualidade principalmente. Quando Jesus está presente corporalmente em nós, ao redor de nós, montam guarda de amor os anjos.
A Eucaristia é a saúde da alma e do corpo, remédio de toda enfermidade espiritual, cura os vícios, reprime as paixões, vence ou enfraquece as tentações, comunica maior graça, confirma a virtude nascente, confirma a fé, fortalece a esperança, inflama e dilata a caridade.
Ao sacerdote na consagração é dado ao que aos anjos não foi concedido. Não há oblação mais digna, nem maior satisfação para expiar os pecados, que oferecer-se a si mesmo a Deus, pura e inteiramente, unido à oblação do Corpo de Cristo, na missa e na comunhão.
Não omitais nunca a visita a cada dia ao Santíssimo Sacramento, ainda que seja muito breve, mas contanto que seja constante. Quereis que o Senhor vos dê muitas graças? Visitai-o muitas vezes. Quereis que Ele vos dê poucas graças? Visitai-o poucas vezes. Quereis que o demônio vos assalte? Visitai raramente a Jesus Sacramentado. Quereis que o demônio fuja de vós? Visitai a Jesus muitas vezes. Quereis vencer ao demônio? Refugiai-vos sempre aos pés de Jesus. Quereis ser vencidos? Deixai de visitar Jesus…
A devoção ao Santíssimo Sacramento e a devoção à Santíssima Virgem são, não o melhor, mas o único meio para se conservar a pureza. Somente a comunhão é capaz de conservar um coração puro aos 20 anos. Não pode haver castidade sem a Eucaristia.
Nós não saberíamos dar maior alegria ao nosso inimigo, o demônio, do que afastando-nos de Jesus, o qual lhe tira o poder que ele tem sobre nós.
Não é para ficar numa âmbula de ouro, que Jesus desce cada dia do céu, mas para encontrar um outro céu, o da nossa alma, onde ele encontra as sua delícias. Quando o demônio não pode entrar com o pecado no santuário de uma alma, quer pelo menos que ela fique vazia, sem dono e afastada da comunhão.
Nosso corpo unido ao corpo de Cristo, adquire um princípio de imortalidade, porque se une ao Imortal.
A fé da Igreja é esta: que um só e o mesmo é o Verbo de Deus e o Filho de Maria, que sofreu na cruz, que está presente na Eucaristia, e que reina no céu.
Não somos nós que transformamos Jesus Cristo em nós, como fazemos com os outros alimentos que tomamos, mas é Jesus Cristo que nos transforma nele. Sendo Deus onipotente, não pôde dar mais; sendo sapientíssimo, não soube dar mais; e sendo riquíssimo, não teve mais o que dar. A Eucaristia é o pão de cada dia que se toma como remédio para a nossa fraqueza de cada dia. Na Eucaristia Maria perpetua e estende a sua maternidade.
A devoção à eucaristia é a mais nobre de todas as devoções, porque tem o próprio Deus por objeto; é a mais salutar porque nos dá o próprio autor da graça; é a mais suave, pois suave é o Senhor. Se os anjos pudessem sentir inveja, nos invejariam porque podemos comungar.
A comunhão diária não pode conviver com o desejo de aparecer, vaidade no vestir, prazeres da gula, comodidades, conversas frívolas e maldosas. Exige oração, mortificação, recolhimento. Ficai certos de que todos os instantes da vossa vida, o tempo que passardes diante do Divino Sacramento será o que vos dará mais força durante a vida, mais consolação na hora da morte e durante a eternidade.
A Eucaristia é o remédio pelo qual somos livres das falhas cotidianas e preservados dos pecados mortais.
Este pão do céu requer que se tenha fome. Ele quer ser desejado. O Santíssimo Sacramento é fogo que nos inflama de modo que, retirando-no do altar, espargimos tais chamas de amor que nos tornam terríveis ao inferno.