Coleção pessoal de infinitude
Se sou amado,
quanto mais amado
mais correspondo ao amor.
Se sou esquecido,
devo esquecer também,
Pois amor é feito espelho:
tem que ter reflexo.
Saudade é amar um passado que ainda não passou,
É recusar um presente que nos machuca,
É não ver o futuro que nos convida...
Lá na frente, eu vou usar as mesmas palavras que já disse a você. Mas a diferença é que você vai ouvi-las e entendê-las. Você vai tentar buscar no tempo porque elas te soam tão familiar, e vai perceber o quão tolo foi o seu amor. Vai se lamentar por seu cuidado ter sido tão falho e vai se agarrar as minhas palavras como nunca fez antes. E eu vou estar feliz por ter guardado em mim tanto de você por todo esse tempo, e também entenderei coisas que antes não me permitia. Estava cega demais pra entender. Nós nos veremos como somos e nada terá sido em vão. E o tempo, esse tempo, terá um gosto melhor do que agora.
Tem dias que são mesmo assim: você acorda com vontade de acordar, vive com vontade de viver e passa a noite querendo dançar e gritar qualquer letra que dite seu jeito.
O tempo, quando ele é bem vivido ele é herói. Herói por manter a salvo todas as nossas histórias, todos os nossos suspiros, todas as nossas memórias. Por não deixar morrer a intimidade. Por não deixar-nos morrer pela estrada do esquecimento.
Eu não acho que o amor seja só loucura e bagunça, mas ele é, principalmente racional. Saber para onde está indo e com quem está indo. Saber do que você é capaz, e mais importante, saber do que a outra pessoa é capaz por você, e ainda assim querer cometer loucuras na bagunça que somos. A racionalidade no amor é linda, ninguém gosta de ouvir aquela desculpa "eu não sabia o que estava fazendo". Porque eu sou assim, eu só mergulho se for pra ser do seu lado, aproveitando as ondas ou naufragando juntos.
Eu achava que o que eu sinto por você fosse igual a gripe. Que logo logo passaria, com um pouco de descanço e cuidado próprio, mas não passou. E temo que não haja remédio que possa curar.
Meus textos são quase frases. Eu começo a escrever pelo fim pensando em minha próxima ideia, mas acabo ficando sem dizer nada. Meus textos são só o que não deveriam ser e até quando digo que amo algo ou alguémsai pela metade.
Ando meio querendo não andar e te procuro meio querendo não te ver. É errado eu sei, mas meu querer é falho. Sou toda falha e gosto assim. Não falei antes pois não tive oportunidade, você nunca me olhou como eu quisesse que olhasse, e nunca falou como eu esperava que falasse. E não me refiro a palavras suas, mas ao jeito teu. Quantas vezes esperei que seu sorriso fosse mais, e que sua fala fosse menos: menos duvidosa, menos passageira, menos qualquer coisa sem valor. Quantas vezes eu quis que você falasse baixinho só pra chegar mais perto. Quantas vezes eu tive medo de olhar em seus olhos, por isso sempre essa dúvida sobre qual é a sua cor. Eu não sei. Ah! Quantas vezes eu deixei de viver só para pensar em como seria viver ao seu lado. Quantas vezes, eu deixei de amar só pra te guardar em segredo. E quantos beijos eu neguei por falta de querer e sobra de vontade tua? Quantas vezes você parou pra pensar se eu pensava em ti também?
Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar.
O que nos leva a escolher uma vida morna? A resposta está estampada na distância e na frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "bom dia", quase que sussurrados.
Não deixe de acreditar no amor, mas certifique-se de estar entregando seu coração para alguém que dê valor aos mesmos sentimentos que você dá, manifeste suas ideias e planos, para saber se vocês combinam e certifique-se de que quando estão juntos aquele abraço vale mais que qualquer palavra.
Mas eu desconfio que a única pessoa livre, realmente livre, completamente livre, é a que não tem medo do ridículo.
A sintaxe é uma questão de uso, não de princípios. Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo. Por exemplo: dizer "escrever claro" não é certo mas é claro, certo?