Coleção pessoal de israelverissimo

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[Sobre o Xadrez]
Jogo chinês que aumenta a capacidade de jogar xadrez.

Fiquei magoado, não por me teres mentido, mas por não poder voltar a acreditar-te.

O macaco é um animal demasiado simpático para que o homem descenda dele.

Brasília (...) Uma prisão ao ar livre.

Faça todo o bem que você puder, com todos os recursos que você puder, por todos os meios que você puder, em todos os lugares que você puder, em todos os tempos que você puder, para todas as pessoas que você puder, sempre e quando você puder.

Uma pessoa pode ir à igreja duas vezes por dia, participar da ceia do Senhor, orar em particular o máximo que puder, assistir a todos os cultos e ouvir muitos sermões, ler todos os livros que existem sobre Cristo. Mas ainda assim tem que nascer de novo.

Cuidado para não ser tragado pelos livros! Um grama de amor vale mais que um quilo de conhecimento.

Se você agir sempre com dignidade, pode não melhorar o mundo, mas uma coisa é certa: haverá na Terra um canalha a menos.

A pobreza não é, necessariamente, vergonhosa. Há muito pobre sem vergonha.

Passado: É o futuro, usado.

É muito fácil viver com pouco desde que a pessoa não gaste muito para ocultar que tem pouco.

O dinheiro não só fala, como faz muita gente calar a boca.

O homem é um animal que adora tanto as novidades que se o rádio fosse inventado depois da televisão haveria uma correria a esse maravilhoso aparelho completamente sem imagem.

Em geral, quando a gente encontra um espírito aberto, entra e verifica que está é vazio.

Na poça da rua
o vira-lata
lambe a lua

Quem mata o tempo não é um assassino. É um suicida.

A tarefa de viver é dura, mas fascinante.

O otimista é um tolo. O pessimista, um chato. Bom mesmo é ser um realista esperançoso.

JOSÉ

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
Você que é sem nome,
que zomba dos outros,
Você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio, - e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais!
José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse,
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja do galope,
você marcha, José!
José, para onde?

O Bicho

Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.