Coleção pessoal de iveliscodeler
Ontem pensei que talvez estivesse aqui, senti sua presença bem ao alcance de minhas mãos, ah, se pudesse te tocaria suavemente.
Um dia você chegou de mansinho e ali se aquietou, fez de sua morada a minha existência. Vida que se seguiu e que a mim transformou, me deu formas rechonchudas de alegrias e um prazer enorme de seguir adiante. Minha vida, venha, quero te ninar, te acariciar e te dar este amor infinitamente grande guardado no fundo da minha alma para você, que é a minha "VIDA".
Nem sempre sou perfeita, sei que muitas vezes me fecho em coisas que não quero ouvir ou sentir, mas quando Deus soprou no meu ouvido que a amizade por ti me faria uma pessoa melhor, mais que rapidinho eu guardei no meu coração as palavras sussurradas.
A vida de ti recebi, você nem ousou me perguntar se queria, mas no fundo de minha alma eu ansiei por estar aqui, desejei nos teus braços me aninhar, na sua vida ficar, no seu coração morar.
Vida! Vida que nos surpreende a cada dia nos assombrando com o inesperado, eventualidades tristes e muitas vezes pesadas, que só em um coração puro e sincero tão penosamente se machuca. Mas um coração que sofre e que se levanta com tamanha valentia, porque ai está seu Deus fazendo moradia.
Ainda ontem abri a porta e te vi ali sentado, tão frágil e de fala silenciosa no canto da sala, seu sorriso dengoso parecia mais um menino tímido que se calava muitas vezes diante da vida. Vida que se foi e que saudades deixou, ficou no coração apertado de palavras que não foram pronunciadas, de momentos que não foram concretizados, de um instante que não se fez presente. Mas vida que com amor e dedicação por nós foi vivida.
Não quis olhar pra trás, andei e fui seguindo em frente mesmo que no caminho alguns tropeços eu levei, senti que a cada instante percorrido o leve se fez pesado, o pequeno se agigantou, e o que parecia tão simples e fácil de carregar na mala não cabia.
Você veio de mansinho sem querer me encontrou, de mim nada queria, pelo contrário bem distante assim era seu desejo, no seu mundo eu não pertencia, mas aos poucos o que se fez era o que estava escrito, um pedacinho do meu coração no seu foi plantado.
Quero fazer uma canção
Que um dia as pessoas acordem
Num olhar de criança
Doce e sereno
Te ver como um passarinho azul
Sua cor misturada
Sem medo sem preconceito
Sua aparência sem estilo
Vou aplaudir como um artista merece
Sua voz perdida vou acalmar
Abraçar como só uma mãe faz
Meu irmão negro e pobre de mãos sujas
Quero dar meu melhor sorriso
Levar alegria que merece
Se derramar uma gota de meus olhos
Não se penalize
Minhas lágrimas serão de felicidade
A canção que compus
Te fez despertar
Nestas idas
E vindas incertas
Lastimo tudo que perdi
Tão perto sem conseguir tocar
Tão longe sem poder alcançar
Mas um coração sedento
De novidade
Uma ânsia de querer
Nem sei o quê
São tantas que deixei para trás
Que hoje não sei explicar
Que sentido faz
Se tudo não valeu de nada
Joguei a semente para te colher
Um grão se fez
Se multiplicou em vão
Fiz o que tinha que ser feito
Um mero saber
Da minha pouca idade
Imaturidade de uma inocência pura
De um coração pedinte
De não sei o quê
Seja triste não
Alegria é coisa boa
É feito bolo de chocolate
Canção de ninar
Nascer de um filho
Faze uma canção
Com a beleza de uma história
Aquela que te fez sorrir
Que te fez reviver o passado
Se foi triste ou alegre
Sorria
Você sobreviveu
Vai poeira levanta
Sopra pra lá seu mal querer
Te deixa bem longe
Teu mal me faz mal
Meus olhos não o querem
Para não chorar de dor
Faze sua tristeza voar
Bem alto pro céu levar
Traz o que me queiras bem
Assim como lindo é o mar
Infinitas são as águas a rolar
Me dê seu luar e seu mar
Mande a tristeza partir
Sem pegadas na areia
Nem lágrimas de um pássaro triste
Abre teu mais belo sorriso
Abre suas asas
Me acolhe
Escreva no céu
Seu mais belo traçado de amor
Mulher
Tece seu traje
Se enfeita
Se perfuma
Leva consigo alegria
Vontade de ser feliz
Sonha com a festa do fim de semana
Olha no espelho
Acha graça
De se achar tão linda
Ouve o sino a tocar
Da janela vê seu par
Tão quieto a lhe acenar
Com beijo ardente
Lhe entrega a rosa
A convida pra sair
De mãos dadas vão
Os desejos realizar
Corpos a roçar
Bocas a beijar
Carícias sem fim
Enfim se fez mulher
Sua hoje
Amanhã
Quem sabe!
