Coleção pessoal de humusashi

21 - 40 do total de 52 pensamentos na coleção de humusashi

⁠Antes de, sem qualificação necessária, diagnosticarmos os outros é melhor buscarmos o autoconhecimento.

⁠Tosco, inconcebível ouvir que “servidor público é parasita”. Quem estuda, se esforça, perde noites de sono se dedicando a uma preparação em busca de uma vaga ou para executar bem o seu ofício, não pode se quer ser chamado de preguiçoso. Preguiçosos, corruptos, compram diplomas, metem em seus currículos e intenções, entram na vida pública como politiqueiros e outros tipos de oportunista (através de políticos sujos) para “ganha bem” e depois falar um monte de asneiras sobre quem realmente se esforçou.

⁠***
A vida segue seu rumo, seu curso
E mesmo sem curso, sem nota, diploma ou graduação
A vida dá seu tom, sua nota, na clave de dó
É cada um com seu instrumento, tem outros tocando,
Mas você, com sua clarineta, na verdade está só.

Esse é o trabalho do homem fantástico...

Com todas as suas limitações, sem tempo pra vida
Dedicado ao vazio do espaço vazio
Pra conquistar seu espaço no mundo
Como apenas mais uma engrenagem do rico
Que é indiferente se ele, o trabalhador, morrer.

[CARLOS HENRIQUE MUSASHI - Aracati/CE]

⁠A expertise do racista velado é que ele pode falar de tudo em meio a um sorriso embutido num comentário discreto, expressando sua predileção por determinada cor de pele, altura e peso, “apelidar carinhosamente” quem difere destas características, inclusive superestimando capacidades cognitivas da “raça” qual aprecia, dando apenas a impressão de “não estar dizendo nada demais”, principalmente se forem características de sua herança genética, pois ainda vai soar como “paixão pela família”.

⁠Desqualificando-me diante dos meus o ardiloso justifica os seus... Geralmente apelando hipocritamente para os “vínculos morais” para silenciar alguém, mesmo que aquele, a quem tente desqualificar, assista razão nem que seja apenas de se pronunciar.

⁠Quando se é “queridinho”, não importa o quanto o erro seja absurdo – este será justificado. Já, o antipatizado, pela força da animosidade, não importa o quanto o quanto seja justo, irão encontrar uma mácula em sua boa ação apenas para desqualificá-lo, até o fato de tal pessoa existir já incomoda o antipatizante com seus comentários “geniais”.

⁠O egoísta é assim: se não pode comer a sobremesa fica chateado porque fizeram pudim; mas, comigo é assim, se por ventura impedido, espero que, quem pode, se delicie sem fazer “beiçin”.

⁠A nossa vida, assim como uma casa, junta poeira, produz lixo, as paredes se mancham e coisas se quebram, mas nada que uma boa faxina e uma reforma não resolvam.

Você pode dançar indigenamente ao redor de uma garrafa de Ciroc, Old Parr, Dom Perignon e outros totens sociais etílicos ao som de sua cacofonia preferida, fazendo selfs se sua miséria velada, sem se dar conta que tem gente que mal tem a água de um barreiro para cozinhar o que resta de meia porção de arroz para três pessoas e nada mais. E a única canção é a aquela, à capela, do desabafo sofrido do coração, mediante a voz impotente e embargada, onde o único amparo e força é a fé em Deus, mas a fome não da trégua e literalmente dói. Você pode chamar de esmola aquela “bolsa do governo”, daquilo que considera pouco, ao tempo que esnoba (direta ou indiretamente), chamando de vagabundo aquele em que a fome literalmente machuca em todos os sentidos morais e emocionais. Entendo, também não sei o que é fome, assim como alguns não sabem o que signifique o termo "literalmente". Mas, como diria Mino, certo cartunista cearense: "há quem jogue caviar no lixo e há quem no lixo procure um pedaço de pão".

“Tacanhos convictos são tão resistentes em receber e aprimorar educação comportamental, (civilidade), quanto um alcoólatras resistente a anestesia local.”

“Procrastinar... Um atraso, de maneira direta ou indireta, sempre gerará outro atraso que, por sua vez, gera um prejuízo nem que este dano seja apenas de um bom costume."

Em terra de Maria-vai-com-as-outras cada um sabe, ou deveria saber, onde sua inteligência o acompanha ou o abandona.

A sã gratidão ainda é um bom exercício de caráter e civilidade. Puxar o saco é outra coisa, algo que envergonharia até os cães!

Liberdade é muito mais que se afirmar livre. É uma questão de postura, mesmo tácita, sem discursos prontos.

Três pessoas,
Duas à beira mar,
Uma ausente prolixa,
Outra a responder "hum-rum"
A que fala, por minutos, sem parar.

Eu querendo apenas ouvir,
Contigo, o barulho do mar.
Duas perdendo o espetáculo
Gratuito da mãe da natureza,
Por causa do tal do celular.

- Tu, tu, tu, tu...

No picadeiro da vida a mágica só encanta e impressiona a quem não conhece o truque.

Nossa hipocrisia é como o nosso português ruim, são nossas “ações coloquiais”, que só rebuscamos diante da necessidade da exposição á “plateia textual” e seus leitores tendenciosos.

Inexperiência é folha seca, para as amizades que são como o vento forte que, onerosamente, sopra e arrasta, mas a folha seca jura que não.

Má influência não é somente aquela que vem visivelmente incrustada com os cristais do dolo, da má intenção como a conhecemos. A má influência pode vir recheada e coberta com o doce glacê das boas intenções que soam tão belas aos nossos ouvidos desatentos e fazem bem ao nosso ego, mas faz um mal muito maior por fazer apenas parte de uma pauta moral de um ‘ser bonzinho’ que não percebe e nem sofre as consequências, mas apenas influencia no que é de seu interesse convencer.

Maniqueísmo – Deus criou a família e o diabo os chatos parentes e aderentes; Deus criou o amor e o diabo da intromissão descabida de terceiros no lar alheio. Aí só de sacanagem a divindade inspirou aos homens a Medida Cautelar.