Coleção pessoal de jacque_alves
Terra amada
sobre a ferrovia nascida
de um capim tiveste teu nome
espero por muito viver
espero teu fim não ver
irei para sempre dizer
que sapé é minha vida.
Vi
I
Olhei pela janela
a finalmente eu vi
o capim minha alma e todos os tons
No sonho
no silencio
no não
que nunca me encontrem
que nunca me tirem
o meu carnaval
II
escuto silêncio
porta para o paraiso
música muito minha
som-pausa
silencio
somente
voz de dentro
Mas nada me acontece
disse o poeta
só poesia
Ana Deva Garjan
*Poéticas Deva's
A voz que me canta
Tem cheiros
Capim e mato
Beijos
Flor
A voz que me canta
É livre
Criança
Brinca no tempo
Traz o passado
Presente
Joga flores
Beija o mar
A voz que me canta
Tem pecado
Melodias
É encanto
Poesias
Dança na rua
No vento
No ar
A voz que me canta
É arco-íris
Tem mel
Sabor
A voz que me canta
É peixe
É céu
É chuva
É sol
Rios a cantar
A voz que me canta
Tem um quê diferente
Sorrisos
Toca de leve
Mansinho
Me cobre de beijos
Carinhos
A voz que me toca
Fala calado
Carrega meus medos
Toca meu corpo
Segredos
Me ensina poemas
Me deita nos sonhos
Me faz...cantar !
12/05/2017
Por seco e calmo ódio, quero isso mesmo, este silêncio feito de calor que a cigarra rude torna sensível. Sensível? Não se sente nada.
Senão esta dura falta de ópio que amenize. Quero que isto que é intolerável continue porque quero a eternidade.
"Infinita-me de cores,
Na matiz de uma tela aviva-me,
Aquarela-me na essência de um vitral
Que nessa insistência vital vou me reinventando."
Mosaico
Pedaços
De vida
Do corpo a moldura
Os abraço
Guardo e encaixo
Não por acaso
Todos os dias traço
Um mosaico
De cores vivas
unidas
Em fortes laços
Fundidas
VIDA
Quântico
Se banhar-se fosse solução
purificava-se em ácido nítrico
diluindo as chagas do passado
Nas aquarelas de um destino
Descobri que é de mim
que todas as sementes brotam.
De todas as formas
De todas as cores
Cabe a mim, fazê-las existir.
São as tintas dos olhos
que dão as cores ao mundo.
Com elas, pintamos sonhos
e fatos nunca vividos.
Os olhos fazem os sonhos
com a matéria do visto
do não-visto e do imprevisto.
Quando eu nasci,
ficou tudo como estava,
Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais...
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.
Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.
As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém...
P'ra que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe...