Se acaso encontrar quem eu fui, em alguma memória sua, por aí, me abrace, com braços de saudade, pois no presente não sou mais quem espera tal afeto.
Passou da hora de sermos nós. Que sejamos laços.
se eu fosse quem eu quis ser
não seria quem sou hoje
ainda estou decidindo se isso
é bom ou ruim
Um dia escreverei um poema imortal
E com a força da saudade serei ressuscitado
Sempre que me lerem
quando a voz perde o efeito
percebemos que tudo é feito
de silêncio
tudo aquilo que não foi dito
morreu ou matou
Quando não souber o que calar, fale.
A causa de qualquer morte é viver.
Só se nasce uma vez, e se morre várias nesse processo.
Sinto-me cada vez mais vivo sempre que não penso se estou.
Morri no passado. Me enterro lentamente em lembranças. Me velo sem murmúrio. Infungível tristeza que detenho, e por ela sou consolado.
Não sei se o mundo dá voltas ou dá idas.
Me lembro como se fosse ontem: todos os dias.
Atenção quando falo
Mais ainda quando calo
Bebia minhas lágrimas
Sentia o gosto do mar
Sempre que ia chorar
Trago o amor
Fico doente
Por dentro
se ela soubesse que é por ela que escrevo
se ela soubesse que é pra ela que escrevo
valeria os versos vivê-los?
valeria universos eu tê-los?
serei teu
onde você estiver
porque te é amar
é ser eu
um dia fui de me orgulhar
outro dia fui de mergulhar
hoje em dia só me afogo
Quem dera que entre nós
Ainda houvessem nós