Quando me quiser rever
Não mais escutará minha voz
Minhas mãos não mais seguraram as suas
Ficarei devendo aquele beijo
Meu abraço não sentirá
Se consegue relembrar meu último sorriso
Tente com esforço guardar na memória
Eu tão disposta e feliz
Naquela barzinho da esquina
Ficou para trás
Eu ainda enxergo você
Bem pouco
Tente olhar nos meus olhos
Não se entristeça
Não seque minhas lágrimas
Ainda é do pouco que me resta
Sorrio as vezes
Poucos entendem
Sorrio
Quando te vejo
Eu ainda te compreendo
Percebo quando me faz recordar
Dos bailinhos e da cervejada
Dos filhos e do batizado
Dos shows e do pai que se foi
Dos paqueras e da escola
Ainda que te angustie
Veja meu olhar de súplica
Eles te pedem
Venha-me ver
Na volta que se deu
No tempo que se foi
O mundo mudou
O telefone chama
Sua voz clareia
O coração pulsa
Alegria de uma roda viva
De um parque de diversão
Coração pulsante
Na roda gigante
O trem passa
Ligeiro como avião
Você pousa
Como um bem-te-vi
Estende suas asas
Voa rasteiro
Assobia a canção
A mais bela
Entre elas
De um "ser"
Chamado de amigo
Olhei para o céu
Contemplei uma noite linda
Você tão magnífica
Tão majestosa
Me fez lembrar
Lua cheia
Quanta lembrança
Me faz recordar
Quanta saudade
Do tempo
Aquele que se foi
Tão distante parece estar
Tão perto me faz chorar
Ser um amigo
É saber ouvir com o coração
É escutar o grito dentro da alma
De alguém que precisa ser percebido
É sentir com um toque de lucidez
Que a vida é breve
É saber reconhecer a falta que faz
Aquela prosa no fim do dia
Meu amigo
Me estenda a mão
Ouça o que tenho para contar
Seja meu verso
Minha história
No livro que escrevo
A saudade é a esperança
De um reencontro
De um breve recomeço
Para enfim compor uma nova poesia
Se me perguntares como é
Direi que vale a pena
São dias de alegrias
Momentos de gargalhadas
Pureza de um olhar fascinante
Beijo suave de um inocente
Toque de mãos leves
De abraço que acalma
São noites sem dormir
Uma vigília sem sonhos
Um ecoar nos ouvidos
Como um ser sensitivo
Quando fica doente
Minha alma adoece
Ao relembrar
Me pego sorrindo
Por que você é o amor da minha vida
Outras vezes choro
Por aquilo que não te proporcionei
Ou porque nem sempre tenho você
Nos meus braços
Mas te confesso
Por você eu morreria hoje
Por você enxugo as lágrimas
Por você dou meu melhor sorriso
Por você deito na relva
E te faço uma canção
Aquela para lembrar
O quanto amo você
Como medir o quanto te aborreço
Não sei
Tento não pensar
Mas não consigo
Aquele botão liga desliga
Devia estar estar aqui
Mas ele não existe
Sou feita de sentimentos
Dói muitas vezes
Sinto que se desligasse o botão
Viveria melhor
Naquele dia olhei você
Tão belo e charmoso
Chamava atenção por onde passava
As meninas sussurravam
Que belo moço
Como é atraente
Mas entre aquelas beldades
Uma te chamou atenção
Avistou a moça de cintura fina
Tão doce e pequenina
Com jeito inocente
Nossos olhares se cruzaram
E se fez uma vida
Vida que se multiplicou
Não ache que foi perfeito
Família nenhuma é
De respeito e amor sobreviveu
E onde estiver
Falo bem alto
Nunca mais vou te esquecer