Coleção pessoal de jacque_alves
Me cobrou um amor que, no momento, eu só posso sentir por mim... Meu amor-próprio é tão grande que não cabe você!
A liberdade é realmente um jogo maior que o poder. O poder diz respeito ao que você pode controlar. A liberdade diz respeito ao que você pode desatar.
Antes eu
Não era essa
Que agora
É. Sou. Tornei.
Antes eu
Era eu
Não um nós
Nem um quem.
Sou do mundo
Sou leve
Sou meu lar
Meu templo.
Não me defino
Por um homem,
Por um emprego,
Por uma nota.
Eu estou,
Não sou
Não pertenço à;
Sou do ar.
Se gosto
Tenho carinho
Se quero
Chego.
Amor não é
Só pele
Amor é cuidar
Alimentar.
Aprendi que
Se importar
É tão importante
Quanto beijar.
Nossos ancestrais conheciam a sabedoria e a verdade que se expressam nas forças da Natureza.
Sabiam que:
O fluxo das marés nos revela que tudo na existência é cíclico, por isso, as nossas emoções vêm e vão, temos altos e baixos. Tudo o que um dia veio, um dia partirá!
O sol nos mostra que a nossa vida está ligada à força da luz e tudo é energia!
O vento nos recorda da leveza que nos habita e de nosso anseio por voar!
O céu que nos abriga, sob o qual tantas eras, acontecimentos, seres e povos passaram, nos remete que, diante de sua imensidão e grandeza, somos pequenos e precisamos conservar a humildade, pois a nossa existência, na face da Terra, é passageira e finita!
As estrelas sinalizam, com o seu brilho e numerosidade, que existe muita vida e muitos mistérios que não compreendemos e alcançamos!
Só se pode viver perto de outro, e conhecer outra pessoa, sem perigo de ódio, se a gente tem amor. Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura.
“O caminho para a Deusa está dentro de você, é lá que Ela reside, mesmo se você se esqueceu de procurá-la. Busque no seu âmago e você sempre a encontrará.”
sou como o magma que escorre perante as rochas criado em toda sua existência vulcânica, forma na qual se deu não somente nos momentos de fúria efervescente e a foca em atrito, mas também com a ação da leveza do vento e da chuva que vem na tentativa de acalmar e acaba fazendo daquilo tudo rocha..
Toda essa construção materializada em meu corpo cria estigmas, eu ser ígneo.
o fogo me fez.
Ela sonha alto, gosta de pintar a vida com cores fortes, mas detesta ter que lavar os pincéis depois.
gentileza zero
o poste
diante da minha janela
sequer me diz...
boa noite.
ainda assim
não consigo lhe ser recíproco
e vos digo:
— boa noite senhor.
Ruas escuras e desertas, silêncio profundo como
se não houvesse mais ninguém ali...
Antigos postes com luzes amarelas, afastados...
causando um sombreamento do remexido das árvores...
como fantasmas a correr pelo chão...
e o piar da coruja.
As folhas secas sob os pés... e a rolar ao vento...
Na espreita observação de manias...
Identificando a noite e o cheiro da floresta...
Nos instintos natural da noite...
sucumbindo-a loba...
Sabe diferencia entre um poste e uma mulher?
A diferencia entre um poste e um mulher e que ela anda fala, respira e pensar e não apenas fica parada sustentando fios elétricos com a luz acesa para iluminar o caminho de babacas com piadas machistas.
Hoje estou triste
traste
torto
poste
estou triste
porta deserta
aberta
fechada
sem ninguem que entre ou saia
sem ninguém
que fique dentro
ou fora
hoje estou triste
fosforo gasto
cercado sem pasto
bandeira sem mastro
um viaduto com gente morando embaixo.
Um muro chapiscado.
Um fio solto.
Um poste nele estou escorado.
A espera é dolorosa.
o tempo martiriza.
A fuga desejada.
Corroi aumentando a dor contida.
Noite Morta
Noite morta.
Junto ao poste de iluminação
Os sapos engolem mosquitos.
Ninguém passa na estrada.
Nem um bêbado.
No entanto há seguramente por ela uma procissão de sombras.
Sombras de todos os que passaram.
Os que ainda vivem e os que já morreram.
O córrego chora.
A voz da noite...
(Não desta noite, mas de outra maior.)
Tu eras também uma pequena folha
que tremia no meu peito.
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi: não soube
que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo.
JOSÉ
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
Você que é sem nome,
que zomba dos outros,
Você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?
E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio, - e agora?
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais!
José, e agora?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse,
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja do galope,
você marcha, José!
José, para onde?