Coleção pessoal de iaiavanessa

121 - 140 do total de 141 pensamentos na coleção de iaiavanessa

Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro.

A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original.

Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está se passando inutilmente.

Cada pôr-do-sol que vejo me inspira o desejo de partir para um oeste tão distante e belo quanto aquele onde o sol sumiu.

Estou convencido, pela fé e pela experiência, de que se manter sobre a Terra não é uma aprovação, mas um passatempo - se vivermos de maneira simples e sábia.

A felicidade é como uma borboleta. Quanto mais você a persegue, mais ela se esquiva. Mas se você voltar sua atenção para outras coisas ela virá pousar calmamente nos seus ombros.

Aquilo que um homem pensa de si mesmo - é isso que determina, ou antes indica, o seu destino.

Como pode um homem satisfazer-se com apenas ter uma opinião e deleitar-se com ela?

Somos uma raça de acanhados homens-pássaros e em nossos voos intelectuais, elevamo-nos pouco mais alto do que as colunas dos jornais diários.

Se uma planta não consegue viver de acordo com sua natureza, ela morre, e assim também um homem.

Benditos os que nunca lêem jornais, porque verão a Natureza e, através dela, Deus.

A bondade é o único investimento que nunca vai à falência.

Como se fosse possível matar o tempo sem ferir a eternidade.

Para cada mil homens dedicados a cortar as folhas do mal, há apenas um atacando as raízes.

Carta Extraviada 3

Não é da minha natureza esperar que me deem liberdade,
não espero pelo pouco que há de essencial na vida.
Sendo liberdade uma delas, eu mesmo me concedo.
Ser livre não me ensinou a amar direito, se por direito entende-se
este amor preestabelecido, mas me ensinou as sutilezas do sentimento, que, afinal, é o que caracteriza e o torna pessoal e irreproduzível.
Te amo muito, até quando não percebo.
O amor que sinto pode parecer estranho, e é por isso que o reconheço como amor, pois não há amor universal: não, caríssima.
Não há um amor internacional, assim como são proclamados os
cidadãos do mundo. Cada cidadão, um coração, e em cada um deles,
códigos delicados. Se não é este amor que queres, não queres amor, queres romance, este, sim, divulgadíssimo.
Te amo muito, e não sinto medo.
Bela e cega, busca em mim o que poderias encontrar em qualquer canto, em todo corpo, homens e mulheres ao alcance de teus lábios e dedos, romance: conhecido o enredo, é fácil desempenhá-lo.
E se casam os românticos, e fazem filhos e fazem cedo.
O amor que sinto poderia gerar casamento, pequenos acertos, distribuição de tarefas, mas eu gosto tanto, inteiro, que não quero me ocupar de outra coisa que não seja de você, de mim, do nosso segredo.
Te amo muito, e pouco penso.
Esta carta não chegará, como não chegarão ao seu entendimento estas
palavras risíveis, estes conceitos que aos outros soariam como desculpa de aventureiro ou até mesmo plágio, já que não há originalidade na ideia, muito difundida, porém bastante censurada.
Serei eu o romântico, o ingênuo?
Serei o que quiseres em teu pensamento, tampouco me entendo,
mas sinto-me livre para dizer: te amo muito, sem rendimento, aceso,
amor sem formato, altura ou peso, amor sem conceito, aceitação,
impassível de julgamento, aberto, incorreto, amor que nem sabe se é este o nome direito, amor, mas que seja amor.
Te amo muito, e subscrevo-me.

Se você já construiu castelos no ar, não tenha vergonha deles. Estão onde devem estar. Agora, dê-lhes alicerces.

Fiquei magoado, não por me teres mentido, mas por não poder voltar a acreditar-te.

A vantagem de ter péssima memória é divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira vez.

Não será uma vergonha que os fanáticos sejam zelosos e que os sábios se desmazelem?

Abençoados os que esquecem, porque aproveitam até mesmo seus equívocos.