Coleção pessoal de iEsterr

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A felicidade de nossa vida depende da serenidade da nossa consciência.

A maior glória não é ficar de pé, mas levantar-se cada vez que se cai.

As leis trituram os pobres, e os ricos mandam na lei.

O silêncio tornou-se a sua língua materna.

Eu não escrevo em português. Escrevo eu mesmo.

Sentir é criar. Sentir é pensar sem ideias, e por isso sentir é compreender, visto que o Universo não tem ideias.

Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana.
Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso.

A arte é a autoexpressão lutando para ser absoluta.

O amor romântico é como um traje, que, como não é eterno, dura tanto quanto dura; e, em breve, sob a veste do ideal que formamos, que se esfacela, surge o corpo real da pessoa humana, em que o vestimos. O amor romântico, portanto, é um caminho de desilusão. Só o não é quando a desilusão, aceite desde o princípio, decide variar de ideal constantemente, tecer constantemente, nas oficinas da alma, novos trajes, com que constantemente se renove o aspecto da criatura, por eles vestida.

Haja ou não deuses, deles somos servos.

Tudo vale a pena quando a alma não é pequena.

Tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Para viajar basta existir.

Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado de nossa miséria.

Ninguém escolheria uma existência sem amigos, mesmo que fossem oferecidas todas as outras coisas do mundo.

A recusa da existência é ainda uma maneira de existir. Ninguém conhece, enquanto vivo, a paz do túmulo.

É sem qualquer terror que eu vejo a desunião das moléculas da minha existência.

Todo o nosso saber se reduz a isto: renunciar à nossa existência para podermos existir.

Nossa existência não é mais que um curto-circuito de luz entre duas eternidades de escuridão.

O trabalho não justifica a existência. A gente trabalha para existir e vice-versa.