Coleção pessoal de humusashi
Desconfie de todo presente dado juntamente com rompantes de auto-alegação moralista, de suposta bondade e generosidade, mais voltada pra quem está ao redor do que para você. É o tipo de presente que não é um presente, mas uma troca por algo que você talvez não saiba e talvez não queira receber quando souber do que se trata a coisa real que está por trás do ato que apenas parece generoso.
Não tem tenho pena de quem vive se culpando por tudo, pois acho muita arrogância se dar ares de onisciência e onipotência. Quem pega tudo para si, principalmente culpa, acaba ficando sem ter onde guardar e, por conseguinte, termina pondo em outrem este sobrepeso.
O tempo não é apenas o senhor de tudo. Ele, o tempo, é o tecido majestoso do qual todas as coisas são feitas, é o nosso bem material mais precioso.
Chamar alguém de feio, gordo, magrelo, velho não faz mais bonito, mais magro, mais forte ou mais jovem, mas faz de você uma pessoa mal-educada e insegura. Zombar de alguém por afirma sua ancestralidade (indígena, africano, asiático, europeu e etc.) não faz de você um patriota, faz de você xenofóbico e ignorante por não reconhecer que o povo Brasileiro é miscigenado, independente do seu conhecimento pífio sobre o assunto. Entendamos que não apreciamos as mesmas características físicas e raciais, gosto não é uma unanimidade, mas o respeito às diferenças e a educação (que ainda é o melhor caminho) isso sim deveria ser unânime.
Quando um indivíduo tem por passatempo procurar, observar, detalhes externos nos outros, mesmo usando das palavras mais floreadas e alegadas “boas intenções”, este, com toda certeza, está tentando compensar seu dano interior. Em outras palavras, estes, que gostam de comparar tamanho, peso, cor, classe e etc. Estas mesmas que, por dentro, estão se sentindo uma droga e o convívio, consigo mesmo, seja quase insuportável...
Quando um indivíduo tem por passatempo procurar, observar, detalhes externos nos outros, mesmo usando das palavras mais floreadas e alegadas “boas intenções”, este, com toda certeza, está tentando compensar seu dano interior. Em outras palavras, estes, que gostam de comparar tamanho, peso, cor, classe e etc. Estas mesmas que, por dentro, estão se sentindo uma droga e o convívio, consigo mesmo, seja quase insuportável...
Olhando os noticiários recordo de alguns rompantes:
- "Nós não queremos uma bandeira vermelha...
Não somos vermelhos... Somos verde e amarelo...”
Azul... Branco...
Mas eu prefiro ver as crianças de bochechas rosadas
Vermelhas, coradas
As ver pálidas, azul de fome, verdes enjoadas
Por não ter posto, médico ou remédio...
Ou então, amarelas, coitadas!
Nós veremos as cores da bandeira nas caras das pessoas
(Não pela força da tinta)
Veremos pessoas verdes, amarelas, azuis,
Olhando, debaixo, uma minoria branca...
Não precisam mais de suas panelas...
Vermelho, só na face dos professores e outros cidadãos.
No sangue do protesto inútil, misturado ao choro sem consolação.
‘Boa Índole’ é muito mais que uma palavra bonitinha para descrever comportamento discreto, porém hipócrita.
Excesso de zelo cristão tem disso: quando não está se ocupando em atrapalhar a humanidade e atrasar ciência, está, nas horas vagas, infernizando a vida de alguém.
Às vezes, para viver bem, a gente tem que guardar muitas coisas, jogar fora outras e trazer consigo o essencial.
Paixão é agonizante
Amor é mais que um instante
Paixão é bom
Amor é ótimo
Paixão mora no corpo
Amor vive na alma
Paixão impulsiona
Amor faz
Paixão fica
Amor permanece
Paixão arrasta e corre
Amor caminha ao lado [...]
Estou ciente de quando houver colheita farta, ou apenas a possibilidade visível da fartura, alguns se aproximarão do “pomar de minha vida”, mas, quando chegar o outono, terei que juntar as folhas e preparar a terra – sozinho. E não me admirarei se algumas destas pessoas não mais me enxergarem por este ano, mas haverá sempre uma nova estação e aí, pela experiência do outono, saberei para quem abrir o “portão de minha vida” e aqueles a quem atenderei apenas na calçada, mas não deixarei de compartilhar meus bons frutos [...] [Fragmento do livro “Fiorefalsus II”, de HENRIQUE MUSASHI]