Coleção pessoal de ivanildo_sales
Sob os labirintos do pensamento,
uma mente inebriante.
Percorrendo caminhos tortuosos;
Em meio ao mar de possibilidades.
Sob a maré das ideias,
vem a sua inspiração.
Na alta, os versos fluem.
Na baixa, uma escassez sem fim.
O tempo um mero detalhe,
quando se fala da poesia.
Criar, pensar, escrever...
Sob a tinta da caneta,
sentimentos que ganham voz,
nas palavras de uma vida.
Metáforas inebriantes;
contagiantes
Enaltecem o amanhecer de um novo dia
Transformando o imaginário em realidade
Querer e não agir
Como posso ser visto,
na essência do meu ser.
Se escondo-me dos teus olhos,
essa vontade de te querer.
Tenho medo de arriscar,
demostrar meu interesse.
Crio expectativas;
imaginando o que dizer;
idealizando te conhecer;
sem ao menos você saber.
Indecisão, receio, hesitação...
Mil possibilidades a mente,
nenhuma ação presente.
Penso demais, hajo de menos.
Como posso ser visto?
Se não me apresento.
A você, às pessoas, ao mundo...
Como realmente sou.
Alguém diferente da maioria;
que talvez alguém perceberia;
se me enxergassem como sou.
se eu me permitisse mostrar quem sou.
Sou falho, sou humano;
tenho muito a aprender.
Terei coragem algum dia,
de querer te conhecer.
Poesia: Ivanildo Sales
Foto: mensagenscomamor
Duas almas num só coração
Sinto passos ao meu redor
Em casa, não estou só.
A minha alma arrepia.
Um frio repentino;
atrás do pescoço, ao pé do ouvido.
Sinto sua presença;
lágrimas, em meus olhos a derramar;
lembranças de um passado distante.
Sem razões, sem motivos...
Não consigo recordar.
Um sentimento dentro de mim;
uma tristeza que não dá sossego.
Alma perdida, desiludida;
uma vida não vivida;
um amor tão profundo.
Palavras não são suficientes,
para descrever este sentimento.
Minha voz clama por ti,
rompendo o silêncio da tua presença.
Nossas almas se completam;
dois destinos que se cruzam;
reconhecendo-se através do olhar,
o verdadeiro significado de amar.
Ivanildo Sales
Um grito de liberdade
Eu seus olhos marejados,
Vejo a tua dor.
O quanto sofreste, e ainda sofre;
neste mundo de tanto pavor.
Faltam palavras à boca;
as dificuldades são imensas.
Ser você, falar de você;
ouvir seus relatos, suas histórias.
Percebo o quanto és discriminada;
explorada, forçada, humilhada,...
Nunca poderei sentir o que sentes;
por mais que eu queira;
imaginar-me no teu lugar, na tua vida;
e em tudo que tens passado.
Não nasci como você, mas nasci de você.
Respeito-te e admiro-te, sempre.
És a voz de muitas, num só coração.
A história já provou,
o quanto és forte e destemida.
Seus ideais de emancipação e igualde,
nunca morrerão!
vivo estarão, em cada uma de vocês.
Não estás só, mulher!
Na escuridão do preconceito,
existe a luz de um novo amanhecer.
Dançado e cantando por todas;
num só ritmo, num só corpo;
num só grito de liberdade!
O lobo solitário
Esquecido, encontre-me;
a mercê do vento;
ecoando no silêncio;
o sussurro ao pé do ouvido.
Um uivo de um lobo;
faminto de afeto;
na companhia da solidão;
vagando sob a luz do luar.
Deslocado do mundo;
excluído da alcatéia;
caminhando sozinho;
na estepe vazia da amargura.
Na caverna do seu quarto;
encontra o seu refugio;
na escuridão, seus pensamentos;
nas palavras, sentimento.
Uma nova era vai surgir;
um brilho de esperança;
de novo amanhecer;
para o coração deste lobo.
Um suspiro, uma vida, uma chama
Quem somos nós, em meio ao tempo
Apenas suspiros de uma existência
Uma ínfima chama a apagar-se
De nossa breve permanência
A vida e seus mistérios
Algumas, estendidas por décadas
Outras, abreviadas de repente
Todas, com seu tempo demarcadas
Qual o próprosito da vida?
Se nascemos para viver?
E vivemos para morrer?
Temos muito o que aprender.
O que deixamos dela?
O coração daqueles que tocamos
Os feitos construídos nessa terra
A saudade da família que amamos
Nunca estaremos preparados
Quando essa chama chegar ao fim
Que ela tenha algum significado
Para as pessoas com algum afim
Acreditar, uma ilusão?
Estou soterrado
Em meio aos pensamentos
De ser ou não ser
A expressão de um sentimento
Uma voz sem palavras
Jogadas ao vento sem direção
Ditas para qualquer um
Que não valoriza o coração
Um perfil escanteado
Alguém sem importância
Uma paixão de momento
Algo sem substância
Palavras não valem nada
O silêncio ecoa no final
Como encontrar o amor?
Nesse mundo virtual
Será que existe verdade
Nesta rede de mentiras
De quem diz ser o que não é
Causa-me tantas intrigas
Acreditar talvez seja uma ilusão
Criada por quem deseja acreditar
Que existe alguém real neste mundo
Que vale a pena de se amar.
O soldadinho e a roseira
Numa roseira te encontrei
Neste belo entardecer
Um singelo soldadinho
Fez meu sorriso aparecer
Rosas sempre me encantam
Com suas pétalas a desabrochar
Mas com um olhar mais atento
Fizeram meus olhos te encontrar
E lá estava você
Tão delicado e singelo
Um soldadinho na roseira
Nunca vi cenário tão belo
As rosas chamam a atenção
Você, apenas um inseto
As rosas são graciosas
Você, sempre discreto
Poucos notariam o soldadinho
Muitos só veriam a rosa
Sensibilidade no olhar
Desta experiência prazerosa
Privações
Palavras não são suficientes
Falta o carinho do toque
O calor de um abraço
Um amor no coração
Fotos não são suficientes
Falta a presença física
Compartilhar uma celebração
Viver momentos presentes
Ligações não são suficientes
Falta o beijo dividido
O sorriso que encanta
O aconchego de um colo
O virtual não é suficiente
Faltam pessoas reais
Para conhecer e conviver
Apaixonar-se novamente
Até quando será suficiente?
Como é difícil ser prudente
Privar-se de viver livre
Quando temos medo do outro
A escolha
Mente inquieta, palpita o coração
Um turbilhão de pensamentos
Cheio de dúvidas e incertezas
Passando em segundos de momentos
O filme se repete sem um fim
Como uma pintura inacabada
As idéias aparecem, mas não ficam
Falta tinta no pincel dessa mente agitada
Uma atitude, uma escolha de vida
Decidir não escolher é uma escolha
O rumo seguirá o fluxo do rio
Sem leme, sem âncora, na mesma bolha
Esperar não é a solução
Escolher poderia ser mais fácil
Se não fosse o medo da escolha
Não feita num momento difícil
Tempo para escolher o que fazer
Desperdiçado na escolha não feita
Tempo para viver desta escolha
Acaba, para mente que não aceita
Viver sem arrependimentos
As pessoas são diferentes
Não podemos nos comparar
Cada um tem seu jeito
De como a vida encarar
Alguns são mais impulsivos
Não tem medo dos desafios
Estão prontos e decididos
Do que querem sem anseios
Outros são mais indecisos
Cheios de dúvidas do que fazer
Preferem estar na zona segura
Do que se aventurar sem saber
Na vida não existem manuais
Só se aprende a viver vivendo
Independente de quem seja
Todos, por ela, passam aprendendo
Cada um valoriza o que quer dela
Sucesso, carreira, reconhecimento...
Amor, família, felicidade...
Siga seu caminho sem arrependimento
Sentir ou fingir, poesia?
