Coleção pessoal de ipaula

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E nisto, que conto ao senhor, se vê o sertão do mundo. Que Deus existe, sim, devagarinho, depressa. Ele existe – mas quase só por intermédio da ação das pessoas: de bons e maus. Coisas imensas no mundo. O grande-sertão é a forte arma. Deus é um gatilho?

A vida é ingrata no macio de si; mas transtraz a esperança mesmo do meio do fel do desespero. Ao que, este mundo é muito misturado.

Alegre era a gente viver devagarinho, miudinho, não se importando demais com coisa nenhuma.

A colheita é comum, mas o capinar é sozinho.

Sapo não pula por boniteza,
Mas porém por precisão.
(um provérbio capiau)

Gostava dela, muito…Mais do que ele mesmo dizia, mais do que ele mesmo sabia, de maneira que a gente deve gostar. E tinha uma força grande, de amor calado, e uma paciência quente, cantada, para chamar pelo seu nome.
(A hora e a vez de Augusto Matraga)

Sorte nunca é de um só, é de dois, é de todos... Sorte nasce cada manhã, e já está velha ao meio-dia...

Quando chega o dia da casa cair (…) é um dia de chegada infalível, – o dono pode estar: de dentro, ou de fora. É melhor de fora.
(A hora e a vez de Augusto Matraga)

Para quem não sai, em tempo, de cima da linha, até apito de trem é mau agouro.

Sigo a risca, me descuido e vou. Quebro a cara, quebro o coração. Tropeço em mim. Me atolo nos sentidos. Viver não é perigoso? Então com sua licença, nasci assim. Encantado pela vida.

Perto de muita água, tudo é feliz.

Quando o coração está mandando, todo tempo é tempo!
(A hora e a vez de Augusto Matraga)

Os outros eu conheci por acaso. Você eu encontrei porque era preciso.

Refresca teu coração. Sofre, sofre, depressa, que é para as alegrias novas poderem vir.

Ser poeta é muito bom porque eu não tenho nenhuma obrigação de veracidade. Eu posso mentir à vontade, cientista é que não pode.

Tudo que é bom de passar é ruim de contar. E tudo que é ruim de passar é bom de contar.

A humanidade se divide em dois grupos, os que concordam comigo e os equivocados.

Tolerar a existência do outro e permitir que ele seja diferente, ainda é muito pouco. Quando se tolera, apenas se concede, e essa não é uma relação de igualdade, mas de superioridade de um sobre o outro.

O tempo é uma superfície oblíqua e ondulante que só a memória é capaz de fazer mover e aproximar.

Fisicamente, habitamos um espaço, mas, sentimentalmente, somos habitados por uma memória.