Dizem que o poeta é um fingidor
Que não sente o que escreve
Que traz um falso estereótipo
Nas palavras que o descreve
Sempre trazendo lamentações
Em seus versos sobre um amor
Impossível de se realizar
Por um coração cheio de dor
Não sei se isso é verdade
Sempre escrevo o que sinto
Não sigo modelos prontos
Sigo meu próprio instinto
Já tive meus arrependimentos
Pelo amor não correspondido
Não me lastimo do meu passado
Procuro apenas ser compreendido
Talvez eu não seja um poeta
Não consigo sentir e fingir
Meus sentimentos vêm do coração
Que busca uma razão para existir
Caminho de indecisões
Não quero viver a deriva
De uma vida sem realização
Como barco no mar aberto
Navegando sem direção
Quero construir meu futuro
Nesse mundo insensível
Com amor e compaixão
E não ser mais invisível
Quando penso no amanhã
Bate logo a indecisão
De seguir por esse caminho
Sem clareza nessa escuridão
Algum dia encontrarei a luz
Que me levará ao meu destino
Cessando toda e qualquer dúvida
E minha caminhada terá sentido
Vou criando os meus versos
Dia a dia com alegria
Abastecido pelas leituras
De conhecimento e sabedoria
Beijo no coração
Um toque de carinho
Um sentimento de gratidão
Um gesto de amor
Um beijo no coração
Para ele não existe distância
Quando dado no coração
Desejado por um amigo
Com alegria e compaixão
Um beijo afetuoso
Que não se pode vê
Mas que sentimos
Quanto chega até você
Um beijo além do lábios
Com delicadeza e ternura
Um toque na alma
Além de sua nomenclatura
Um beijo com muito desejo
De paz ao coração
Que sofre de tanto bater
Pelo mundo da ingratidão
A inspiração para escrever
Nas palavras encontro refúgio
Para expressar meu momento
Com carinho vem o elogio
Refletindo sobre um sentimento
No silêncio do meu quarto
Vejo a moldura de um retrato
O livro é meu companheiro
Abasteço-me de novas idéias
Como uma flor tem seu cheiro
Expalhando a essência em minhas veias
Transformando solidão em inspiração
Há beleza nas palavras do coração
Esta chama não se apaga
De uma luz que não se extingue
Uma idéia que se propaga
De um querer que não se distingue
Ao fim de uma leitura em harmonia
À escrita de mais uma poesia
Siga seu coração
Declarar-se...
Expressar seu amor a alguém
A coragem de dizer o que sente
Sem receio por ninguém
Somos contidos, calados...
Temos receio de dizer o sentimos
Com medo de uma rejeição
Impedindo o sim que gostaríamos
Quantas histórias não foram vividas
Com medo de levar um não
O preço da dúvida por um sim
É maior do que a amargura por um não
Não tenha medo de dizer o que sente
Talvez o trem não volte nesta estação
Decida saltar quando a hora chegar
O trilhos da vida só vão numa direção
Diga sim para o amor
Diga sim para a paixão
Permita viver seus sentimentos
Não desanime com uma rejeição
Criando expectativas
Expectativas geram decepção
O almeijar é pura uma ilusão
Não podemos esperar de pessoas
O que elas nunca foram ou serão
Somos humanos
Sonhamos, desejamos, acreditamos...
Que o outro pode agir como nós
Uma realidade de quem esperamos
O erro é fazer esperando um retorno
Torcendo pela nossa lembrança
Que nos consomem de angústia com o tempo
Desperdiçado numa falsa esperança
Acreditar num destino improvável
De que ainda pode acontecer
É alimentar a nossa carência
Que esse alguém vai nos querer
Nossa solidão é momentânea
Tenhamos amor próprio no coração
Alguém deve merecer nosso amor
Permita-se ouvir esta canção
A visita de um amigo
Um visitante assíduo
Aparece quando bem entende
Seu banquete semrpe posto
Para saciar sua fone e sede
Seu nome é Riobaldo
Sempre entra pela nossa janela
Sua campainha é seu canto
Aparece na sua linda a gaiola
Uma gaiola livre de barras
Para ir e vir quando bem quiser
Sempre acolhida na sobra do sol
Com néctar e banana para se comer
Riobaldo é carioca
Malandro e cheio de amizades
Já botou o bico no trombone
Avisando que ali tem gente de bondade
Como um ser tão pequeno
Não se intimida com a nossa companhia
Voando livremente para lá e para cá
Cheio de graça e harmonia
Uma expressão de gratidão
Um obrigado que vem de longe
O reconhecimento de um trabalho
Um carinho que vem com emoção
Um incentivo compartilhado
A gratidão nas palavras
Enche o coração de orgulho
Para quem escreve com carinho
Seus sentimentos fazendo barulho
Reconhecimento é tudo na vida
Quando feito com amor
Na simplicidade de um poeta
No ser humano tem calor
Como é bom emocionar
A quem sempre está contigo
Um carinho que vem de longe
Dedicado ao final do livro
Um incentivo vale muito
Para o poeta e sua expressão
Uma vida a ser compartilhada
E escrita com muita gratidão
Mais amor por favor!
O toque traz o conforto
O carinho acalma a alma
A alegria de uma pessoa querida
Transforma agitação em calmaria
Somos seres afetuosos
Muitas vezes não demonstramos
A quem está por perto
A quem está muito longe
Um simples bom dia
Um singelo como está
Um desejo de cuide -se
Acalenta nosso espírito
Uma ação gera uma reação
Dê o primeiro passo
Tudo o que vai com amor
Com amor voltará até você
Seja luz em meio a escuridão
Siga sempre seu caminho
Pratique o dar e o receber
Mais amor por favor!